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Alfa Talassemia

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Por:   •  10/10/2013  •  521 Palavras (3 Páginas)  •  710 Visualizações

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Alfa taalassemias.

Em 1965, foi introduzida a técnica de avaliação da síntese de globina alfa e beta, por meio da utilização de reticulócitos incubados com leucina marcada radioativamente. A medida da quantidade de síntese de globina era avaliada pela relação alfa/beta, cujo valor médio se situa em torno de 1,0. Ao analisarem os casos classificados como talassêmicos alfa, os pesquisadores observaram que a relação alfa/beta era menor do que 1,0 e concluíram, por isso, que na talassemia alfa ocorria um decréscimo na síntese de globina alfa.

É importante destacar que as talassemias alfa podem ter duas causas de origem: hereditária e adquirida. Evidentemente as formas hereditárias são as mais comuns e atingem, pelo menos, 20% da população brasileira dos quais 17% são assintomáticos e com valores hematimétricos (Hb, Ht, VCM e HCM) normais; 3% tem discretos graus de anemia microcítica e hipocrômica, e 1:5.000 pessoas é portadora da doença de Hb H). As formas adquiridas são secundárias a um processo patológico primário, por exemplo: doenças linfo e mieloproliferativas, anemia sideroblástica, entre outras.

A alfatalassemia é o resultado da redução da produção de cadeias de globina alfa, comumente ocasionada por deleção de 1, 2, 3 ou 4 genes da globina no cromossomo 16p13.3, podendo também ser gerada por pequenas mutações pontuais. O fenótipo varia de hipocromia microcítica e anemia hemolítica a hidropsia fetal, conforme a quantidade de genes deletados. A alfatalassemia a3.7 é a forma mais comum mundialmente, seguida de a4.2, a- -MED, a20.5, a- -SEA.

O alto grau de miscigenação entre índios nativos, africanos e europeus na formação da população brasileira produziu elevadas frequências de hemoglobinopatias no país. A alfatalassemia, principalmente a3.7, é a alteração de hemoglobina mais comum na população brasileira, atingindo 20% a 25% na população negra. Em indivíduos com microcitose e hipocromia, a frequência é de cerca de 50%, conforme estudos brasileiros. As deleções mais frequentes na população brasileira são a3.7 e a4.2

Classificação

As talassemias alfa são diferenciadas e classificadas de acordo com o número de genes alfa lesados, com a importante observação de que o grau de lesão pode ser variável, afetando o gene parcial ou totalmente. De uma forma geral, representa-se uma pessoa sem talassemia alfa com seus quatro genes alfa funcionantes (a ,a /a ,a ), sendo dois genes alfa de um cromossomo 16 e dois do outro cromossomo 16, provenientes um do pai e outro da mãe.

A talassemia alfa pode-se apresentar em quatro modalidades:

• Portador assintomático: quando só uma cadeia alfa está reduzida. Não há sintomas neste caso.

• Traço talassêmico quando duas cadeias alfa estão reduzidas. Não há sintomas, mas o hemograma apresenta uma anemia microcítica.

• Doença de hemoglobina H: quando três cadeias alfa estão reduzidas. Neste caso, os pacientes apresenta anemia hemolitica, esplenomegalias, alterações esqueleticas decorrentes de eritropoiese aumentada

• Hidropsia fetal: quando quatro cadeias alfa estão reduzidas. É um tipo incompatível com a vida. Provoca hepatomegalias

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