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Moleculas Da Celula Cervical

Artigo: Moleculas Da Celula Cervical. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  8/9/2013  •  449 Palavras (2 Páginas)  •  540 Visualizações

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A carcinogênese é um processo de múltiplas etapas. Alterações no equilíbrio citogenético ocorrem na transformação do epitélio normal a câncer cervical. Numerosos estudos apoiam a hipótese de que a infecção por HPV está associada com o desenvolvimento de alterações malignas e pré-malignas do trato genital inferior. Neste trabalho são apresentadas as bases para a compreensão da oncogênese cervical. O ciclo celular é controlado por proto-oncogenes e genes supressores. Quando ocorrem mutações, proto-oncogenes tornam-se oncogenes, que são carcinogênicos e causam multiplicação celular excessiva. A perda da ação de genes supressores funcionais pode levar a célula ao crescimento inadequado. O ciclo celular também pode ser alterado pela ação de vírus, entre eles o HPV (Human Papiloma Virus), de especial interesse na oncogênese cervical. Os tipos de HPV 16 e 18 são os de maior interesse, freqüentemente associados a câncer cervical e anal. O conhecimento das bases moleculares que estão envolvidas na oncogênese cervical tem sido possível devido a utilização de técnicas avançadas de biologia molecular. A associação destas técnicas aos métodos diagnósticos clássicos, poderão levar a uma melhor avaliação das neoplasias cervicais e auxiliar no desenvolvimento de novas terapias, talvez menos invasivas e mais efetivas.

O Papilomavírus humano é um DNA vírus epiteliotrófico cujo capsídeo de 55 nm encerra genoma circular contendo cerca de 8000 pares de bases. Originalmente esses vírus eram classificados em conjunto com os poliomavírus formando um grupo taxonômico único chamado Papovaviridae.

Na atualidade, entretanto, diferenças no tamanho dos vírions (50 nm para os poliomavírus) e nos padrões de replicação justificaram a sua separação em dois grupos distintos. O sistema atual de tipagem dos HPV’s é baseado em eventuais diferenças nas regiões de E6/E7 e L1 do genoma viral.

Um novo tipo de HPV deve, por definição, apresentar homologia menor que 90% com outros tipos virais em relação a essas regiões. Um sub-tipo viral apresenta, por sua vez, de 90 a 98% de similaridade para essas regiões, considerando-se variante viral aquele vírus que possui homologia maior que 98% (van Ranst et al; 1993).

No presente capítulo almeja-se fornecer ao leitor as bases moleculares, em especial aquelas onde o HPV desempenha importante papel, as quais acredita-se estejam envolvidas no surgimento da neoplasia invasora do colo uterino.

Da mesma forma fornecemos ao leitor alguns dos aspectos mais atuais da aplicação dos testes moleculares na detecção do HPV além de aspectos práticos como a coleta do material biológico e os locais para sua obtenção.

Finalizando a introdução salientamos como um dos aspectos mais importantes e indispensáveis desse capítulo a necessidade da realização concomitante de exame citológico cérvico-vaginal (Papanicolaou) bem como colposcopia criteriosa dos casos suspeitos. O que tem valor, nos dias atuais, é a análise em conjunto de todos os métodos.

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