ABSORÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

1. EXPERIMENTO

Uma pessoa de cada grupo ingeriu um comprimido de Acido Acetilsalicílico e dois copos de água e colheu urina.

Após 15 minutos, apenas 5, das 9 pessoas que haviam feito uso do AAS, ingeriram um envelope de ENO e mais dois copos de água.

Após 30 minutos, mais dois copos de água e coletaram urina novamente. E após 60 minutos, mais uma coleta de urina.

Em tempo 0, a urina estava com pH de 6, em 30 minutos, com pH de 5 e em 60 minutos com pH de 6 novamente.

Foram adicionadas 6 gotas de Cloreto férrico a 5% em cada tubo de ensaio contento as três urinas coletadas em tempos diferentes para analisar a coloração.

A partir dessa coloração diferenciada, foi pesquisado como acontece a absorção, distribuição e eliminação do fármaco.

2. ABSORÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

Geralmente rápida e completa após a administração oral, a absorção pode sofrer variações de acordo com o salicilato utilizado, a dosagem, pH gástrico, entre outros.

A absorção do AAS é feita no estômago e nos segmentos proximais do intestino delgado, sendo neste a maior parte. Os alimentos podem diminuir a taxa de absorção, mas não sua extensão.

O ácido acetilsalicílico e o ácido salicílico são distribuídos para todas as partes do corpo rapidamente, pois se ligam as proteínas plasmáticas e as moléculas não ionizadas são lipossolúveis, podendo invadir a membrana celular. Já as moléculas ionizadas possuem baixa lipossolubilidade, sendo impossibilitadas de atravessar a membrana.

O salicilato é propagado para a maior parte de tecidos do corpo, sendo em indivíduos normais, as doses de ácido acetilsalicílico cerca de 170 ml/kg de peso corpóreo.

Devido à hidrólise feita pelas enzimas do fígado e da mucosa gastrointestinal, parte do ácido acetilsalicílico é absorvida como ácido salicílico, sendo o tempo de semi-vida do acido acetilsalicílico, de 15 a 20 minutos.

O ácido salicílico tem um tempo de meia-vida de 2 a 3 horas com doses baixas dependendo da dose e do pH da urina, e 20 horas ou mais com doses muito altas, já com doses usadas como anti-reumáticas, varia de 5 a 18 horas. Após a ingestão e de acordo com a dose, são observados salicilatos no plasma entre 5 e 30 minutos, com concentrações máximas após 25 minutos a 2 horas.

3. ELIMINAÇÃO

Devido à dependência da dose administrada e das enzimas do fígado, o metabolismo torna-se limitado, sendo a cinética da eliminação do ácido salicílico, de primeira ordem. Basicamente renal, a excreção acontece de 2 a 3 horas após a ingestão, quando em doses terapêuticas. A eliminação total não acontece em proporção com a dose, porém, a excreção de ácido salicílico não metabolizado, sim. Na urina alcalina, a taxa de eliminação de ácido salicílico total e a quantidade livre eliminada aumentam, enquanto na urina ácida, diminuem.

Mais de 30% do ácido acetilsalicílico ingerido pode ser eliminado como salicilato livre na urina alcalina, e na ácida, apenas 2%.

A alcalinização da urina por medicamentos como antiácidos, aumenta a excreção de salicilatos, pois diminui sua concentração plasmática, eficácia, duração e ação.

Uma droga básica será eliminada mais rápida na urina ácida, pois o pH baixo nos túbulos (parte do rim que reabsorve nutrientes, água e íons no processo de filtração) facilita a ionização e inibe a reabsorção e, da mesma forma, uma droga mais ácida será excretada mais rapidamente se a urina estiver alcalina. Assim, a alcalinização da urina aumenta a excreção para ácidos fracos e a absorção para bases fracas e a acidificação da urina aumenta a reabsorção de ácidos fracos e a eliminação de bases fracas.

O bicarbonato de sódio neutraliza o excesso de ácido clorídrico do suco gástrico, sendo utilizado como antiácido estomacal, aumentando também a excreção de salicilatos diminuindo sua concentração e alcalinizando a urina.

4. CONCLUSÃO

Observou