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A FILOSOFIA E SOCIOLOGIA APLICADA À SAÚDE

Por:   •  4/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.103 Palavras (5 Páginas)  •  784 Visualizações

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LEIDINALDO AGANETTE DE OLIVEIRA  1168569

                                    MODELO BIOMÉDICO

EDUCAÇÃO FÍSICA BACHAREL

FILOSOFIA E SOCIOLOGIA APLICADA À SAÚDE

PROF. ADRIANA DUARTE DE SOUZA CARVALHO DA SILVA

 CENTRO UNIVERCITARIO CLARETIANO

                                      BELO HORIZONTE

                                                  2017

O modelo biomédico surgiu proposto por pensadores como Galileu, Descartes e Newton com bases na teoria mecanicista. O mecanicismo é o homem como uma máquina, tendo a saúde como ausência de doença e levando a especialização e fragmentação, perdendo a visão do homem, em suas dimensões psicológicas e sociais, sendo a doença e sua cura, o diagnóstico e o tratamento, o processo fisiopatológico ganhando espaço.Este modelo influencia até hoje na atenção à saúde, nota-se da forma que o médico aborda um paciente e faz sua observação clínica ao atende-lo, tendo em vista seus sinais e sintomas perguntando o que sente que é muito importante, mas não determina o restabelecimento do paciente.

No Método Descartes cria-se as regras que se constituem os fundamentos de seu novo conhecimento e que persistem no raciocínio médico ainda hoje. Em primeira instância visa-se que não se deve aceitar como verdade nada que não possa ser identificado como tal, baseando-se em evidência, e cuidadosamente evitar a precipitação e os preconceitos não julgando sem antes com clareza e distinção da razão desfazendo de qualquer dúvida. Em seguida era proposto que se dividisse cada dificuldade a ser examinada da maior forma possível para ser solucionado. Assim havia à condução do pensamento de forma ordenada, partindo do mais simples e fácil daí aos poucos, indo para o conhecimento mais complexo, mesmo supondo que não houvesse uma ordem que seguisse naturalmente os objetos conhecidos. Daí havia a necessidade de fazer uma revisão exaustiva dos diversos componentes de um argumento de tal maneira sendo possível a certificação de que nada foi omitido.

Desta forma o interesse médico passou da história da doença para uma descrição clínica dos achados propiciados pela patologia, grande parte das descobertas da medicina moderna foram associadas à abordagem biomédica. Alguns exemplos, como os estudos anatômicos de Vesalius, a descoberta da circulação sanguínea por William em 1628 e da primeira vacina por Edward, dentre tantas são algumas destas descobertas. Posteriormente evidenciando o papel das bactérias, seja no processo de fermentação, ou nas doenças, além de, entre outras contribuições, ter chegado às vacinas anti-rábica e contra o Anthrax e tendo descoberto o agente etiológico da tuberculose, também contribuindo para formação do rigor do raciocínio mecanicista e sua insistência nas relações causa-efeito. A teoria microbiana tem uma predominância fazendo obscurecer concepções que se destacavam, como a causalidade múltipla ou que tinham grande participação levando em consideração os fatores de ordem socioeconómica. Havendo um enorme avanço até o século XVIII, buscando a compreensão no processo saúde-doença, entendendo melhor sua complexidade e determinação. Este novo modelo precisava de uma forma explicativa das novas concepções de estrutura e funcionamento do corpo, mesmo na base do racionalismo não parecia difícil ou incompatível conciliar a crença religiosa com suas observações empíricas.

Ilustrando melhor o raciocínio mecanicista, tomamos o caso do diabetes, se descobre que a essência dessa enfermidade são alterações metabólicas, sendo reproduzida ao remover do páncreas, e posteriormente detecta-se que a administração de insulina aliviava os sintomas. Estava-se diante de mais uma clara demonstração de como uma deficiência na máquina provocava doença que podia ser curada através do emprego de uma substância específica. Obtendo maior sucessos com descoberta do estudo dos mecanismos de defesa do organismo informando-se da estrutura do DNA, e, mais recentemente, do mapeamento do genoma humano e das conquistas da engenharia genética. O raciocínio e a prática biomédica são muitas vezes soluções paliativas por não agirem nas causas propriamente ditas, concentrando-se em partes de um processo que em sua essência são bem mais complexos. Por quase 14 séculos predomina a tentativa de explicar os fenômenos da natureza, tanto nas ciências biomédicas, quanto no mecanicismo.

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