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Evolução Histórica o Conceito de Segurança Alimentar e Nutricional

Por:   •  23/9/2020  •  Resenha  •  780 Palavras (4 Páginas)  •  544 Visualizações

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Evolução histórica o Conceito de Segurança Alimentar e Nutricional demonstra estar em permanente construção, que caminha juntamente com o avanço histórico do homem e suas ações sociais e econômicas.

O surgimento do termo de segurança alimentar se deu na Europa, durante a Primeira Guerra Mundial, onde seu significado implicava um  sentido entre  segurança nacional e   a  capacidade de  cada   país  de produzir seu próprio alimento. Tal visão se justificava como fim de evitar uma vulnerabilidade à qualquer situação exterior de origem militar ou política.

A  partir   da  Segunda     Guerra    Mundial    e   da  estabilização da  Organização das  Nações    Unidas (ONU), tal conceito de segurança alimentar foi intensificado, onde a falta desta era resultante de uma insuficiente disponibilidade de alimentos, em especial, nos países mais pobres. Logo  foram   montadas iniciativas para promover  assistência alimentar, que   eram  geradas a  partir   dos   excedentes de  produção dos países ricos.

A Revolução Verde foi lançada. Experiências  para  aumentar a  produtividade de  alimentos, com  o  uso  de  sementes de  alto   rendimento, fertilizantes, pesticidas, irrigação,     mecanização, uso   de  novas   variedades genéticas, fortemente dependentes de  produtos químicos. Como resultado o aumento     da  produção de  alimentos do  planeta cresceu    muito   além   do  aumento     da  própria    população, porém surpreendentemente, a fome não diminuiu.

Percebeu-se que a fome se originava dos inúmeros problemas de injustiça social pelo globo, onde o indivíduo carecia de uma renda para comprar alimentos ou de acesso à terra para produzi-los. Em 1974, com a  Conferência Mundial    de Alimentação, o conceito de segurança alimentar veio se alterar: além da produção, é preciso garantir um abastecimento e armazenamento do alimento. O foco ainda estava no produto, e não no ser humano. Em âmbito nacional, neste período a revolução verde se intensificou, mais especificadamente, com a soja.

Com o excesso de alimento produzido e estocado, surgiram cada vez mais produtos industrializados e ultraprocessados, implicando em nenhuma mudança positiva quanto ao problema da fome, pois mais uma vez, se dava pelas injustiças sociais (falta de acesso ao alimento). Logo o  conceito    de segurança alimentar passou a ser relacionado com a garantia de acesso físico e econômico de todos a quantidades suficientes de alimentos.

Em 1992, na   Conferência Internacional de  Nutriçao, o conceito de segurança alimentar sofre outra alterção: inclui-se o aspecto nutricional e sanitário ao conceito, que passa a ser denominado Segurança Alimentar e nutricional, ou seja, tratanto que o alimento deva ser de qualidade e seguro.

A ideia de que o alimento deve ser produzido de  forma sustentável e equilibrada se desenvolveu, uma vez que ficou explícito que a Revolução Verde, a longo prazo, trazia contigo grandes malefícios para o meio ambiente, tornando-se insustentável.

“A  garantia,     a  todos,    de  condições de  acesso    a alimentos básicos    de  qualidade, em  quantidade suficiente, de  modo   permanente e  sem   comprometer o  acesso    a  outras    necessidades básicas,    com   base   em  práticas    alimentares que  possibilitem a  saudável reprodução do  organismo humano,     contribuindo, assim,    para   uma   existência digna” veio a ser o conceito de segurança alimentar e nutricional em 1994 na  1ª  Conferência Nacional     de  Segurança Alimentar, onde anos depois foi implementado com a ideia de uma soberania alimentar nacional. Hoje   o   conceito      adotado    em  nosso   País é que   “a  Segurança Alimentar e Nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de  qualidade, em  quantidade suficiente, sem   comprometer o  acesso    a  outras    necessidades essenciais, tendo   como   base   práticas    alimentares promotoras de  saúde   que   respeitem a  diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis”.

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