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Cindy Sherman

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Por:   •  8/3/2014  •  4.791 Palavras (20 Páginas)  •  864 Visualizações

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DANIELA APª DE OLIVEIRA

CINDY SHERMAN

Londrina

2013

DANIELA APª DE OLIVEIRA

CINDY SHERMAN

Trabalho de pesquisa sobre a artista Cindy Sherman apresentado a disciplina de História e Teorias da Arte Contemporânea.

Prof. Maria Carla Guarinello de Araujo Moreira

Londrina

2013

Introdução

Cindy Sherman é uma renomada e reconhecida artista contemporânea que ao direcionar a câmera em si mesma, constrói um trabalho que é um veículo para o pensar de uma variedade de questões do mundo moderno.

É através de uma variedade de trabalhos que Sherman levanta questões importantes e desafiadoras como o papel e a representação das mulheres na sociedade, na mídia, etc.

Trago aqui nesse trabalho um pouco de sua biografia, sua poética e suas principais obras.

Cindy Sherman

[ biografia ]

Cynthia Morris Sherman, fotógrafa, performer, diretora de filme, Cindy Sherman, como gosta de ser chamada, nasceu em 19 de janeiro de 1954, em Glen Ridge, em New Jersey, um subúrbio de New York City, filha de um engenheiro e de uma professora de leitura, se interessou pelas artes desde criança. Apesar de seus pais não se interessarem pelas artes, eram favoráveis a sua escolha para entrar na escola de arte depois de concluir o ensino médio. Como seus pais não tinham dinheiro para pagar uma faculdade entrou para a University College of Buffalo em um curso de bacharelado em belas artes interessada por pintura; o seu sonho sempre foi ser artista como aqueles de calçadão, influenciadas pelas imagens de obras de arte como de Dali e Picasso que via em um livro dos pais na sua infância.

Começou a estudar pintura até em um dia que se viu frustada; Sherman disse que “...não havia mais nada a dizer [através da pintura]. Estava meticulosamente copiando outra arte e então eu percebi que eu poderia usar apenas uma câmera e colocar o meu tempo e uma idéia em seu lugar”. Ela teve a oportunidade de estar em um ambiente de experimentação, a sua curiosidade e sua criatividade foram estimuladas por professores e colegas universitários que exploravam e buscavam novas formas de expressão artística, como Robert Longo, um estudante mais velho e Barbara Jo Revelle, professora de fotografia, que era uma das poucas pessoas do corpo docente na faculdade que conhecia e entendia sobre arte contemporânea e conceitual. Sherman voltou-se para a fotografia, e começou a trabalhar, entre outras funções, como sua própria modelo.

Cindy Sherman

[poética e obras]

A maior parte do seu trabalho consiste em fotografias de si própria, embora não se trate de autorretratos, no sentido em que uma obra de arte para ser considerada um autorretrato o artista deve ter a intenção de retratar a si mesmo, que no caso de Sherman, vai além do dispor de si. O seu corpo é levado para além da sua própria identidade, onde utiliza o seu próprio corpo como suporte e veículo de intervenção artística, na criação de uma série de personagens, que ela vai buscar inspiração em atrizes de filmes das décadas de 1950 e 1960, revistas, arquétipos da mulher, dona de casa, prostituta, professora, dançarina, etc., Tv, revistas masculinas, imagens clássicas, história da arte, e que passam ao espectador uma certa familiriedade, capaz de fazê-lo se identificar e se envolver de alguma forma.

Para a composição de seus trabalhos ela usa uma variedade de objetos, como perucas, roupas, próteses, adereços, maquiagem, onde assume múltiplas funções de fotógrafa, modelo, maquiadora, cabeleleira, por preferir assim, com uma incrível habilidade de criar personas e se modificar ao mesmo tempo. Segundo ela, gosta de trabalhar sozinha por achar mais divertido e principalmente por conseguir uma intensidade emocional muito maior, disse a uma entrevista a Margarida Medeiros.

Na criação desses personagens, geralmente figuras femininas, a sua poética gira em torno da reflexão que vai incidir sobre a visão estereotipada que se têm do sexo feminino na sociedade, sobre o espaço que é reservado e imposto às mulheres pelos meios de comunicação. Ela faz uma investigação sobre as normas de comportamento feminino, sobre as realidades fabricadas com as quais mulheres tinham e tem que se adequar, como habilidades de conquistar e seduzir, se vestir, se maquiar; é um olhar reflexivo sobre o tipo de vestuário e maneirismo vistos na sociedade criados e definidos por filmes e outras midias populares.

São várias as interpretações sobre o trabalho de Cindy, que aqui tento esclarecer um pouco. Para alguns críticos Cindy foi considerada como uma feminista; diversas revistas acadêmicas utilizaram a sua série mais famosa “Untitled Film Stills (1978)” para ilustrar estudos sobre o sexo, a identidade e o olhar masculino desumanizante; Sherman até concordava com os objetivos das feministas, porém não fazia parte das suas preocupações ser tão “política”, segundo ela, era sua preocupação abrir um espaço no pensamento das pessoas. Conversas sobre arte sempre a incomodavam, principalmente quando voltava para questões políticas. Segundo as críticas que provinham do feminismo não a consideravam suficientemente feminista, por ela não ser suficientemente crítica, devido as suas fotografias não questionarem explicitamente os estereótipos femininos, não ficando claro de que lado ela estava. Sherman qualifica seu trabalho como provocativo, e não como feminista.

Outras interpretações

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