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AS HEPATITES VIRAIS

Por:   •  14/11/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.366 Palavras (6 Páginas)  •  292 Visualizações

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HEPATITES VIRAIS

Franciele Carolina Barreiros Soares1; Beatriz Aparecida da Silva2; Rita de Cássia Frabris3

1Aluna de Biomedicina – Faculdades Integradas de Bauru – FIB –; francielesoaresjm@gmail.com 

2Aluna de Biomedicina – Faculdades Integradas de Bauru – FIB –; biabrejo.silva@gmail.com

3Professora do curso de Biomedicina – Faculdades Integradas de Bauru – FIB – ritafabris@ig.com.br.

Grupo de trabalho: Biomedicina

Palavras-chave: Hepatites virais, Vírus, Hepatite A, Hepatite B; Hepatite C, Hepatite D, Hepatite E, Hepatite Aguda, Hepatite Crônica.

Introdução: As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo fígado, que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas. A distribuição das hepatites virais é universal, sendo que a magnitude varia de região para região, de acordo com os diferentes agentes etiológicos. No Brasil, esta variação também ocorre. As hepatites virais têm grande importância para a saúde pública e para o individuo, pelo número de indivíduos atingidos e pela possibilidade de complicações das formas agudas e crônicas (SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE / MS, 2007). 

Os vírus causadores das hepatites determinam uma ampla variedade de apresentações clínicas, de portador assintomático ou hepatite aguda ou crônica, até cirrose e carcinoma hepatocelular. Considerando que as consequências das infecções são diversas, na dependência do tipo de vírus, o diagnóstico de hepatite, nos dias atuais, será incompleto, a menos que o agente etiológico fique esclarecido (FERREIRA. C. T. e SILVEIRA. T. R, 2004).

Objetivos: Descrever e conhecer os tipos de Hepatites Virais, os meios de transmissão e seus tratamentos.

Relevância do Estudo: Espera-se esclarecer, informar a população sobre as hepatites virais, aguda e crônica, apresentar os malefícios desses fatores e os perigos que elas podem apresentar, com isto podendo resultar em melhoras nas condições de saúde da população.

Materiais e métodos: Este estudo foi desenvolvido a partir de revisões em artigos científicos encontrados no site de bancos de dados SciELO e Google Acadêmico. Após a seleção desses artigos buscou-se estudar e compreender os critérios de busca.

Resultados e discussões: Os agentes etiológicos que causam hepatites virais mais relevantes do ponto de vista clínico e epidemiológico são designados por letras do alfabeto vírus A, vírus B, vírus C, vírus D e vírus E. Estes vírus têm em comum a predileção para infectar os hepatócitos. Entretanto, divergem quanto às formas de transmissão e consequências clínicas advindas da infecção. Quanto às formas de transmissão, as hepatites virais podem ser classificadas em dois grupos: o grupo de transmissão fecal-oral (HAV e HEV) tem seu mecanismo de transmissão ligado a condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos. A transmissão percutânea (inoculação acidental) ou por transfusão dos vírus A e E é muito rara, devido ao curto período de viremia deles. O segundo grupo (HBV, HCV, e HDV) possui diversos mecanismos de transmissão, como o por transfusão, sexual, compartilhamento de objetos contaminados (agulhas, seringas, lâminas de barbear, escovas de dente, alicates de manicure), utensílios para colocação de piercing e confecção de tatuagens e outros instrumentos usados para uso de drogas injetáveis e inaláveis. Há também o risco de transmissão através de acidentes perfurocortantes, procedimentos cirúrgicos e odontológicos e hemodiálises sem as adequadas normas de biossegurança. Hoje, após a triagem obrigatória nos bancos de sangue (desde 1978 para a hepatite B e 1993 para a hepatite C), a transmissão via transfusão de sangue e hemoderivados é relativamente rara. A transmissão por via sexual é mais comum para o HBV que para o HCV. Na hepatite C poderá ocorrer a transmissão principalmente em pessoa com múltiplos parceiros, coinfectada com o HIV, com alguma lesão genital (DST), alta carga viral do HCV e doença hepática avançada. Os vírus das hepatites B, C e D possuem também a via de transmissão da mãe para o bebê. Geralmente, a transmissão ocorre no momento do parto, sendo a via transplacentária incomum. A transmissão da mãe para o bebê do HBV ocorre em 70% a 90% dos casos de mães com replicação viral (HBeAg positivas); nos casos de mães sem replicação viral, a probabilidade varia entre 30% a 50% – o que não altera a conduta a ser adotada para a criança (vacinação e imunoglobulina nas primeiras doze horas de vida). Na hepatite C, a transmissão da mãe para o feto é bem menos frequente, podendo ocorrer em aproximadamente 6% dos casos. Entretanto, se a mãe for co-infectada com o HIV, este percentual sobe para até 17%. A transmissão da mãe para o bebe não tem importância para os vírus A e E. (SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE / MS, 2007).

