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O USO DA CORRENTE GALVÂNICA NAS ESTRIAS ALBAS

Por:   •  20/4/2019  •  Relatório de pesquisa  •  1.624 Palavras (7 Páginas)  •  385 Visualizações

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O USO DA CORRENTE GALVÂNICA NAS ESTRIAS ALBAS

Évilin Crestani Della-Flora[1]

Jéssica Luana Pereira[2]

Carla Maria Uggeri Negretto[3]

Saúde, Qualidade de Vida, Acessibilidade e Desenvolvimento Humano

  1. INTRODUÇÃO

         A busca pelo corpo perfeito vem crescendo dia após dia. Tanto o público feminino quanto o masculino têm recorrido a diversos tratamentos, para alcançar os resultados tão almejados, pois é nítido o quanto insatisfeitas as pessoas estão com seu corpo. Um dos principais motivos que leva a esta insatisfação são as estrias, sendo este um dos motivos para a busca por tratamentos estéticos, onde a corrente galvânica é muito utilizada como grande aliada auxiliando o tratamento desta patologia, já que possui a função de causar um estímulo inflamatório, com intuito de reparar o tecido lesionado, ativando assim os fibroblastos para substituir o tecido lesado por um novo tecido (AGNE, 2016; BORGES e SCORZA, 2016;  PEREIRA, 2014).

  1. Estrias

As estrias são afecções dermatológicas ditas como lesões atróficas lineares, paralelas que, normalmente, obedecem às linhas de clivagem da pele. Sendo inicialmente eritematovioláceas e após tornam-se esbranquiçadas. São caracterizadas histologicamente como lesões que irão dispersar o tecido colágeno e elástico, sendo possível observar uma redução na presença de células da pele como os queratinócitos, melanócitos e fibroblastos. De acordo com o fototipo da paciente, elas poderão ser mais evidentes, sendo que a quantidade de melanócitos presentes na derme é a mesma independentemente do fototipo, porém a produção do pigmento e da coloração são diferentes, pois quanto maior for o fototipo maior será a atividade dos melanócitos, tendo por consequência um maior estímulo na produção melânica (PEREIRA, 2013; SILVA e CASTRO, 2015)

Esta patologia também é definida como um processo degenerativo cutâneo e benigno, possuindo como característica um trajeto linear que muda de coloração de acordo com a sua fase evolutiva. Sendo assim, considerada uma disfunção estética, a qual não é capaz de gerar incapacidade física, apresentando também uma característica de bilateralidade, tendo tendência em se formar simetricamente (SILVA e CASTRO, 2015).

As estrias se caracterizam por uma atrofia linear plana no tecido dérmico, devido ao rompimento das fibras elásticas e colágenas, possuindo assim uma redução na espessura tissular, que é decorrente da redução do número e volume dos elementos dérmicos. Inicialmente são avermelhadas, após passam a ser esbranquiçadas e nacaradas (brilhosas), podendo ocorrer também ressecamento, menor elasticidade e rarefação de pelos no local. O surgimento desta patologia envolve múltiplos fatores, como: a genética, desequilíbrios hormonais, como por exemplo a gravidez, variações brusca de peso, a hipertrofia que pode ocorrer decorrente de atividade muscular, uso de algumas medicações, uso exógeno de corticoides, estirão de crescimento ocorrido na adolescência, entre outros (MOREIRA e GIUSTI, 2013; SILVA, ROSA e SILVA, 2017; TASSINARY e NETO, 2018).

Em relação as causas e processo de formação, algumas teorias são aceitas: a teoria mecânica, a qual dita que o surgimento das estrias acontece após uma ruptura nas fibras elásticas, sem nenhum motivo aparente, como na gestação, obesidade, puberdade e até mesmo no caso de atividades físicas em excesso; a  teoria endocrinológica explica que o surgimento ocorre pelo uso ou por alterações nos hormônios adrenais e corticoides; já a teoria infecciosa, diz que elas ocorrem após processos infecciosos, como por exemplo, febre reumática e tifoide, hepatite, síndrome de Marfan, dentre outros (PEREIRA, 2013).

Há autores que relatam ser possível caracterizar o período de instalação da estria de acordo com a sua coloração. A estria rubra (vermelha) é caracterizada como inicial, apresenta linfócitos, monócitos e neutrófilos ao redor dos vasos sanguíneos, proporcionando um estímulo nas células mesenquimais e nos fibroblastos ativos, os quais iram evidenciar a fase inflamatória. E com a evolução clínica da patologia, estas passam a ser denominadas estrias albas (brancas) ou estrias atróficas crônicas, por passarem a apresentar uma coloração mais clara (LIMA et al., 2013).

Segundo Pereira (2013), as estrias sofrem um processo de evolução o qual é dividido em quatro fases: prurido onde há presença de coceira e uma sensação de repuxamento da pele; hiperemia onde se observa lesões na superfície e cor rosada; estria recente possuindo uma coloração mais avermelhada ou arroxeada com superfície atrófica; estrias albas ou nacaradas as quais apresentam a epiderme fina, fragmentação de fibras colágenas e elásticas, cicatrizes brancas e sem vascularização tecidual.

Os tratamentos para estrias sempre foram questionados, mas com o tempo o conceito de tratamento vem mudando, pois estudos  têm demonstrado resultados significativos como o uso de peelings químicos, corrente galvânica, a laserterapia, a microdermoabrasão, e o microagulhamento, o qual faz a utilização de agulhas para estimular a produção de colágeno no tratamento de cicatrizes deprimidas e rugas, técnica essa difundida como subincisão, sendo esta na maioria dos casos associado a algum ativo ( BUSATTA et al.,2018).

  1. Corrente Galvânica

A corrente galvânica é definida como aquela em que o movimento das cargas de mesmo sinal se deslocam no mesmo sentido, com uma intensidade fixa. O termo contínua indica que a intensidade da corrente é constante em valor e em sentido, podemos utilizar também o termo corrente direta. A aplicação da corrente galvânica divide-se em galvanização e iontoforese (GUIRRO e GUIRRO, 2004).

 Galvanopuntura, essa técnica pode ser realizada de três formas: deslizamento da agulha, penetração da agulha em pontos adjacentes e  escarificação. Independente da técnica utilizada, o que se deseja é uma estimulação química dos capilares da pele, resultando em uma hiperemia ativa e aumento da circulação local, que intensificará os processos metabólicos, a nutrição, a função e a regeneração do tecido, produzindo um processo inflamatório agudo fornecendo um resultado mais rápido, visto sua importância na regeneração tecidual. A Iontoforese consiste na utilização da corrente galvânica para a introdução de substâncias no interior do organismo, mas para que isso ocorra essa substância tem que ser iônicamente carregada (SOUZA et al; 2007).

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