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Estruturas Caule Raiz E Folhas

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Por:   •  15/11/2013  •  2.055 Palavras (9 Páginas)  •  635 Visualizações

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1. Raíz - Estrutura Primária

Na estrutura anatómica da raíz de uma monocotilédonea - fig. 1, 2, 3 e 4 - como é o caso do milho (Zea mays L.) podemos distinguir: a epiderme (epd) constituída por uma camada de células vivas que reveste a raíz com crescimento primário (sistema dérmico); no sistema fundamental, a zona cortical ou córtex (ctx) constituída geralmente por células de parênquima e cuja camada mais interna é designada endoderme (end), formada por células cuja parede contém algumas zonas suberificadas; a parte externa da zona cortical pode designar-se de exoderme (exd) podendo apresentar várias camadas de células compactadas; o cilindro central (cc) que inclui o sistema vascular apresenta uma camada exterior de células em geral parenquimatosas, formando o periciclo (per), tecidos vasculares (feixes de xilema (xil) e de floema (flo) e, nas raízes desenvolvidas, observa-se a medula (med) zona central da estrutura, preenchida por células parenquimatosas.

Na estrutura primária da raíz de monocotilédoneas os feixes vasculares são simples alternos, apresentando as células mais precoces do protoxilema e de protofloema numa posição mais periférica do feixe, e células tardias de metaxilema e de metafloema na parte interna. No seu conjunto, pela existência de vários feixes numa posição circular, pode designar-se essa disposição de estrutura poliarca.

Os feixes lenhosos (xilema) são constituídos por : elementos condutores, traqueídos e elementos de vaso (evl) - fig.3 - dispostas estas últimas células em séries longitudinais formando vasos lenhosos; por células de parênquima; e, por vezes, células de suporte, fibras. As paredes das extremidades de cada elemento de vaso apresentam placas de perfuração (ppf) - fig. 3 - que permitem a movimentação livre da água de célula para célula.

O floema (feixes liberinos) é, tal como o xilema, um tecido complexo constituído por: elementos de tubo crivoso dispostos em séries verticais formando os tubos crivosos; por células companheiras; por células de parênquima e, por vezes, fibras.

A estrutura anatómica da raíz do trigo (Triticum sp.) - fig. 5 - apresenta igualmente o crescimento primário característico das monocotilédoneas, observando-se a formação de uma raíz lateral (rzl) originada de células do periciclo, cuja multiplicação permite a formação de uma ramificação crescendo perpendicularmente ao eixo da raíz principal.

Na estrutura apresentada na fig. 6, corte transversal da erva-serra (Leersia oryzoides), uma monocotilédonea que cresce em arrozais, observa-se a zona cortical preenchida por parênquima aerífero ou aerênquima (aer) com grandes espaços intercelulares cuja formação envolve a destruição de células.

A estrutura da raíz de uma dicotilédonea, ainda em crescimento primário, como é o caso do Ranunculus sp. - fig. 7 - apresenta as zonas anatómicas características da anatomia da raíz, epiderme (epd), zona cortical (ctx) e cilindro central (cc), limitado externamente pela endoderme (end).

O cilindro central, ocupado nesta estrutura apenas por tecidos vasculares, pela inexistência de medula, apresenta um padrão vascular tetrarca formado por quatro feixes de xilema, característico de dicotilédoneas. Nestes feixes lenhosos - fig. 8 - as células que ocupam uma posição mais externa apresentam menor tamanho sendo as primeiras a completar a diferenciação e constituem o protoxilema (ptx). Na região central observa-se o metaxilema (mtx), com elementos de diâmetro crescente e que completam a maturação mais tardiamente. Observa-se o início da formação do câmbio vascular (cv) - fig. 9 - cordão de células situadas entre o xilema e o floema.

2. Raíz - Estrutura Secundária

O crescimento secundário, tanto nas raízes como nos caules, é característico de dicotiledóneas e de gimnospérmicas. Consiste na organização de estruturas com tecidos vasculares secundários formados a partir do câmbio vascular e do câmbio subero-felodérmico ou felogene. Nas fig.10 e 11 observa-se uma estrutura com crescimento secundário revestida por uma periderme (pdm), camada constituída, do exterior para o interior, por suber (células suberificadas), felogene (células meristemáticas) e feloderme (células de parênquima). Na região central observa-se o cilindro vascular com feixes duplos abertos. A formação e actividade do câmbio vascular (cv) – fig.10 e 11 - cujas células desenham cordões entre o xilema (xil) e o floema (flo), provoca a ruptura e destruição da endoderme e de parte do cortex. Da actividade de células, nomeadamente do periciclo, produz-se parênquima radial – fig. 11 - que forma raios (rp). A sequência de formação do xilema e do floema permite localizar o xilema primário (x1º) em posição mais interior, ocupando o centro da estrutura, relativamente ao xilema secundário (x2º). O floema secundário (f2º) apresenta-se em posição mais próxima do câmbio e o floema primário (f1º) mais afastado.

II. CAULE

1. Caule - Estrutura Primária

A anatomia do caule, numa estrutura de crescimento primário, apresenta os sistemas de tecidos dérmico, fundamental e vascular, sendo diferente a distribuição relativa dos dois últimos, quando comparada com a da estrutura primária da raíz.

O sistema de tecido dérmico – fig.12 e 13 – constitui a epiderme (epd) que, no caule, apresenta, geralmente uma cutícula, camada de cutina que cobre exteriormente as células da epiderme, podendo apresentar indumento constituído por pêlos como se observa na fig. 18.

O caule das gramíneas, tal como a maioria das monocotiledóneas, apresenta feixes vasculares (fxv) mais ou menos numerosos e dispersos. Os feixes dispõem-se em dois círculos nos caules do trigo e da erva-serra – fig.12, 15 e 16. Nestas estruturas com feixes em disposição circular forma-se um cilindro de células de esclerênquima (esc) na zona contígua à epiderme (fig. 13 e 16), observando-se os feixes libero-lenhosos mais externos (fxv), incluídos nesse tecido de suporte. Nestas estruturas é ainda frequente a ruptura das células da medula nas zonas dos entrenós formando-se espaços (esp) na zona central da estrutura (fig. 12 e 15).

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