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SÍFILIS ORAL RESUMO

Por:   •  25/4/2019  •  Projeto de pesquisa  •  1.779 Palavras (8 Páginas)  •  278 Visualizações

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SÍFILIS ORAL

RESUMO

Introdução: a sífilis é uma doença infectocontagiosa que se apresenta epidemiologicamente ascendente na saúde pública brasileira. Todos os profissionais da área de saúde devem estar atentos para as manifestações desta doença e para os possíveis locais de acometimento de lesões sifilíticas, inclusive manifestações bucais

Objetivo: O objetivo deste trabalho é esclarecer o que é a patologia sífilis, e como a mesma pode influenciar negativamente na mucosa oral. Informar quais são os tipos existentes de sífilis e suas manifestações, tratamentos e prevenção.

Material e Método: Foi realizado por meio de pesquisa nos bancos de dados do Scielo e google acadêmico, artigos sobre tema em questão, utilizando como palavras-chave no idioma português: (Sífilis oral; Sífilis e odontologia; Cirurgião dentista e a sífilis?), inglês: (oral manifestations of syphilis) e espanhol: (Sífilis– enfermedades de transmisión). Foram realizados estudos através de uma pesquisa realizados nas cidades de Mogi das Cruzes e Ferraz de Vasconcelos na estação de trem CPTM. Tendo como resultados Mogi das Cruzes- 86 pessoas e Ferraz de Vasconcelos- 103 pessoas analisadas. Em Mogi das Cruzes, não foram encontradas lesões orais causadas pela patologia sífilis.

Resultados: Verificou-se que a sífilis é uma doença sexualmente transmissível e sua transmissão pode ocorrer também verticalmente da mãe para o feto, e que a ausência de métodos preventivos é a causa principal de sua transmissão. As razões podem estar relacionadas a falta de informação pelos portadores e da sua divulgação, como a irresponsabilidade no ato sexual. O cirurgião dentista é o profissional mais habilitado para diagnosticar precocemente a doença sífilis, através dos sinais e sintomas na mucosa oral, e realizar o tratamento clínico e medicamentoso.

INTRODUÇÃO

A sífilis representa uma infecção bacteriana sistêmica causada pelo Treponema pallidum. Estima-se que ocorram no mundo mais de 12 milhões de casos por ano, dentre estes, 900 mil no Brasil. O período de incubação é de 21 a 30 dias após o contato, porém pode variar de 10 a 90 dias, dependendo do número e virulência de Treponemas e da resposta do hospedeiro. As vias de transmissão desta infecção são as sexualmente transmissíveis ou vertical de mãe para feto. A doença pode ser classificada em: adquirida recente e tardia ou congênita recente e tardia. Os sinais e sintomas são diferentes de acordo com o estágio da doença. As manifestações orais da sífilis são, em muitos casos, os primeiros sinais da doença e podem orientar o diagnóstico correto e precoce, ponto importante para o tratamento desta enfermidade.

Os aspectos clínicos da sífilis são diversos, como no caso da infecção recente “primária” caracterizada pelo cancro e pelas lesões mucocutânes “secundárias” ou da infecção tardia “terciária” representada por diversos sinais e sintomas, como alterações vasculares, neurológicas, tegumentares, dentre outras, sendo que na boca a lesão mais significativa é a goma sifilítica, uma forma de processo inflamatório granulomatoso.

O objetivo é fornecer e esclarecer sobre o que é a patologia sífilis, suas classificações, manifestações orais e sistêmicas, prevenção, desafios do profissional cirurgião dentista no diagnóstico e tratamento.

REVISÃO DE LITERATURA

Manifestação intra-oral da sífilis “primária” recente consiste no cancro, que é uma lesão única, ulcerada, assintomática e de bordas endurecidas, podendo o paciente apresentar adenopatia satélite bilateral indolor e não inflamatória dos linfonodos submandibulares e cervicais1. O cancro pode acometer a cavidade bucal em qualquer área, no entanto, o lábio representa o sítio mais comum de envolvimento, seguido pela língua e tonsilas. Uma característica importante da lesão sifilítica “primária” da cavidade bucal é ausência de sintomatologia dolorosa, portanto, tal condição deve ser diferenciada do carcinoma de células escamosas, neoplasia maligna comum nessa região anatômica.2 A sífilis “secundária” representa a evolução de um quadro de sífilis primária não tratada. Os sinais e sintomas prodrômicos da sífilis “secundária” são primeiramente sistêmicos, sendo semelhantes a uma gripe caracterizada por cefaleia, lacrimejamento, secreção nasal, faringite, artralgia generalizada e mialgia. A doença, nesta fase, caracteriza-se pelo envolvimento sistêmico e também por erupção cutânea máculo-papular difusa e indolor denominada roséola sifilítica, que, por vezes, acomete áreas palmoplantares e intra-orais, podendo acometer diversas áreas da cavidade bucal e aparece juntamente com as lesões cutâneas, associadas com o quadro sistêmico. Clinicamente, na cavidade bucal, observam-se máculas vermelhas ovais ou erupções máculo-papulares nas mucosas. Pode ainda apresentar a forma de condiloma latum ou condiloma plano, na comissura labial, caracterizada por lesões nodulares, firmes, ou placas mucosas discretamente elevadas, podendo estar superficialmente erosadas ou ulceradas. As margens apresentam-se irregulares e cobertas por uma pseudomembrana branco-acinzentada. Na língua observa-se por atrofia das papilas, no palato mole e regiões das fauces, as lesões podem ser representadas por pequenas úlceras. 3,10

Na sífilis “terciária” ou tardia as lesões bucais afetam mais frequentemente o palato duro e a língua. No palato duro vê -se uma infiltração gomatosa e subsequente destruição e perfuração palatina. Os sinais clínicos iniciais incluem voz nasalada, queixa de comunicação buconasal dificultando a deglutição. A língua pode se apresentar aumentada com aspecto lobulado, forma irregular e áreas leucoplásicas lisas, brilhantes e despapiladas, sendo este quadro denominado de glossite sifilítica 4 Em geral, a infiltração gomatosa é difusa produzindo vasculite inicial e subsequentemente endoarteirite obliterativa, porém lesões isoladas podem ser notadas em alguns pacientes.4,6 Em relação à sífilis congênita uma das primeiras manifestações é a rinite sifilítica que ocorre usualmente no período neonatal A inflamação da mucosa nasal pode destruir o osso e a cartilagem que formam o septo nasal, interferindo no desenvolvimento normal da região do dorso nasal e manifestando-se com o nariz em forma de sela, prejudicando o desenvolvimento normal do osso, acarretando na formação de um perfil côncavo para o terço médio da face, denominada de aparência em forma de prato-raso. 7,9 Os primeiros molares permanentes podem também ser afetados com projeções

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