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APLICAÇÃO DE JOGOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA

Por:   •  20/3/2019  •  Projeto de pesquisa  •  5.671 Palavras (23 Páginas)  •  294 Visualizações

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APLICAÇÃO DE JOGOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA

                                                                                   Jefferson Francis Ferreira Lima

                                                                                          José Gerivânio Bezerra da Silva

     RESUMO

Este trabalho teve como objetivo discutir a inclusão de alunos com deficiência física através de jogos nas aulas de Educação Física.  O estudo foi composto por vinte e seis alunos do 2º ano e vinte e cinco alunos do 3º ano do Ensino Fundamental 1, dentre eles três alunos com deficiência física. Para a coleta de dados, foram utilizados dois questionários (aberto e fechado).  Os questionários seguiram dois roteiros: um para os alunos com deficiência física e um para os alunos sem deficiência física. Os resultados foram analisados através de gráficos, verificando se as atividades favoreceram a inclusão, ou como os alunos com deficiência física participavam e a relação entre os alunos durante as atividades.  Para os alunos com deficiência física a análise dos dados foi feita através de suas respostas. Podemos ver que a inclusão desses alunos foi privilegiada nas aulas de Educação Física, mas na maioria das atividades os mesmos, às vezes, precisam da ajuda dos colegas, ou como relatam a maioria que, só fazem algum tipo de atividade quando vão à escola. Os alunos relacionaram-se e se comportaram bem, mas ainda são necessárias mudanças em vários âmbitos no intuito de consolidar a inclusão na turma, para criar de fato uma Educação Inclusiva.

Palavras – chave: Educação Física. Inclusão. Jogos

  1. INTRODUÇÃO

Pensar em uma Educação Inclusiva é entender que é uma educação voltada para a formação integral do aluno, uma educação onde não existem preconceitos e que compreende, reconhece e valoriza as diferenças. É o entendimento de que somos diferentes e isso é importante, é colocar fim em um senso comum muito usado, como os “normais” x deficientes, por exemplo. As diferenças sempre existiram e sempre vão existir, pensando na educação inclusiva elas devem ser mais estudadas, respeitadas e valorizadas. A Inclusão deve ser entendida como a inserção de todos os alunos da escola em determinado objetivo, todos os alunos devem, sem exceção alguma participar das aulas no ensino regular. A inclusão é um processo amplo, com transformações, pequenas e grandes, nos ambientes físicos e na mentalidade de todas as pessoas, inclusive da própria pessoa com necessidades especiais. (SASSAKI, 1997 apud CIDADE; FREITAS)

                               

De acordo com CARVALHO (1998, e OLIVEIRA e POKER; 2002 apud AGUIAR; DUARTE; 2005, p.224), o paradigma da escola inclusiva pressupõe, conceitualmente, uma educação            apropriada e de qualidade dada conjuntamente para todos os alunos – considerados dentro do     padrões da normalidade com os com necessidades educacionais especiais – nas classes do ensino comum, da escola regular, onde deve ser desenvolvido um trabalho pedagógico que sirva a todos os alunos, indiscriminadamente. Sendo assim, o ensino inclusivo é prática da inclusão de todos, independentemente de seu talento, deficiência (sensorial, física ou cognitiva), origem socioeconômica, étnica ou cultural.

Para superar os obstáculos e desafios encontrados para se implantar uma educação inclusiva e buscar a aprendizagem, é preciso haver mudanças não só nas escolas, mas principalmente mexer com as estruturas e sistemas tradicionais que controlam essas escolas, sendo que se houver cooperação, respeito e todos trabalhando juntos, os benefícios irão surgir naturalmente valorizando e de fato atendendo o que as pessoas precisam. O sucesso da inclusão de pessoas com necessidades especiais no ensino regular e de uma sociedade inclusiva depende da ação conjunta de toda população. (AGUIAR; DUARTE; 2005).

A Escola é capaz de fazer transformações, realizar mudanças na sociedade, formar cidadãos e provocar muitas reflexões nas pessoas. Uma escola que oferece qualidades de ensino, que valoriza a diversidade, que dá acesso ao conhecimento e que é consciente de suas funções sociais, estará fornecendo um ensino de qualidade para todos. Como diz MAZZOTTA (1993, apud AGUIAR; DUARTE; 2005,p.237), a implantação da educação inclusiva no ensino regular depende não só da boa vontade da sociedade civil, mas também da política de nossos governantes. E, na esfera política, tem-se visto, por várias vezes, que projetos são interrompidos, sem uma reflexão crítica sobre os mesmos, em decorrência das mudanças no governo.

Ao longo do tempo as pessoas com deficiência física sempre foram vistas como inválidas, incapazes, doentes e em desvantagem quando comparadas as pessoas sem deficiência, tidas como “normais” e não eram observadas como indivíduos que possuem os mesmos direitos sociais, direito a educação, a educação física, as práticas corporais, aos esportes, etc.   Mesmo pensando em um ambiente escolar, a Educação Física já foi e ainda é vista por algumas pessoas como uma disciplina de seleção dos mais aptos, mais habilidosos com a intenção de descobrir talentos em diversos esportes e os alunos que possuem deficiência eram simplesmente excluídos automaticamente e dispensados da Educação Física, porém a disciplina na escola não deve ter esse pensamento apenas nos esportes e sim como ela influencia no dia a dia de quem a vivencia, de quem absorve seus conhecimentos e como é uma disciplina importante que possui uma diversidade de conteúdos a níveis práticos e teóricos para que os mesmos possam ter acesso a esses conhecimentos,  além de colaborar neste caminho de inclusão dos alunos nas aulas. Estar incluído nas aulas de educação física implica ter acesso ao conhecimento específico da área e oportunidade de construir questões mais elaboradas relacionadas ao corpo e ao movimento. (FERREIRA; DAOLIO; 2014)

     O Aluno deficiente físico deverá ser colocado nas aulas e respeitado como todos, sendo incluído e participando das atividades sempre respeitando seus limites, com a ideia de aproximar este aluno da sociedade, do convívio com as demais crianças e fornecendo oportunidades para que isto aconteça. O Mesmo já inserido no contexto escolar deve ter possibilidades e suas necessidades atendidas para que possa de fato já estar no mínimo integrado para que depois possa ser incluído nas atividades, tem de ser efetivado nas práticas de Educação Física com o intuito de ter mais autonomia e superar seus desafios. Com o princípio da Inclusão, a Educação Física escolar deve ter como eixo fundamental o aluno e, sendo assim, deve desenvolver as competências de todos os discentes e dar as mesmas condições para que tenham acesso aos conteúdos que propõe, com participação plena, adotando para tanto estratégias adequadas, evitando a exclusão ou alienação. (AGUIAR; DUARTE; 2005).

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