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EXAME FÍSICO GERAL OU DE ROTINA EM EQUINOS

Por:   •  19/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.321 Palavras (6 Páginas)  •  539 Visualizações

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IMPORTÂNCIA DA ANATOMIA EXPLORATÓRIA PARA O EXAME CLÍNICO DE EQUINOS, BEM COMO A INTER-RELAÇÃO ENTRE OSSOS E MÚSCULOS COMUMENTE PALPADOS

  1. EXAME FÍSICO GERAL OU DE ROTINA EM EQUINOS
  1. Estado nutricional

Esse exame pode ser realizado pela palpação da região sacra, avaliando-se o preenchimento da musculatura nessa região. Em animais normais, todas as partes proeminentes do esqueleto estão cobertas por músculos ou gordura, dando ao corpo um aspecto arredondado. Nos animais magros, várias partes do esqueleto são prontamente identificáveis (costelas, pelve). São indícios de obesidade: incapacidade de palpar as costelas; falta de recorte caudal à última costela; abdome penduloso; abdome protruso depois da última costela; depósitos de gordura facilmente palpáveis, em ambos os lados, do início da cauda, sobre os quadris ou na área inguinal.

  1. Avaliação da pele

O estado de hidratação do animal é avaliado pinçando a pele na tábua do pescoço com os dedos polegar e indicador, dando uma leve “puxada” e esperando o retorno da pele. A pele saudável é elástica, voltando rapidamente à posição normal, sem ultrapassar 2 segundos; desconsiderando-se neste parâmetro os animais idosos e neonatos. Animais com desidratação moderada a grave apresentarão alterações importantes, como o aprofundamento ou retração do globo ocular na órbita, em virtude da perda de fluido em região periorbital e ocular.

  1. Avaliação dos parâmetros vitais

frequência cardíaca pode ser palpada na artéria facial, no ramo que passa abaixo da mandíbula, aproximadamente, no terço médio. Esta artéria é como uma estrutura tubular que, ao ser pressionada, permite sentir o pulso utilizando suavemente dois ou três dedos. Para facilitar a contagem, basta observar quantas pulsações sentiu durante 15 segundos, e multiplicar por quatro, para calcular o número de pulsações por minuto. A frequência cardíaca de um equino adulto pode variar entre 35 a 44 bpm (batimentos por minuto), em condições normais.

  1. Exame das mucosas

As mucosas visíveis que costumamos examinar são: oculopalpebrais, nasal, bucal, vulvar, prepucial, e raramente, anal.

A abertura das mucosas oculopalpebrais é realizada com o dedo indicador (na conjuntiva palpebral superior), e polegar (na conjuntiva palpebral inferior).

A mucosa nasal, por ser pigmentada, é insatisfatória para verificar alterações de coloração. Uma inspeção adequada da mucosa nasal é facilmente realizada nos equinos, pois suas narinas são amplas e flexíveis.

O método de avaliação do tempo de preenchimento capilar (TPC) é medido junto à mucosa bucal, próximo aos dentes incisivos. Para tanto, faz-se a eversão do lábio superior ou inferior e compressão da mucosa da gengiva com o dedo polegar, observando-se, após a retirada do dedo, o tempo decorrido para que a palidez provocada pela impressão digital seja substituída, novamente, pela cor observada antes de realizar a compressão. O tempo normal de TPC é menor que 2 segundos, indicando perfusão periférica normal e ausência de desidratação significativa.

  1. Avaliação dos linfonodos

        Linfonodos mandibulares: são dois e estão situados mais profundamente e ventralmente à língua, onde podem ser palpados.

Linfonodos retrofaríngeos laterais e mediais: localizam-se na região cervical, entre o atlas e a parede da faringe. Não costumam ser palpados, mas podem ser examinados quando aumentados de volume (reativos).

Linfonodos cervicais (pré-escapulares): repousam abaixo do músculo peitoral cranial profundo, sendo de difícil palpação.

Linfonodos subilíacos (pré-femorais ou pré-crurais): podem ser palpados em equinos magros e/ou enfermos no terço inferior do abdome, a meia distância da prega do flanco e da tuberosidade ilíaca. São mais facilmente examinados em animais ruminantes, mas podem ser palpados....

Linfonodos mamários: são de difícil palpação, apresentando-se como dois nódulos de cada lado, entre o assoalho ósseo da pelve e a parte caudal do úbere.

Linfonodos inguinais superficiais ou escrotais: com palpação dificultada, apresentam-se medial e lateralmente ao corpo do pênis.

Existem, ainda, os linfonodos internos, que podem ser palpados por via transretal, que são o ileofemoral e os linfonodos da bifurcação aórtica.

  1. Avaliação da temperatura corporal

O exame manual da temperatura externa deve ser executado aplicando-se o dorso das mãos sobre diferentes áreas da superfície corporal do animal; a palpação da região abdominal é importante para a constatação de hipertermia, enquanto a palpação das extremidades do animal é mais adequada para a constatação de hipotermia. Nos equinos adultos, a temperatura normal está entre 37,5°C e 38,5°C.

  1. Avaliação do sistema respiratório

        Deve-se palpar todas as partes externas do sistema respiratório a procura de depressões, como o afundamento do osso nasal, fratura de anel traqueal cervical, fratura de costelas ou aumento de volume. Estimular os primeiros anéis traqueais do animal, a fim de produzir reflexo de tosse.

  1. Avaliação dos membros torácicos e pélvicos

 Realizar a palpação, que deve ser feita no sentido distoproximal do membro, utilizando também a palpação indireta por meio da pinça de casco; também manipular o membro do equino flexionando as articulações sempre no sentido distoproximal, inicialmente no membro sadio, seguido pelo membro suspeito. A força (pressão) e o tempo da flexão devem ser os mesmos em todas as articulações, para não distorcer a interpretação dos resultados.

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