A Tomografia Computadorizada Helicoidal ou Espiralada vêm dominando o mercado de tomógrafos nos últimos anos devido às inúmeras vantagens na aquisição dos cortes.
O incremento na velocidade de aquisição e as novas tecnologias incorporadas , associadas softwares de reconstrução muito mais eficientes possibilitam ‘a esta nova geração de tomógrafos vantagens incomparáveis em termos de qualidade de imagem, rapidez na realização dos exames e redução em custos operacionais. É bem verdade que os equipamentos desta nova geração têm um custo bastante elevado em relação aos equipamentos de TC convencionais.
Entretanto a relação custo benefício tende a favor do Helicoidal pelas capacidade de realizar um número muito grande de cortes em segundos, possibilitando redução efetiva em artefatos de tempo que impeçam construção adequada de imagem e além disso realização de exames que seriam impossíveis em outros equipamentos. Veja os princípios da TC Helicoidal>>>
“Apresentada pela primeira vez em 1989, a aquisição espiralada ou helicoidal em tomografia permite a exploração de um volume graças a rotação contínua de tubo em volta do leito, em deslocamento durante a aquisição de dados brutos.
O tubo descreve, em torno do paciente, uma figura geométrica em hélice .
O termo helicoidal é portanto, mais correto do que o termo espiralado empregado inicialmente, mas o uso consagrou invariavelmente os dois termos.
Tecnologia
O desenvolvimento desse modo de exploração foi possibilitado graças aos progressos técnicos que resumimos a seguir.
Os condutores ou slip ring permitem, sem cabeamento, a energia da transferência de energia elétrica necessária à alimentação de tubo durante sua rotação, bem como a transmissão dos dados recolhidos pelo sistema informatizado.
Duas opções tecnológicas são possíveis:
- o gerador está embutido, conjugado, e segue a rotação do tubo. A tensão elétrica que passa dentro dos condutores é relativamente fraca;
- o gerador é independente, fixo.
Essa opção, ao contrario da anterior, acarreta a passagem de um tensão elevada através dos condutores, mas permite um tempo de ciclo do tubo mais curto, inferior a um segundo para uma rotação de 360º.
Os tubos de alta capacidade calorífica, 5 a 10 MUC (milhão de unidades de calor), no caso dos tubos de maior desempenho, permitem um funcionamento de forma contínua por tempos superiores a um minuto (80 segundos para os aparelhos de maior desempenho), com uma potencia suficiente para a obtenção de imagens de qualidade equivalente à dos tomógrafos seqüenciais.
A melhoria dos detectores sólidos (cristais de cintilação ou cerâmicos), que progressivamente substituíram os detectores em câmara de ionização, é de rendimento menos elevado.
As coroas de detectores podem ser fixadas no conjunto estativo ou móveis, conjugadas à rotação do tubo, com um sistema de coroa simples ou dupla que permite a exploração de um volume duplo no curso da mesma aquisição helicoidal.
As empresas fabricantes propõem, atualmente, sistemas com múltiplas coroas de detetores (detetores matriciais) que permitem quatro aquisições simultâneas.
O aumento da potência dos sistemas informatizados, com capacidade de cálculos mais elevados, permite a reconstrução das imagens em tempo real ou menos de 2 segundos, com uma matriz 512x512, e a gestão de arquivos com um número importantes de imagens, em conseqüência da aquisição volumétrica e da reconstrução sobreposta de cortes.
PITCH
A programação de uma exploração helicoidal faz com que um novo parâmetro intervenha , qual seja o da velocidade de deslocamento da mesa.
Esta deverá estar adequada ao volume de exploração e ao tempo útil do exame que dependerá , por exemplo , da possibilidade de manutenção de uma apnéia ou das fases de realce do contraste vascular ou parenquimatoso, após injeção .
A relação entre o comprimento estudado e o tempo de aquisição , determinará a velocidade de deslocamento da mesa.
Estando definida a velocidade de deslocamento em função do volume a ser explorado , a espessura de corte é fixada em seguida : ela dependerá do tipo de exploração e será escolhida para ser a mais fina possível.
A relação entre a velocidade de deslocamento da mesa, durante uma rotação de 360º do tubo, e a espessura nominal do corte é denominada pitch , ou seja o passo da hélice..
Quanto mais elevado for o pitch , mais a hélice será estirada. De forma corrente, o pítch está compreendido entre 1 e 2 . Por exemplo, se escolhermos uma espessura nominal de 5 mm , um pitch de 1 corresponderá a um deslocamento da mesa de 5 mm por uma rotação de 360º, e um pitch de 2 a 10 mm por rotação.
Atualmente as empresas fabricantes oferecem programas de computador que autorizam a realizção de um pitch de 3, sem degradação importante da qualidade de imagem no eixo de deslocamento da mesa, entretanto sob a condição de utilizar uma pequena espessura nominal.
Esses pitch elevado é útil para a exploração de grandes volumes em tempo reduzido em particular em quadro de emergência.
(Muito importantes esses conceitos, não? Releia o texto acima e anote suas dúvidas; na próxima etapa de Segredos da Tomografia “Detectores de Coroas Múltiplas”.)
Fontes: Tomografia Computadorizada , Doyon, Cabanis , Frija Halimi e Roger)
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