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Epidemiologia de campo

Projeto de pesquisa: Epidemiologia de campo. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  9/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  5.006 Palavras (21 Páginas)  •  834 Visualizações

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Epidemiologia de Campo

A Epidemiologia de campo corresponde ao ramo da ciência que usa estratégias de epidemiologia clássica com o objetivo de controlar um problema de saúde pública e assim melhorar a condição de vida de uma população. Além da epidemiologia clássica, o epidemiologista de campo precisa usar conhecimentos de outras áreas como economia, antropologia, ciências sociais e comunicação, para planejar e implementar medidas de controle, alcançando assim seus objetivos. As limitações nos estudos de epidemiologia de campo são muitas, mas é dever do profissional dessa área manter o rigor científico e ser criativo a fim de garantir a qualidade do seu trabalho.

Mesmo sem o propósito inicial de avançar o conhecimento científico, investigações de campo oferecem oportunidades únicas para tal. Apresentamos trabalho de epidemiologia de campo no âmbito das doenças infecciosas, seus processos de investigações e suas implicações para a saúde pública. Um dos trabalhos foi a investigação de um surto de hepatite C numa clínica de hemato/oncologia. A transmissão ocorreu através da contaminação de bolsas de solução salina pelo desrespeito às práticas de controle de infecção em serviços de saúde. Esse fato ressalta os desafios em implementar medidas de controle de infecção em serviços de saúde ambulatoriais e aprimorar a vigilância epidemiológica da hepatite C com fins à detecção precoce de surtos. A epidemiologia de campo provou ser útil na investigação desses eventos e seus achados serviram de base para a tomada de decisões com fins de melhorar a condição de saúde das populações em risco. Essas investigações permitiram também o avanço do conhecimento científico nas respectivas áreas.

Epidemiologia Nutricional

O objetivo principal da Epidemiologia Nutricional é investigar a contribuição da alimentação e dos fatores relacionados, no estado nutricional e no aparecimento da doença em humanos. Trata-se de uma área de estudo estimulante, pois permite elucidar sobre as causas potenciais e a prevenção de situações relacionadas com a doença. É assim fundamental, que o nutricionista adquira competências para responder a estes desafios, que desenvolva o espírito interrogativo, que equacione corretamente os problemas e que proponha as soluções adequadas. Pretende-se desenvolver aptidões para que o futuro nutricionista possa basear a sua prática diária nos dados da investigação, usando os princípios exponenciais de publicações científicas nesta área, será indispensável que as saiba interpretar com espírito crítico e estabelecer um juízo fundamentado sobre as suas qualidades e fraquezas.

Este curso fornecerá uma orientação para a epidemiologia nutricional, como uma ciência básica para a saúde pública e para a nutrição clínica. Requer conhecimentos prévios em nutrição geral, de bioestatística, de química, de fisiologia e de patologia.

Epidemiologia Social

Com o avanço das ciências e da medicina na primeira metade do século XIV, Nunes relata que se deu início a uma teoria sócio-política sobre as enfermidades, onde a premissa básica era reformular o conceito saúde-doença a partir de idéias de transformação social, porém segundo ele, nos fins desse mesmo século foi desenvolvida a teoria da mono causalidade como resposta à etiologia das enfermidades, tendo como consequência a diminuição do interesse sobre as questões sociais, sugerido até então por pesquisadores e centros de investigações, propiciando uma atenção médica essencialmente curativa.

A busca passou a ser pelo agente patogenético único, afastando-se das questões múltiplas em relação a causas e determinações, porém a preocupação com as questões sociais reaparecem com maior intensidade no século XX na década de setenta, principalmente com Laurell, A.C. que contribuiu para a construção de uma proposta teórico-metodológica de abordagem dessas questões no processo saúde-doença, no campo de ação do qual ela própria possibilitam a definição da "epidemiologia social" Almeida, F. que desenvolve um minucioso trabalho de revisão e análise crítica sobre o objetivo da epidemiologia ressaltando que o novo modelo de epidemiologia deve ser entendido como parte do objetivo das ciências sociais, no nível das relações sociais. De acordo com este pesquisador na visão da moderna epidemiologia, idade significa mais que anos vividos, sexo não é somente uma definição genital, dieta não é mera degustação alimentar, herança não é simplesmente genética, oposição vai além de efeitos químicos, lugar transcende geografia e tempo sempre terá maior dimensão que história individual. Trata-se de um novo paradigma em que o caráter social é parte integrante da ciência epidemiológica.

A moderna epidemiologia é transdisciplinar, leva em consideração em suas, investigações as várias determinações, políticas, econômicas e sociais no que diz respeito aos agravos à saúde, compreendem saúde - doenças como fases de um mesmo processo, tornando-se um dos objetivos das ciências sociais, em que ações interdisciplinares, transdisciplinares são indispensáveis para criar condições de vida saudáveis, portanto transcendem as atividades clínico-assistenciais, esse novo paradigma é político frente aos problemas de saúde e aos sistemas de saúde dos países.

O processo social também é caracterizado pelas relações dos homens com outros homens, através do trabalho e das relações sociais, culturais e políticas num determinado espaço geográfico e num determinado tempo histórico.

A OMS Organização Mundial de Saúde, considera saúde como o completo bem estar físico, mental e social, logo essa epidemiologia social encontra-se numa relação dialítica entre o individual e o coletivo, entre o biopsiquismo e o social, em que condições de trabalho e adoecimento mental encontram-se numa ordem do dia para a sociologia do trabalho. A sociologia do trabalho enfoca a importância da ergonomia e a necessidade de um aprofundamento das discussões sobre a psicopatologia do trabalho ou mais recentemente relacionar condições de trabalho e as reações dos trabalhadores frente às demandas da área estabelecendo uma teoria, um modelo e uma técnica para lidar com esses trabalhadores.

Saúde é qualidade de vida, um bem, um direito social para todos, em que todos podem participar, é o exercício da cidadania a partir da aplicação e utilização de toda riqueza disponível, conhecimentos e tecnologia adequados as necessidades envolvendo promoção e proteção da saúde, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação

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