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Hipersensibilidade Imediata

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Por:   •  21/2/2015  •  3.755 Palavras (16 Páginas)  •  607 Visualizações

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Introdução:

No âmbito da Unidade Curricular de Patologia Geral foi nos proposto desenvolver o tema das “Doenças resultantes de hipersensibilidade imediata”

Estabelecemos como objetivos do trabalho:

Definir o concepto de sensibilidade imediata; compreender a classificação das reações de hipersensibilidade; compreender os mecanismos de lesão mediada pelo sistema imunológico; nomear as causas das doenças associadas; conhecer os métodos para o diagnóstico de condições resultantes da hipersensibilidade e saber os modos de tratar doenças com etiologia na hipersensibilidade e as suas razões.

O termo hipersensibilidade é aplicado quando uma resposta adaptativa ocorre de forma exagerada ou inapropriada, causando reações inflamatórias e dano tecidual indesejáveis (que causam lesões, desconfortáveis e às vezes fatais) produzidas pelo sistema imunológico. A hipersensibilidade é uma característica do indivíduo e não se manifesta no primeiro contato com o antígeno indutor da reação de hipersensibilidade, mas geralmente aparece em contatos subsequentes.

Podemos definir as reações de hipersensibilidade como às reações excessivas, As reações de hipersensibilidade requerem um estado pré-sensibilizado do hospedeiro.

Este trabalho foi redigido sobre as regras de elaboração de trabalhos, definidas pela Universidade Atlântica.

O que é hipersensibilidade?

Disturbios ocasionados pelas respostas imunes levam o nome de doenças de hipersensibilidade. As mesmas são reações extremas, indesejáveis, que causam danos, são desconfortáveis, podem até ser fatais, produzidas pelo sistema imune normal. Reações de hipersensibilidade apresentam um estado pré-sensibilizado (imune) do hospedeiro. Reações de hipersensibilidade podem ser divididas em quatro tipos: tipo I, tipo II, tipo III e tipo IV, baseados nos mecanismos envolvidos e tempo levado para a reação. Frequentemente, uma condição clínica particular (doença) pode envolver mais de um tipo de reação. Sendo então uma resposta imune excessiva. As respostas para antígenos estranhos podem ser desreguladas ou não controladas tendo como resultado lesão tecidual.

A hipersensibilidade é classificada de acordo com o mecanismo imunológico principal que é responsável pela lesão tecidual e a doença.

Hipersensibilidade imediata (tipo I)

É uma reação rápida da musculatura vascular e lisa, caracterizada por IgE e pelos mastócitos, geralmente seguida por inflamação ,que ocorre em alguns indivíduos quando tem contacto com certos antígenos estranhos, aos quais foram expostos previamente. As reações de hipersensibilidade imediata são também chamadas de alergia. Geralmente a hipersensibilidade do tipo I manifesta-se na forma de febre, alergia aos alimentos, asma brônquica, anafilaxia.

Nas pessoas que possuem tendência a alergias, o encontro com alguns antígenos resulta na ativação das células Th2 e na produção de IgE. A hipersensibilidade imediata se desenvolve como uma consequência da ativação das células Th2 em resposta aos antígenos proteicos ou substâncias químicas que se ligam às proteínas.

Duas das citocinas secretadas pelas células Th2, IL-3 e IL-4, estimulam os linfócitos B específicos para os antígenos estranhos para trocar para as células produtoras de IgE. Então, os indivíduos atópicos produzem grandes quantidades de anticorpo IgE em resposta aos antígenos que não evocam as respostas IgE na maioria das pessoas. Sabe-se que a propensão ao desenvolvimento Th2 da produção de IgE e a hipersensibilidade mediata têm uma forte base.

O anticorpo IgE produzido em resposta a um alergeno se liga aos receptores Fc de alta finidade dos mastócitos. Esse processo de revestimento dos mastócitos com IgE é chamado de “sensibilização”, porque o revestimento com IgE específico para um antígeno torna os mastócitos sensíveis à ativação pelo encontro subsequente com esse antígeno. Os mastócitos estão presentes em todos os tecidos conjuntivos, e quais dos monócitos do corpo são ativados pela ligação cruzada da IgE específica ao alergênio dependem da rota de entrada do alergênio. Uma teoria que explica a ocorrência de sensibilização é a “teoria da higiene”, que relaciona a predisposição genética com uma série de fatores como ambientes livres de germes, antibiotico-terapia, vacinação e industrialização. Tudo isso seria, de acordo com essa teoria, responsável pela grande ocorrência de alergias em nossos tempos. Quando os mastócitos sensibilizados pela IgE são expostos ao alergênio, as células são ativadas para secretar seus mediadores. Assim, as reações de hipersensibilidade imediata ocorrem após a exposição inicial a um alergênio que evoca a produção de IgE, e a exposição repetida ativa os mastócitos sensibilizados. Os mastócitos respondem, então, com três tipos de respostas: degranulação e liberação dos conteúdos dos grânulos, síntese e secreção dos mediadores de lipídeos, síntese e secreção de citosinas.

Os mediadores mais importantes produzidos pelos mastócitos são aminas vasoativas (histamina) e proteases que são liberadas dos grânulos, produtos do metabolismo do ácido aracdônico. A histamina se liga aos receptores H1 das células endoteliais. É importante destacar que os níveis de IgE de indivíduos normais e alérgicos são os esmos, uma vez que a IgE dos alérgicos que leva às respostas de hipersensibilidade está ligada aos mastócitos. No entanto, os alérgicos apresentam uma maior concentração de receptores solúveis de baixa afinidade.

Hipersensibilidade mediada por anticorpos (tipo II)

Os anticorpos, além da IgE, podem causar doenças ao se ligarem aos antígenos-alvos nas células e nos tecidos. Os anticorpos contra as células ou as proteínas da matriz extracelular podem se depositar em qualquer tecido que apresente um antígeno relevante. As doenças causadas por tais anticorpos são usualmente específicas para um tecido em particular. Os anticorpos que causam doenças são, na maioria das vezes, auto-anticorpos contra antígenos próprios, e menos comumente são específicos para antígenos estranhos, como antígenos microbianos. A produção de auto-anticorpos resulta de uma falha da auto-tolerância. Os exemplos de doenças causadas por antígenos microbianos que possuem uma reação cruzada com um antígeno do organismo são a febre

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