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Trabalho De Bio

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Por:   •  20/11/2014  •  4.954 Palavras (20 Páginas)  •  638 Visualizações

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Homo Sapiens

       O Homo sapiens cujo nome Homo significa "humano" e sapiens que significa "saber", pois "eles já sabiam", surgiu há aproximadamente 200 a 150 mil anos atrás, no leste da África, como resultado de adaptações de um hominídeo ainda não confirmado ao meio ambiente em transição em que viviam (Homo heidelbergensis, Homo rhodesiensis, Homo antecessor, Homo ergaster ou outro ainda por ser descoberto). Desde então o Homo sapiens veio evoluindo e espalhando-se por toda África, substituindo as outras populações de hominídeos existentes na época.

Para conhecer melhor essas e outras espécies de hominídeos conhecidas pela ciência, visite a área Evolução Humana.

      As principais evoluções presentes no Homo sapiens estão no crânio, sendo um dos maiores entre os hominídeos que já existiu, com capacidade média aproximada de 1300 centímetros cúbicos, que mesmo sendo pouco menor do que os dos Homo neanderthalensis, eram maior em relação ao tamanho do corpo. O crânio em si é muito mais alto do que as outras espécies de hominídeos, as laterais do crânio são quase verticais, porém não é reforçado como nas outras espécies, estão ausentes as grandes arcadas superciliares e proeminências ósseas vistas em H. neanderthalensis e H. heidelbergensis. Os primeiros H. sapiens mantinham uma aparência bastante robusta, sendo as arcadas superciliares de H. sapiens primitivos bastante grandes, mas diferiam na forma dos de H. neanderthalensis e H. heidelbergensis. A face ficava totalmente abaixo da caixa craniana. Os dentes e as mandíbulas eram menores do que as das espécies anteriores de hominídeos e a mandíbula tinha uma proeminência que nunca foi vista em qualquer outra espécie de hominídeo, o queixo.

      O esqueleto é levemente constituído em relação à espécies anteriores e não tem as adaptações a ambientes frios encontrados em H. neanderthalensis, pois evoluiu em ambientes tropicais africanos antes de migrar para o resto do globo. Nestes ambientes tropicais, as proporções do corpo alto e magro eram favoráveis porque maximizava a área superficial, melhorando a dissipação de calor, com a mesma massa corporal. As características mais intrigantes encontrados em H. sapiens eram os traços comportamentais, essas características representam estratégias que não são vistas em qualquer outra espécie de hominídeo, entre elas estão estratégias de caça que lhes permitia caçar animais de pequeno, médio e grande porte, bem como peixes e mariscos. As ferramentas que eram confeccionadas pelo H. sapiens refletem essa variedade, entre elas então inclusas lâminas (um artefato raramente visto em conjuntos líticos associados com o H. neanderthalensis), ferramentas feitas de ossos e ferramentas compostas por outras ferramentas.

      O H. sapiens foi o pioneiro nas artes, iniciando com as pinturas rupestres, estátuas, conchas trabalhadas, trabalhos em ocre, pingentes e estatuetas. Esse pioneirismo sugere que o H. sapiens teve uma maior capacidade de pensamento abstrato, simbólico. Com base na anatomia da parte superior da coluna vertebral e estruturas associadas, também é altamente provável que o H. sapiens tenho sido a primeira espécie de hominídeo a ser capaz de utilizar a linguagem falada. Esses comportamentos tem início na África há cerca de 150 mil anos atrás, evoluindo lentamente com o passar dos anos, já na Europa eles aparecem rapidamente, sugerindo que ao chegarem lá, já os possuíam.

      A Invasão Humana tem inicio entre 160 e 135 mil anos atras, quando quatro grupos de caçadores-coletores viajaram da região central da África (Região dos atuais Quênia, Etiópia e Sudão), para o extremo sul africano (região da África do Sul levando consigo os haplogrupos L0, L0a, L0b, L0d, L0f e L0k, DNA mitocondrial - mtDNA), esses seres humanos deram origem aos atuais pigmeus caçadores-coletores das florestas tropicais da África central e os Khoisan do Kalahari que vivem nas terras áridas da África Austral como caçadores-coletores possuindo pequenos rebanhos.

      Um segundo grupo foi para o sudoeste na Bacia do Congo, eles possuíam os haplogrupos L1, L1b, L1c, L1c2 e L1c4. Foram os primeiros humanos conhecidos a habitarem a região da África Ocidental. Seus descendentes incluem os povos de língua Bantu, que possuíam uma cultura agrícola avançada e foram as primeiras pessoas na África sub-saariana a trabalhar o ferro. Expansões posteriores ao leste e ao sul introduziram a agricultura e as línguas Bantu em toda a África.

      O terceiro grupo migrou para oeste próximo a Costa do Marfim, eles possuíam os haplogrupos L3, L3a, L3b, L3c, L3d, L3e, L3e1, L3e2, L3e3, L3f, L3h, L3i1, L3i1a, L3i2, L3x, L3x1 e L3x2. A propagação desta linhagem ocorreu em uma época em que o clima e a paisagem tornaram-se mais hospitaleiras. Eles se estabeleceram pela costa africana do atlântico ocupando também regiões mais para o Norte de África. No Norte, deram origem aos grupos de populações dos povos berberes que são criadores de gado.

      O quarto grupo se dirigiu para a região do estreito Bab el Mandeb ("Portão das Lágrimas" em árabe, que separa a Península Arábica da África), transportando a geração haplogrupos L1.

      Há 125 mil anos atrás, este quarto grupo seguiu para o norte, atravessando uma parte verde do Saara, acompanhando o Nilo até o delta e entrou na Ásia pela Península Arábica, ocorrendo assim a primeira saída do Homo sapiens da África. Entretanto uma mudança climática há cerca de 90 mil anos atras atingiu esse quarto grupo na região fora da África, onde um resfriamento mundial transformou o Oriente médio e o norte da África em desertos, secos ao extremo. O Oriente médio passou então a ser reocupada pelos H. neanderthalensis.

      O resfriamento global trouxe consigo um aumento na quantidade de geleiras e consequentemente uma redução nos níveis dos oceanos, que segundo estudos realizados na Groenlândia, chegaram em períodos de pico de resfriamento a reduzir em 80 metros o níveis atuais dos oceanos. Com uma população de H. sapiens vivendo próximo ao estreito Bab el Mandeb, essa redução nos níveis dos oceanos, proporcionou imensa facilidade para se atravessar o estreito, que hoje possuí uma largura de 25 km, mas que a 85 mil anos atras estaria bem menor e foi atravessado por H. sapiens levando consigo geração de DNA mitocondrial (mtDNA) chamados de gene tipo L3, que daria origem aos 3 superhaplogrupos M, N e R, do qual descendem todos os homens de etnias que surgiram fora da África. Os tipos de gene L1

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