Após entrar em contato com o vírus da hepatite o indivíduo pode desenvolver um quadro de hepatite aguda, podendo apresentar formas clínicas oligo/assintomática ou sintomática. No primeiro caso, as manifestações clínicas estão ausentes ou são bastante leves e atípicas, simulando um quadro gripal. No segundo, a apresentação é típica, com os sinais e sintomas característicos da hepatite como febre, icterícia e colúria. A fase aguda tem seus aspectos clínicos e virológicos limitados aos seis primeiros meses da infecção e a persistência do vírus após este período caracteriza a cronificação da infecção. Apenas os vírus B, C e D têm potencial para desenvolver formas crônicas de hepatite. O potencial para cronificação varia em função de alguns fatores ligados aos vírus e outros ligados ao hospedeiro. De modo geral, a taxa de cronificação do HBV é de 5% a 10% dos casos em adultos. Todavia, esta taxa chega a 90% para menores de 1 ano e 20% a 50% para crianças de 1 a 5 anos. Pessoas com qualquer tipo de imunodeficiência também têm maior chance de cronificação após uma infecção pelo HBV. Para o vírus C, a taxa de cronificação varia entre 60% a 90% e é maior em função de alguns fatores do hospedeiro (sexo masculino, imunodeficiências, mais de 40 anos). A taxa de cronificação do vírus D varia em função de aspectos ligados ao tipo de infecção (co-infecção/ superinfecção) e de taxa de cronificação do HBV. Casos nos quais o agente etiológico permanece no hospedeiro após seis meses do início da infecção. Os vírus A e E não cronificam, embora o HAV possa produzir casos que se arrastam por vários meses. Os vírus B, C e D são aqueles que têm a possibilidade de cronificar. Os indivíduos com infecção crônica funcionam como reservatórios do respectivo vírus, tendo importância epidemiológica por serem os principais responsáveis pela perpetuação da transmissão. Não existe tratamento específico para as formas agudas. Se necessário, apenas tratamento sintomático para náuseas, vômitos e prurido. Como norma geral, recomenda-se repouso relativo até a normalização das aminotransferases. Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é ser mais agradável ao paladar ao paciente anorético. De forma prática, deve ser recomendado que o próprio paciente defina sua dieta de acordo com seu apetite e aceitação alimentar. A única restrição está relacionada à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por no mínimo seis meses. Medicamentos não devem ser administrados sem a recomendação médica para que não agravem o dano hepático. As drogas consideradas “hepatoprotetoras”, associadas ou não a complexos vitamínicos, não têm nenhum valor terapêutico. Para a Hepatite crônica é necessária à realização de biópsia hepática para avaliar a indicação de tratamento específico. As formas crônicas da hepatite B e C têm diretrizes clínico-terapêuticas definidas por meio de portarias do Ministério da Saúde. Devido à alta complexidade do tratamento, acompanhamento e manejo dos efeitos colaterais, deve ser realizado em serviços especializados (SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE / MS, 2007).

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