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Hipertensão arterial em idoso

Por:   •  16/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.792 Palavras (16 Páginas)  •  404 Visualizações

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No Brasil, aproximadamente 65% dos idosos são portadores de hipertensão arterial, já entre as mulheres com mais de 65 anos a média pode chegar a 80%. (SBH/SBC/SBN; 2002 ). Esses números no futuro tende em crescer já que a quantidade de idosos está aumentando de modo considerável.

Nos países desenvolvidos, as doenças cardiovasculares são responsáveis pela metade das mortes, e no Brasil é a principal causadora de óbito a mais de 30 anos se tornando a doença mais comum em todo o mundo principalmente sobre os idosos.( ROSENFELD 2003)

Alguns dados de estudos citam que 30% a 50% dos pacientes hipertensos, não apresentam pressão arterial controlada mesmo os que já usam medicamentos regularmente. (PIMENTA, CALHOUN, 2007).

A maioria dos pacientes com hipertensão apresenta excesso de peso e o sobrepeso e a obesidade pode ser responsável por 20% a 30% dos casos de hipertensão arterial(Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2006). Estudos clínicos no tratamento da pressão arterial sugere modificações no estilo de vida com atividades físicas e reduções de peso como a primeira coisa a fazer no tratamento da pressão arterial diminuição de sal, quando for necessário, associar esses cuidados ao uso de medicamentos podendo ser usado isoladamente. (MIRANDA, PERROTTI, et al. 2002).

MATERIAIS E MÉTODOS

Para selecionar os artigos foram utilizados os banco de dados: Scielo.br, banco de dados de teses e dissertações CAPES, Medline, biblioteca digital UGF (teses e dissertações), onde utilizou-se palavras de buscas isoladas de até 3 palavras e todas as pesquisas em português excluindo todas os artigos anteriores ao ano 2000 e selecionando do ano 2000 até o ano 2013

HIPERTENÇÃO EM IDOSO

A transição epidemiológica é a modificação, em longo prazo, dos padrões de morbidade, invalidez e morte que caracterizam uma população específica e que geralmente coincidem com outras transformações demográficas, sociais e econômicas.

De acordo com CHAIMOWICZ (1998 p. 17) Nos últimos 40 anos, o Brasil passou de um tipo de mortalidade de população jovem para um quadro caracteristico de doenças complexas e onerosas compostas de faixa etárias mais avançadas. A população mais velha vai proporcionar desafios cada vez maiores aos serviços de saúde principalmente em regiões em que a polarização epidemiológica esta mais presente.

Os idosos não encontram cuidados adequado no sistema público de saúde e previdência por consequência ocorrem sequelas das doenças crônicas e degenerativas isso ocorre pela desigualdade regionais e sociais desenvolvendo incapacidade, perdendo autonomia e a qualidade de vida. (VERAS RP. 2003).

[...] Em termos de utilização dos serviços de saúde, o aumento dos idosos na população implica no maior número de problemas de longa duração que, frequentemente, exigem intervenções custosas, envolvendo tecnologia complexa para um cuidado adequado. Esse fato acarretará crescimento das despesas com tratamentos médicos e hospitalares, ao mesmo tempo em que apresentará desafio para as autoridades sanitárias, especialmente no que tange à implantação de novos modelos e métodos de planejamento, gerência e prestação de cuidados [...] (Veras ., 2003, p.11 ).

As doenças dos idosos são crônico e degenerativas e multiplas, durando vários anos e precisam sempre de acompanhamento médico e tratamento com medicamento contínuo. (VERAS, 2003).

Segundo ROSENFELD, PREVALENCE (2003, p.18) “Os idosos brasileiros constituem 50% dos multiusuários de fármacos. Por essa razão, a literatura aponta a relação entre o crescente uso de medicamentos e o aparecimento de diversos PRM”

O incremento das prescrições, pela presença de muitas doenças ou por despreparo do médico para instituir um esquema terapêutico racional, pode levar a polifarmácia e a iatrogenia.( ROLLASON, VOGT, 2003). Na polifarmácia pelo menos um medicamento é desnecessário podendo causar a não adesão reações adversas erros de medicação, aumento do risco de hospitalização e dos custos com a saúde. Por outro lado os benefícios da farmacoterapia não estão em todas as camadas sociais pois nem todos tem acesso aos medicamentos comprovando a desigualdade social e econômica entrando em destaque o população idosa. (ROSENFELD, PREVALENCE, 2003).

A adesão terapêutica “significa relação colaborativa entre o paciente e os profissionais de saúde, podendo ser caracterizada pelo grau de coincidência entre prescrição médica e o comportamento do paciente.”(CHENG, KALLIS, FEIFER).

[...]Enquanto que a não adesão ao tratamento é um problema multifatorial, influenciado por aspectos relacionados à idade (jovens ou idosos), sexo (homens ou mulheres), doença (crônica ou aguda), ao paciente (esquecimento, diminuição sensorial e problemas econômicos), problemas relacionados aos medicamentos (custo, efeitos adversos reais ou percebidos ou, ainda, horário de uso) ou equipe cuidadora de saúde (envolvimento ou relacionamento inadequado)[...] (BENSON, VANCE-BRYAN, RADDATZ., 2000, p. 1)

Segundo o autor TEIXEIRA, LEFÉVRE (2001, p. 1) “[...]em pesquisa realizada no Brasil, cerca de 46% dos idosos portadores de hipertensão arterial interromperam o tratamento por conta própria [...]”

O acompanhamento farmacoterapeutico do paciente idoso é fundamental para o uso correto dos medicamentos e assim promover o total beneficio do mesmo. (TEIXEIRA, LEFÉVRE 2001).

Na população idoso, a avaliação de saúde e feita pelo seu estado de saúde. O idoso esta se sentindo bem ou não esta se sentindo bem foram os critérios adotados na maioria das vezes para se justificar a percepção de saúde, não importando a quantidade de medicamentos usados pelo idoso. (VERAS 2003)

A polifarmácia de modo simultâneo contribuiu para o aparecimento de efeitos adversos. Podem-se amenizar esses efeitos com prescrições adequadas ajustando a dose e período de tempo determinados no tratamento. (MOSEGUI, et al 2000).

De acordo com PENTEADO et al.(2002, p. 2903) Mostram que o uso simultâneo de medicamentos utilizados para diversos fins sugere o aparecimento de problemas relacionados à farmacoterapia.

Segundo LANGFORD et al.2006. propuseram que, além da polimedicação maior, o número de doses diárias, o uso de medicamentos de baixo índice terapêutico, o uso de medicamentos para vários problemas de saúde e a mudança na medicação são fatores de risco para o desenvolvimento de PRMs.

Em uma pesquisa desenvolvida que o publico alvo eram idosos os medicamentos mais utilizados foram os anti-hipertensivos, como o captopril, diuréticos como o hidroclorotiazida,

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