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A GRAVIDEZ E PARENTALIDADE

Por:   •  10/4/2015  •  Abstract  •  3.073 Palavras (13 Páginas)  •  390 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

NÚCLEO DE SAÚDE

CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA

DISCIPLINA DE ASSISTÊNCIA INTEGRAL À SAÚDE DO ADOLESCENTE

CATARINA VIDAL DE MOURA Nº 13

FRANCISCO INÁCIO DA SILVA NETO Nº 18

JULIANA COELHO XAVIER Nº23

PATRICK RAMON LEAL Nº33

CASO CLÍNICO: GRAVIDEZ E PARENTALIDADE

Recife, 17/11/2014.

ENUNCIADO DO CASO

Assistam ao vídeo de domínio público, “Eu, adolescente grávida” (cerca de 17 minutos) indicado no link abaixo. Conforme as falas dos personagens (adolescentes, mãe deles, atitudes dos profissionais) e o conhecimento que sabemos sobre gravidez e parentalidade na adolescência, debata em grupo e então respondam:    

Link: http://www.youtube.com/watch?v=579CufbD7WI

1 – Que  fatores protetores você consegue identificar nas histórias que surgem no vídeo?  

2 – Quais motivos psicossociais devem ter contribuído para a gravidez dessas adolescentes?

3 –  Como pode ser empoderada a paternagem na adolescência?

4 – Existem evidências de transmissão transgeracional de comportamento nas histórias? Justifique e esclareça o que esse fato significa.

5 – Que fatores de risco psicossocial existem para o futuro de um recém-nascido numa situação semelhante a essa?

RESPOSTAS

1 – Que  fatores protetores você consegue identificar nas histórias que surgem no vídeo?  

        

A gravidez nesse momento de vida oferece implicações desenvolvimentais tanto para o adolescente quanto para aqueles envolvidos nessa situação. A literatura tem tratado a gravidez na adolescência como um problema de saúde pública, especialmente pelo fato de propiciar riscos ao desenvolvimento da criança gerada e da própria adolescente gestante1. No entanto, nem sempre a repercussão da gravidez pode ser identificada como um fator de risco.

Os fatores de proteção são compreendidos como aqueles que modificam, melhoram ou alteram as respostas pessoais a determinados riscos de desadaptação. Os atributos disposicionais das pessoas, a rede de apoio social e a coesão familiar são fatores protetivos que quando presentes contribuem para o enfrentamento do risco2. Na vivência da gravidez na adolescência quanto maior o número de recursos internos e externos, maior a possibilidade de sucesso da unidade familiar, o risco poderá ser maximizado ou minimizado perante outras variáveis como a história de consulta ginecológica prévia e uso de métodos hormonais, sendo de conhecimento das jovens do filme, mas não sendo aplicados com efetividade3.

No contexto da proteção, porém NÃO encontrado no vídeo, identifica-se uma menor prevalência de gravidez e de maternidade entre as adolescentes cujo pai e mãe residiam no domicílio e entre as que estavam trabalhando4. Verificou também que o envolvimento familiar em grupos religiosos é uma variável que favorece o adiamento do início da vida sexual/reprodutiva na adolescência5.

Pelo exposto sobre o assunto e considerando os resultados encontrados no presente estudo, sugere-se que as ações devem estar voltadas para a promoção debem-estar e devem integrar a pessoa, o processo, o tempo e o contexto como base de reflexão para uma prática protetiva mais efetiva3,6.

2 – Quais motivos psicossociais devem ter contribuído para a gravidez dessas adolescentes?

        A gravidez é um período no qual as emoções estão afloradas. É um período de dúvidas e incertezas cujos conflitos são potencializados.

        A maior parte dos estudos dá conta do mesmo panorama: apesar de transversal aos vários setores da sociedade7, a gravidez precoce ocorre sobretudo junto das adolescentes que vivem em situações desfavorecidas do ponto de vista social, econômico, pessoal e cultural, nomeadamente no que toca a situações de pobreza, baixos níveis educacionais, exclusão do sistema de ensino e do emprego e ambientes familiares caracterizados por stress, pressão e conflitos, apresentando deste modo maior disfuncionalidade e rigidez e condições desenvolvimentais adversas na sua história de vida8,9. São, sobretudo, jovens que vivem em áreas mais pobres e degradadas e que são mais desprotegidas ou mais vulneráveis do ponto de vista psicológico e/ou social.

Salvaguardamos, porém, a heterogeneidade e diversidade dos percursos passíveis de conduzir a uma gravidezna adolescência, bem como o fato de esta dever ser encarada como um processo resultante dos múltiplos níveis de transação com as várias ecologias de vida da jovem e, consequentemente, da interação entre fatores de diversa ordem9.

3 –  Como pode ser empoderada a paternagem na adolescência?

A figura paterna possui uma grande importância em relação à constituição da matriz de apoio, que faz parte da construção da maternidade10. Um fenômeno observado na adolescência é a influência que os parâmetros culturais vigentes na sociedade, que determinam, de forma mais consolidada, os papeis dos jovens na questão da gravidez. Isso faz com que as relações de gênero passem a ser sustentadas e estruturadas por uma rígida divisão sexual do trabalho, sendo posta em prática, por exemplo, à medida que o papel masculino idealizado é de responsabilidade pela subsistência econômica da família e a atribuição do trabalho doméstico designa as mulheres para o trabalho na reprodução e criação dos filhos11. Tendo em vista a adolescência, isso se torna mais complexo, pois o adolescente passa a transitar entre um papel social que demanda, predominantemente, a escolarização, a diversão e o planejamento profissional (papel social do adolescente) e outro papel social que demanda um amadurecimento pessoal, social e um estilo de vida responsável que antes parecia distante de sua realidade12. O fenômeno da parentalidade na adolescência, dessa forma, constitui-se como um desafio que se situa no impasse entre a possibilidade biológica e a expectativa cultural10.

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