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Poluição da água

Por:   •  11/5/2016  •  Seminário  •  1.894 Palavras (8 Páginas)  •  389 Visualizações

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2.3 A Ética dos bens

O bem é a força ordenadora da ética e momento culminante da vida espiritual, pois a vida humana é o percurso em busca do bem, toda ética deveria conter a receita da consecução do bem. Daí não fazer sentido o uso do verbete ético para designar à ética do banditismo, a ética do crime, a ética a pedofilia e outras.

Toda ética é a ética dos bens, ou deveria ser concebida como a ética do bem a conduta dirigida á consecução daquilo que pode ser considerado como bom, a criatura humana é a única provida de capacidade de se propor fins, eleger meios e colocar em pratica os últimos, para alcançar os primeiros.

Todo esforço se justifica para a consecução de bens da vida, lutar para atingir um ideal, e este é o nutriente que faz para chegarmos aos nossos objetivos, pois a vida é como se fosse um caminho, caminho esse que nos leva rumo ao objetivo.

O supremo bem da vida consistirá na realização do fim próprio da criatura humana, esse objetivo, na hierarquia dos bens, é o que se chama bem supremo, para estabelecer a hierarquia dos fins, basta verificar qual deles pode ser, meio e fim para a obtenção de outro fim.

2.3.1 O Eudemonismo, o idealismo ético e o hedonismo

Eudemonismo deriva de eudemonia, em grego, significa felicidade, eudemonismo é a doutrina que considera que considera a busca de uma vida feliz o principio e fundamento dos valores morais, valia eticamente todas as atitudes que aproximem o homem daquilo que ele considera felicidade, para Aristóteles, a felicidade é o bem supremo, pois constitui um fim que já não possui o caráter de meio.

Idealismo, a ultima finalidade do homem é fazer o bem, o estóico, por exemplo, não aspira a ser feliz, mas a ser bom. A virtude é fim, não meio. Impõe à criatura ser virtuosa, ainda que disso não extraia prazer algum. A historia do homem está repleto de modelos idealistas. No passado e mesmo no presente, ainda podem ser apontadas figuras que oferecem o seu esforço, o seu talento e a sua dedicação a uma causa.

Hedonismo, a felicidade está no prazer. Seja ele o prazer, seja a fruição da tranqüilidade extraída do deleite, no exercício de atividade intelectual ou artística. A sociedade contemporânea é considerada hedonista porque troca todos os demais objetivos pel busca frenética pelo prazer. O prazer sensual, o prazer carnal, o prazer desacompanhado de qualquer outra conotação que não seja o gozo. Muitas outras doutrinas que poderiam ser acolhidas sob o titulo “Hedonismo”, cada qual a enfatizar um particular aspecto de deleite, associado á tentativa de redução de qualquer espécie de desprazer ou desconforto.

2.3.2 Uma palavra sobre os gregos

Depois dos filósofos gregos, pouco se criou em termos em termos de ética. Foi essa gigantesca civilização, que teve seu apogeu no século VI, que forneceu à a humanidade o edifício parene para a compreensão do mundo. Os mais cáusticos dentre os pensadores costumam dizer que depois de Sócrates, Platão e Aristóteles não surgiram mais filósofos. Todos os demais percorrem trilhas já desvendadas e procuram explicá-las com outras palavras, mas somente os únicos que merecem receber o titulo de filósofos são esses pontos culminantes da excelência da espécie humana.

2.3.2.1 Ética Socrática

Atribui-se a Sócrates, que nada deixou escrito, iniciar o chamado período ático da filosofia grega. Os testemunhos sobre Sócrates foram legados por Platão e Xenofonte, que cultura seus ensinamentos, e por Aristófanes, que ridicularizara. Sócrates serviu-se de um método muito peculiar, hoje, por isso mesmo, denominado socrático, para a discussão das questões do saber. O método socrático se caracterizava pelas continuas indagações. Fazia uma pergunta e a cada resposta do interlocutor procedia a uma nova indagação, respondia perguntas com outras perguntas.

Como procede Sócrates? Interpela um notável, um homem de grande prestigio na cidade, alguém que se sente seguro do seu saber, um professor, magistrado, comerciante, político, etc. Submete-o a um interrogatório irônico, provocador, que faça ressaltar as contradições e o vazio do seu pensamento,

destruindo, assim, a autoridade sobre o qual o mesmo se assenta. Sócrates ridiculariza tudo o que os seus interlocutores receberam, passivamente, da tradição.

Sócrates não estava preocupado com sua própria concentração, mas com a dos espectadores reunidos. Para gozar o pleno beneficio de seu pensamento, os homens precisavam aprender a ouvir. Precisavam prestar rigorosa atenção ao conteúdo de perguntas e respostas em vez de simplesmente se maravilhar com seu mérito estético.

A permanência do método socrático é que ele ensina de forma não magistral.Não pretende ser mestre, o que ele pretende é incitar o interlocutor a descobrir a verdade por si mesmo. A pensar por si próprio. È um docente do autodidatismo. Sua intenção é fazer com que o educando prescinda do mestre: “Os que comigo privam parecem, a principio, ignorantes, alguns deles completamente ignorantes até; com o convívio, porém, e com os favores de Deus, é maravilhoso ver como todos progridem, quer aos seus próprios olhos, quer aos olhos de outrem, o que é, alem disso, claro é que de mim nada aprenderam e que foi dentro deles mesmos que fizeram muitas e belas descobertas, por eles próprios geradas.

Costuma-se,“num reducionismo tão característico ao nosso tempo, resumir o pensamento socrático em duas máximas:” Só sei que nada sei” e “Conhecer-te a ti mesmo” , A primeira máxima, quis apenas mostrar que o homem da ciência deve adotar postura de humildade diante do universo do saber, respeitado como alguém que dizia coisas pertinentes, já na segunda proposição, conhecer-te a ti mesmo, continua a ser um comando valido. É um projeto incessante de vida. Há pessoas que chegam á maturidade cronológica e ainda não se conhecem. É fundamental conhecer-se em profundidade antes de qualquer outra missão. Só quem se conhece tem condições de conhecer qualquer outra coisa. Sem o autoconhecimento, ninguém poderá desvendar o verdadeiro conhecimento.

2.3.2.2 A Ética Platônica

Platão era de nobre estirpe ateniense. Conheceu Sócrates aos vinte anos e essa influencia ditou ao rumos de sua vida. Sua obra aperfeiçoou o método socrático da interrogação, fez da maiêutica a sua dialética. A dialética consiste, para Platão numa contraposição de intuições sucessivas, cada uma das quais aspira a ser uma intuição seguinte, contraposta a

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