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Extração dentária; Oclusão dentária; Tratamento Ortodôntico; Apinhamentos

Por:   •  16/10/2023  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.647 Palavras (7 Páginas)  •  44 Visualizações

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RESUMO

Este trabalho apresenta uma revisão de literatura que mostra a importância da extração dentária na prática ortodôntica, visando a obtenção de resultados ideais no alinhamento, oclusão dentária e também outras considerações envolvidas na decisão de realizar este procedimento, com objetivo de melhora da estética facial. A extração dentária, quando indicada de forma adequada, pode permitir a criação de espaço necessário para corrigir más oclusões, resolver apinhamentos severos e melhorar a harmonia facial. Ela desempenha um papel crucial na obtenção de um sorriso esteticamente agradável e funcional, contribuindo para o sucesso do tratamento ortodôntico.

Palavras-chave: Extração dentária; Oclusão dentária; Tratamento Ortodôntico; Apinhamentos;

ABSTRACT

This work presents a literature review that shows the importance of dental deficiency in orthodontic practice, obtaining ideal results in alignment, dental occlusion and also other considerations involved in the decision to perform this procedure, with the aim of improving facial aesthetics. Tooth extraction, when indicated appropriately, can create the necessary space to correct malocclusions, resolve severe crowding and improve facial harmony. It plays a crucial role in achieving an aesthetically pleasing and functional smile, contributing to the success of orthodontic treatment.

Keywords: Tooth extraction; Dental occlusion; Orthodontic Treatment; Crowding;

INTRODUÇÃO

Na contemporaneidade, observa-se um aumento considerável no interesse pela estética facial. Entre os benefícios estéticos está o tratamento ortodôntico, que já há alguns anos se popularizou e avançou com as tecnologias. Um exemplo dessa modernização está o surgimento da “ortodontia invisível” com os famosos aparelhos transparentes.

Em contraponto, para realizar uma ortodontia eficaz, muitas vezes precisamos lançar mão de alguns recursos, entre eles estão a extração de um ou mais elemento dentário. Desde o nascimento da Ortodontia, a necessidade de extrair dentes em certas situações tem sido um tópico de debate.

No início do século XX, Angle, conhecido como o Pai da Ortodontia Moderna, defendeu a ideia de que era possível realizar tratamentos ortodônticos sem extrair dentes, baseando-se na teoria da "linha de oclusão". Segundo essa teoria, quando os 32 dentes estavam posicionados corretamente na arcada dentária, os tecidos vizinhos, como a gengiva, osso e músculos, se ajustavam naturalmente à nova posição dos dentes. Angle ensinou essa abordagem para seus alunos e tratou com sucesso muitos casos ortodônticos sem extrair dentes. (Ruellas, et all; 2010)

Tweed, que se formou na Angle School of Orthodontics, defendeu a filosofia de Angle durante seis anos e ficou descontente com a falta de estabilidade em seus tratamentos, decidindo estudar cuidadosamente os seus sucessos e fracassos. Foi então que ele revolucionou a ortodontia ao apoiar as extrações dentárias em casos específicos. Seu objetivo era alcançar melhorias em termos de função, estética, saúde e estabilidade, sendo o principal responsável pela popularização da extração de primeiros pré-molares (TWEED, 1941).

Como cada arcada dentária é única, as suas alterações estão ligadas em sua maioria, às mudanças de comprimento dos arcos, distância intercaninos e intermolares, sobremordida, sobressalência, relação interarcos no sentido ântero-posterior, tendo como principal e mais comum consequência o apinhamento dos dentes ântero-inferiores (Paula & Freitas, 1997)

Proposição

O presente trabalho tem como objetivo apresentar elementos de diagnóstico que auxiliam na decisão da extração dentária e estudos para obtenção de sucesso em tratamentos ortodônticos por meio de uma revisão de literatura feita por dados de bases presentes em DENTAL PRESS, GOOGLE ACADÊMICO e SCIELO, publicados entre EDITAR1997 e 2021. Foram selecionados artigos científicos que mostrassem os possíveis diagnósticos que auxiliam na decisão da extração dentária, visando conhecer seus benefícios e eficiência nos tratamentos ortodônticos.

3. Revisão de Literatura

3.1 Existe um acordo comum de que o tratamento ortodôntico tem o potencial de impactar o perfil facial, no entanto, existe uma falta de consenso quanto à intensidade da influência que as mudanças na posição dos dentes e no processo alveolar podem ter sobre os tecidos moles. Além disso, opiniões conflitantes surgem ao analisar as variações no perfil facial quando se consideram diferentes sequências de extração de pré-molares. (Allgayer, Mezomo, 2018)

No tratamento das más oclusões de Classe I, existem duas principais abordagens ortodônticas: uma que envolve extrações e outra que não as inclui. As extrações são frequentemente utilizadas para resolver problemas de apinhamento e protrusão dentária, assim como para ajustar os tecidos moles circundantes. Por outro lado, a abordagem sem extrações inclui métodos como a expansão das arcadas, a distalização dos molares ou o desgaste interproximal. O tratamento com extrações é muitas vezes associado a desvantagens como um perfil facial côncavo, arcadas dentárias mais estreitas e um aumento na largura do corredor bucal. Em contraste, o tratamento sem extrações pode resultar em resultados menos estáveis e um perfil protrusivo em casos limítrofes.  (Aniruddh & Arumugam, 2016)

Para corrigir maloclusões de Classe II em pacientes adultos, as extrações podem envolver tanto os pré-molares superiores quanto os dois pré-molares inferiores. No entanto, quando não há apinhamento ou discrepância cefalométrica no arco mandibular, geralmente são indicadas apenas extrações dos pré-molares superiores. Esses dentes são frequentemente escolhidos para extração em tratamentos ortodônticos, dependendo do diagnóstico e da filosofia ortodôntica aplicada, pois estão convenientemente localizados entre as regiões anterior e posterior da boca. (VELOSO, 2022)

Nance propôs a extração dos primeiros pré-molares superiores e segundos pré-molares inferiores em casos limítrofes e com biprotrusão leve, evitando assim uma possível retração excessiva do perfil facial.

Essa sugestão ganhou apoio de outros pesquisadores, como James e Dewel, que destacaram a deficiência moderada de espaço como um fator importante para extrair os segundos pré-molares em pacientes com contornos faciais equilibrados.

Carey também sugeriu que resultados mais satisfatórios eram alcançados em casos com discrepâncias de 2,5 a 5 mm através da extração dos segundos pré-molares. Por outro lado, Schoppe argumentou que a indicação principal abrangia casos com discrepâncias de até 7,5 mm, desde que os pacientes apresentassem equilíbrio muscular, contorno facial proporcional e uma boa posição dos incisivos na base óssea. (Allgayer, Mezomo, 2018)

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