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Órgãos Linfóides

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Por:   •  3/8/2014  •  1.323 Palavras (6 Páginas)  •  547 Visualizações

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1. Introdução

Segundo Tizard (2008), os órgãos linfóides são classificados de acordo com sua função na produção dos linfócitos, regulação da produção de linfócitos e ambiente favorável para a captura e processamento dos antígenos.

Os órgãos linfoides primários, são locais de maturação dos linfócitos, as células T, por exemplo, sofrem maturação no timo, já as células B, no tecido linfóide gastrointestinal, na medula óssea, ou na bursa de Fabrícius, de acordo com a espécie.

Já os linfoides quando maduros se encontram nos órgãos linfóides secundários, sendo eles os linfonodos, o baço, a medula óssea e algumas placas de Peyer localizadas no intestino. (Lizard, 2008, p. 115)

Segundo o autor, linfócitos são pequenas células arredondadas que estão presentes em grande número nos órgãos linfóides, a exemplo do timo, do baço e linfonodos. Essas células são responsáveis, basicamente, pela resposta imune celulares e produção de anticorpos.

2. Órgãos linfoides primários

Os órgãos linfoides primários são os que regulam o desenvolvimento dos linfócitos. Todos eles tem sua formação durante a fase fetal inicial. De acordo com o desenvolvimento do animal, os linfócitos imaturos recém formados migram da medula óssea para os órgãos linfoides primários, onde são maturados.

2.1 Timo

A parte mais externa de cada lóbulo do timo, o córtex, é densamente infiltrada por linfócitos, também chamados de timócitos. A sua medula, por outro lado, contém poucos linfócitos e as células epiteliais são bastante visíveis.

No neonato, o timo é a principal fonte da maioria dos linfócitos no sangue, que são os responsáveis pela resposta imune celular. Essas células são conhecidas como linfócitos derivados do timo ou células T, se originam na medula óssea mas migram para o timo que é onde se multiplicam rapidamente.

As células T que entram no timo, ao mesmo tempo em que precisam reconhecer antígenos estranhos, precisam não responder aos constituintes normais do organismo. Para tanto, ocorre um processo de seleção na região medular do timo, onde os timócitos que possuem receptores capazes de se ligar a auto-antígenos são eliminados de modo a evitar doenças auto-imunes. O mesmo ocorre com timócitos que são incapazes de se ligar a moléculas do complexo de histocompatibilidade principal (MHC) classe II (sendo assim incapazes de responder qualquer antígeno processado). As demais células T são estimuladas a se desenvolver através de um processo chamado de seleção positiva. Eventualmente algumas dessas células saem do timo maduras, circulam na corrente sanguínea e colonizam órgãos linfoides secundários. (Idem, p. 118).

Bursa de Fabricius

É um órgão encontrado somente nas aves. É uma bolsa arredondada situada logo acima da coacla. Tem a função parecida com a do timo e funciona como um local para a maturação e diferenciação das células que compõem o sistema produtor de anticorpos. Os linfócitos que se originam na bursa são as células B. As células imaturas produzidas na medula óssea migram para a bursa onde se diferenciam rapidamente, porém cerca de 90 ou 95% sofrem apoptose através da seleção negativa, depois do processo de maturação, as células B que sobrarem migram para os órgãos linfoides secundários.

Placas de Peyer

são órgãos linfóides localizados na parede do intestino, sendo a maior parte encontrada na região do íleo em ruminantes, equinos, suínos e humanos. Outras espécies possuem um segundo tipo de placas de peyer que se localizam na região do jejuno.

No íleo, as placas de Peyer são locais de rápida proliferação de células B, embora a maioria delas seja eliminada por apoptose, as restantes são liberadas na corrente sanguínea. Sendo assim, as placas de Peyer do íleo de alguns animais, são órgãos linfóides primários com funções similares ás da bursa de Fabricius. (Lizard, 2008, p. 121)

Complexos Linfograndulares

São massas de tecido linfóide encontradas na parede do intestino grosso e ceco de equinos, ruminantes, cães e suínos. Sua função ainda não é conhecida mas apresentam grande quantidade de plasmócitos, o que sugere que sejam locais de produção de anticorpos. Segundo Lizard, “em função de sua similaridade estrutural com a bursa de Fabricius e a presença de muitas células M, estes complexos podem ser locais para amostragem de antígenos.” (Lizard, 2008, p. 121)

Medula óssea

Nos mamíferos do grupo II, a medula óssea desempenha o papel das placas de Peyer, sendo órgãos linfóides primários das células B.

Órgãos linfóides secundários

Os órgãos linfóides secundários se formam no final da vida fetal e persistem durante a vida adulta aumentando de tamanho em resposta a um estímulo antigênico. O baço, os linfonodos, as tonsilas e outros tecidos linfóides presentes em alguns tratos do organismo, são exemplos de órgãos linfóides secundários.

Linfonodos

Os linfonodos são arredondados ou em forma de feijão, são estrategicamente posicionados no sistema linfático e tem função de interceptar os antígenos presentes na linfa.

A principal função do linfonodo é facilitar a interação entre as células apresentadoras

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