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Atenção à Saúde Do Idoso Com Deficiência

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Por:   •  29/9/2014  •  Projeto de pesquisa  •  5.068 Palavras (21 Páginas)  •  246 Visualizações

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Atenção à saúde do idoso com deficiência

Área Temática: Saúde da Pessoa com Deficiência

COGest – Coordenação de Desenvolvimento da Gestão Descentralizada

Secretaria Municipal de Saúde

Autores: Lucila Faleiros Neves e Siomara Rolla Chen

Data: março de 2002

I. Introdução

O envelhecimento da população global é um dos grandes desafios neste século, e também potencialmente uma grande oportunidade para a humanidade em conviver e compartilhar as experiências de vida com estas pessoas.

A OMS em 1999 – Ano Internacional das Pessoas Idosas lançou no Dia Mundial da Saúde o tema ”Envelhecer ativamente faz a diferença”, reconhecendo que esta é a chave para as pessoas idosas continuarem a fazer parte da sociedade e com isto alcançarem condições mais saudáveis para si, além de contribuirem para o desenvolvimento de novas formas de manejo no processo da vida.

A adoção de políticas sociais que reduzam as desigualdades de oportunidades e promovam a inclusão social reconhecendo que atenção à saúde do idoso é muito mais que o evitamento ou a postergação da doença, exigindo o engajamento pleno com a vida, incluindo atividades produtivas e relações interpessoais.

II. Prevenção de Deficiências

a) Envelhecimento saudável

Esta condição não se refere apenas aos cuidados na fase da velhice mas por toda história de vida das pessoas, ou seja:

- desde as condições fetais na prevenção de deficiências permanentes;

- da alimentação na infância e aqui podemos reforçar a importância da ingestão de cálcio principalmente nas meninas como prevenção mais tardia de osteoporose;

- do acesso aos programas de imunizações ( desde a criança até o idoso para o qual a OMS tem preconizado as vacinas contra o tétano, a pneumonia pneumocócica e a influenza);

- do controle do uso abusivo de fumo, álcool, drogas e da manutenção de hábitos alimentares saudáveis, evitando por exemplo as doenças cardiorespiratórias e conseqüências como os acidentes vasculares cerebrais;

- da rotina da atividade física saudável repercurtindo em melhor performance da mobilidade, agilidade, postura, como também retardar os processos degenerativos e de redução da atividade global;

- da adequação postural e de carga de esforço físico previnindo os processos de dor, desvios de coluna como as escolioses, cifoses e lordoses;

- da prevenção de acidentes em todos os ambientes da convivência humana;

- da prevenção e controle de outras doenças (hanseníase, diabetes, deficiência nutricional, hipertensão arterial) evitando deficiências como a cegueira e deformidades físicas;

- da inclusão no mercado de trabalho e social, favorecendo as condições de renda e participação nos processos produtivos;

- dos cuidados com a saúde ocupacional (exposição a ruídos, agentes tóxicos e condições insalubres) no controle das perdas auditivas e outras incapacidades;

- da participação das atividades de lazer, cultura; evitando o isolamento e a segregação social;

- da manutenção das capacidades cognitivas no desempenho de atividades produtivas e da vida diária, previnindo situações de depêndencia física e emocional;

- da participação da rotina familiar com a manutenção de responsabilidades e o próprio auto-cuidado afastando os sentimentos de incapacidade, solidão, ou de ônus familiar

- até a criação de entornos saudáveis, acessíveis, solidários, sem violência, preconceitos ou exclusão.

b) Fisiologia do Envelhecimento

Um dos grandes aliados no processo de envelhecimento saudável é o esclarecimento, as informações e a adaptação em relação as alterações fisiológicas, morfológicas, bioquímicas e psíquicas, naturais que o avanço da idade trás e que não podem ser consideradas como doença na velhice, mas devem ser cuidadas com diferenciais da mesma forma como houveram necessidades específicas na infância, adolescência e idade adulta. São estes cuidados fundamentais na prevenção das deficiências e incapacidades funcionais.

- A pele perde água e elasticidade, aparecem manchas e rugas com seu ressecamento e redução capilar, o poder de cicatrização diminui. A prevenção de acidentes deve estar muito presente no dia a dia. Por exemplo, uma ferida que aos 20 anos leva 10 dias para cicatrizar, no idoso exigirá 32 dias.

- A massa corpórea se modifica, com queda do metabolismo basal, aumento da concentração de gordura e enfraquecimento muscular. Neste sentido, há uma predominância de posturas em flexão pela dificuldade em vencer a força da gravidade; a coluna cervical curva-se para frente podendo aparecer problemas como uma cifose dorsal, um certo imobilismo da coluna lombar, os membros tendem a fletir ao nível dos cotovelos, joelhos e articulação coxo-femural. A atividade física, os exercícios de mobilidade e técnicas corporais podem ser de grande valia neste processo evitando as deformidades, a imobilidade e as deficiências físicas ou processos dolorosos.

- Alterações morfológicas e fisiológicas dos órgãos levam a mudanças na capacidade cardíaca, respiratória, digestiva, renal necessitando de condições

mais adequadas e de adaptação do idoso a este diferente funcionamento, que não deve ser considerado patológico. A manutenção do equilíbrio destas funções, passam a depender de fatores de estilo de vida, nutricionais, psicossociais, etc.

Por ex:

O rim do idoso perde peso e tamanho, há também a diminuição do número e tamanho de nefrons e da filtração glomerular, passando o idoso a eliminar uma maior quantidade de urina, de densidade mais baixa, permitindo a eliminação dos excretos, mas facilitando a desidratação que, se não cuidada levará a todo um quadro de debilidade secundária até situações mais graves.

Os pulmões diminuem de volume e perdem a elasticidade, os músculos respiratórios perdem parte de sua capacidade resultando em uma diminuição da ventilação. A capacidade vital no idoso poderá estar diminuída em até 60 a 70% sem que isso signifique uma patologia respiratória, porém que associada a falta de atiidade física ou hábitos como fumo podem acarretar

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