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Hibridomas

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Por:   •  8/9/2013  •  2.405 Palavras (10 Páginas)  •  2.075 Visualizações

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1. Introdução

Entre os objetivos deste seminário está o de trazer o conceito de hibridomas, como ocorre sua formação, e qual a utilização dessa biotecnologia. Hibridomas são células resultantes da fusão de um linfócito B e de uma célula de um linfoma. Possuem capacidade reprodutiva - herdada da célula neoplásica - e capacidade de criar anticorpos - herdada do linfócito B. Assim, apresentam grandes possibilidades terapêuticas no tratamento de doenças, como psoríase, asma, câncer de mama e várias outras.

Esse seminário considera como base dois artigos: “Células imortais” (CHRISTITANTE, L., 2011) e “Aplicação terapêuticas dos anticorpos monoclonais” (dos Santos, R. et al, 2006), além de acrescentar informações adicionais de livros e outros artigos.

1. Apresentação dos Artigos

1.1. Síntese da Introdução

O estudo dos hibridomas começou em 1975, simultaneamente na Suíça com o alemão Georges Köhler - no instituto de imunologia de Basel - e no Reino Unido, pelo argentino César Milstein, na Universidade Cambridge (CHRISTANTE L., 2011).

O estudo da área da imunologia tem seu início em 1890 com a descoberta e estudo dos anticorpos como estrutura de proteção do corpo. No início do século XX, Paul Ehrlich propõe um modelo em que um fármaco se expressa apenas em tecido-alvo, tendo sua eficiência aumentada e seus efeitos colaterais praticamente eliminados. Esse modelo é, então conhecido como “Bala Mágica de Ehrlich”. A resposta imune de qualquer corpo é, no entanto, policlonal (isto é, específica para vários antígenos). Então surge a ideia de criar anticorpos monoclonais, ou seja, específicos para um único antígeno. Essa possibilidade surge com a tecnologia dos hibridomas (dos Santos, R. et al, 2006).

1.2. Hibridomas: Visão geral

Anticorpos são proteínas produzidas para combater patógenos que entram em nosso organismo, porém nem todo anticorpo produzido é especifico para todo tipo de organismo que entra em nosso corpo. Na busca da produção em maior quantidade de um anticorpo específico surgiram as células hibridomas.

Hibridoma é uma célula que não existe espontaneamente, ela é formada pela união de uma célula de linfócito b - célula produzida pelo sistema imunológico e produtora de anticorpos - e uma célula de mieloma, um câncer que atinge a medula óssea fazendo com que suas células se repliquem indefinidamente enquanto houver fonte de alimento.

Ela também pode ser definida como uma célula que “retêm as propriedades de ambas as células parentais: a imortalidade e a extensa maquinaria de secreção de anticorpos da célula do mieloma e a especificidade de ligação de antígeno da célula b normal”. (SHARON J. et al., 2000, p.147)

Para o entendimento da criação e função de um hibridoma, é importante rever alguns conceitos, tais como o de linfócitos e o de mieloma:

• Linfócitos originam-se da medula óssea e ao amadurecerem começa a expressar receptores antigênicos, se desenvolvem em diferentes classes funcionais e são as únicas células dos organismos capazes de reconhecer e distinguir especificamente determinantes antigênicos, a classe dos linfócitos b é a única capaz de produzir anticorpos. (ABUL. K. A. et al.; 1999; p.16-17)

• Mieloma é um câncer que se desenvolve a partir de um plasmócito que se tornou canceroso, e faz com que a célula se replique indefinidamente. (SHARON J. et al., 2000, p.147)

1.3. Síntese da técnica

Os artigos usados nesse trabalho não apresentam técnicas criadas pelos respectivos autores, sendo artigos de revisão de bibliografia, assim, não há técnica a ser sintetizada.

1.4. Como produzir hibridomas

Um Hibridoma é produzido pela inoculação de um antígeno específico em um camundongo, e subsequente procura pelos linfócitos-B (ou células-B) vindos do baço do camundongo. Esses linfócitos-B, com a informação para criar anticorpos para aquele antígeno inoculado, são então induzidos à fusão com uma célula de mieloma (câncer do linfócito-B) por meio de corrente elétrica, uso de um vírus (Vírus Sendai) ou de produtos químicos (Polietilenocglicol).

Como uma grande variedade de células é produzida, os hibridomas resultantes precisam passar por um processo de seleção. Células que não se fundiram totalmente são descartadas e, dentre os hibridomas funcionais, é selecionado aquele que cria o antígeno desejado. O hibridoma escolhido é, então, colocado em meio nutritivo para que possa se reproduzir (possui as capacidades reprodutivas da célula cancerígena). Os anticorpos desses hibridomas, como são específicos para apenas um antígeno, são chamados de Anticorpos Monoclonais.

Aqui são apresentadas algumas das inovações da tecnologia de hibridomas:

1. O uso de produtos químicos (PEG – Polietilenoglicol) em substituição ao vírus Sendai, que poderia trazer infecções.

2. O uso de células de mielomas que não secretam seus próprios anticorpos, evitando que a produção do anticorpo desejado seja prejudicada.

3. O uso de camadas alimentadoras como alimento para os hibridomas, com células retiradas de:

3.1. Células do peritônio de murinos.

3.2. Macrófagos derivados de camundongos, ratos ou porcos da índia.

3.3. Células do baço do camundongo não imunizadas.

4. Criação de anticorpos que não existiam anteriormente à tecnologia de hibridoma, com o estudo detalhado dos sítios de ligação dos anticorpos, levando até a utilização dos monoclonais como enzimas.

Algumas empresas especializadas em pesquisa genética criaram suas próprias formas de trabalhar com hibridomas, inclusive desenvolvendo formas de desenvolver anticorpos sem o conhecimento prévio do anticorpo específico e anticorpos que não só combatem doenças, mas também promovem a retirada do “lixo” celular que sobra após o combate a algum antígeno. (PANDEY S.; 2010)

2. Objetivos da produção de Hibridomas

A função de um hibridoma é produzir anticorpos monoclonais, os quais possuem habilidade de se ligarem em uma estrutura química pré-determinada.

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