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A título de conclusão

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Por:   •  13/10/2013  •  Resenha  •  389 Palavras (2 Páginas)  •  459 Visualizações

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A título de conclusão

O embate entre a visão dos países desenvolvidos, sobretudo os europeus,

e a dos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos, que se anunciou nos

anos 1970, persiste e deverá ter continuidade na Conferência Mundial sobre De-

senvolvimento e Meio Ambiente, no Rio de Janeiro. Porém, agora em contexto

diferenciado, na medida em que a questão ambiental não apenas se ampliou,

como ganhou novas conotações, a partir do relatório do IPCC de 2007.

As diferenças residem, entre outros, em dois pontos: a) a crise ambiental

assumiu contornos mais graves com a percepção da responsabilidade antrópica

do aquecimento global e a dinâmica de ascensão de um contingente humano

mais significativo no mercado de consumo; b) as propostas do desenvolvimen-

to sustentável, sobretudo da descarbonização e desmaterialização da economia,

agora sob a roupagem da economia verde, ganharam força.

A locacionalidade das fontes fósseis, fora de seus territórios, obriga alguns

países desenvolvidos a investir em novas fontes energéticas. O recente acidente

nuclear no Japão estimulou mais ainda esse movimento. Essas mudanças, final-

mente, se associam cada vez mais com inovações tecnológicas, abrindo a possi-

bilidade de uma nova onda de inovação de longa duração. Assim, a economia

aproxima-se ainda mais da atitude de poupar o meio ambiente nos países desen-

volvidos e ganha maior relevância nos países em desenvolvimento.

estudos avançados 26 (74), 2012 61

Por sua vez, a dinâmica econômica dos países em desenvolvimento, reti-

rando parte de suas populações que estão abaixo da linha da pobreza, associada a

uma percepção mais pessimista da crise ambiental, muda o enfoque do combate

à pobreza.

A questão é saber se ocorrerá um movimento no sentido de retirar do

desenvolvimento sustentável a centralidade do social em direção ao ambiental.

A fusão do eixo do combate à pobreza com a economia verde na Rio+20 parece

indicar algo nesse sentido, assim como um novo “casamento” entre economia

e meio ambiente.

São todos, porém, movimentos débeis que ainda não se tornaram tendên-

cias vigorosas. Como dissemos em outro momento (Nascimento & Andrade,

2011), o século XXI nasceu sob três signos: da contradição, da incerteza e da

esperança. A contradição entre os indícios de crescimento da crise ambiental e a

fragilidade das medidas adotadas; a incerteza quanto ao futuro da humanidade

no acirramento das crises econômica e ambiental; e a esperança de que transfor-

mações sociais ocorram, mudando – para melhor – o padrão civilizatório a que

estamos prisioneiros, como quer Morin (2011).

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