Projeto da disciplina Cadeias Produtivas em Medicina Veterinária
Por: menegaldo • 25/5/2018 • Projeto de pesquisa • 3.921 Palavras (16 Páginas) • 812 Visualizações
Cunicultura
Projeto da disciplina Cadeias Produtivas em Medicina Veterinária apresentado ao curso de Medicina Veterinária
São Paulo
2018
Sumário
Introdução 3
Mercado 3
Objetivo 3
Justificativa 3
Comercialização 4
Ciclo Produtivo 4
Sistema de Produção 4
Raça 4
Estrutura Física 5
Manejo Alimentar 7
Manejo Reprodutivo 10
Controle de Doenças 12
Manejo de Bem-Estar 12
Referências Bibliográficas 14
Introdução
Iremos dar foco no mercado consumidor de carne, trabalhando exportação e importação; com ciclo completo da raça Nova Zelândia em sistema intensivo, visando bom manejo, melhorando assim a qualidade de vida do animal e a produção.
O principal objetivo do criadouro é a criação de neonatos até a engorda, que é de aproximadamente noventa dias após o desmame. O animal adulto será vendido para abatedouros e láparos também poderão ser vendidos para criadouros de ciclo parcial.
A raça Nova Zelândia, é uma raça cujo o ganho de peso é rápido e satisfatório em curto período de tempo; e por ser pequena que necessita menos espaço, e assim podemos providenciar um melhor bem-estar para nossas matrizes, reprodutores e filhotes.
Mercado
A cunicultura é uma prática utilizada por diferentes mercados como por exemplo, o mercado pet, pele e pelo, esterco e consumidor de carne.
Vendo que o consumo nacional de carne de coelho não é alto pois é visto como animal de estimação, iremos focar nossa produção para a venda dos animais para abatedouros internacionais e nacionais, com foco na exportação. Tendo nosso criadouro localizado em São Roque-SP por motivos do clima favorável para a criação e reprodução de coelhos Nova Zelândia, que será a raça principal.
Os focos de consumo do produto são a Europa (especialmente Itália, França e Espanha) junto com os Estados Unidos.
Objetivo
O objetivo deste projeto é a implantação da monocultura de coelhos Nova Zelândia.
Justificativa
O mercado de cunicultura é muito atrativo devido ao baixo custo de investimento e o grande retorno financeiro, com lucro de 60% - 64% com cabeça e membros.
Pode-se iniciar uma cunicultura com poucas matrizes, com possibilidade de aumentar a produção rapidamente em pouco tempo e ter ampla gama de produtos que podem ser comercializados (esterco, urina, pele e pelo); a carne do coelho apresenta baixo teor de gordura, alto valor nutricional com fácil digestão.
Devido ao baixo consumo nacional, o melhoramento genético ocorre com maior facilidade e menos custo, uma vez que há tempo e recursos suficientes para utilizar animais em aprimoramento genético e para a demanda do produto.
Comercialização
Será feita a venda de animais vivos para abatedouros quando atingirem o peso mínimo de 2,5kg aos noventa dias de idade. Os animais serão colocados em gaiolas e posteriormente levados ao caminhão que fará o trajeto até o frigorífico; cada gaiola pode ter entre nove ou oito animais, será empilhada no máximo uma gaiola para evitar acidentes caso haja curvas no caminho, a cada três fileiras deverá ter um espaço de quinze centímetros para ventilação. Seguindo as recomendações da ACBC (Associação Cientifica Brasileira de Cunicultura) o transporte rodoviário deverá ser feito à noite para diminuir o estresse posto sob os animais devido à alta temperatura. Jaruche, 2014
Visamos ter o mínimo possível de mortalidade durante o transporte, por isso usamos poucos animais por gaiola, evitando estresses desnecessários que poderiam gerar conflitos. Jaruche, 2014
Ciclo Produtivo
Escolhemos trabalhar com o ciclo completo para podermos acompanhar o desenvolvimento dos animais, com possibilidade de aprimoramento genético e acompanhamento dos dados dos animais.
Sistema de Produção
E também com o sistema intensivo pois neste o animal apresenta melhor desempenho e consequentemente gerando maior produtividade e lucratividade.
Raça
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A raça de coelhos trabalhada será a Nova Zelândia (Oryctogalus cuniculus). É uma raça com dupla aptidão para carne e pele. Os adultos podem pesar de 4 a 5kg, apresentando boa proporção corpórea e carcaças de ótima qualidade de rendimento. Ferreira, et al. (2012).
Estrutura Física
O criadouro estará localizado na cidade de São Roque – SP em um sítio com quatro galpões dos quais um será para reprodução, outro para maternidade e desmame e dois para a engorda. Os animais serão colocados em gaiolas no sistema Flat-Deck; utilizaremos comedouro semiautomático o que permite melhor controle sanitário, o bebedouro será automático, sendo um sistema com pouco riscos sanitários e menos necessidade de manutenção diária. Ferreira, et al. e Machado, et al (2012).
- Dimensões dos galpões: Os galpões terão dimensão de 10 metros de largura por 120 metros de comprimento. Corredores centrais e laterais 80 cm de largura e transversais 1 metro. Paredes laterais com 2 metros de altura feiras de alvenaria.
- Pé direito: com 2,5 metros de altura, piso de argamassa e pilares de concreto.
- Vala coletora: localizada abaixo das gaiolas com até 80cm de profundidade. Camada de 10cm de brita, carvão e areia.
- Telhado: Telhado de duas águas com lanternim sobreposto para eliminar o calor gerado dentro dos galpões com telhas de barro.
- Galpões: Serão necessários criar áreas especificas e para cada uma um galpão próprio, entre os quais se destacam a área de reprodução destinado para a monta dos animais, medindo em 10m de largura por 70m de comprimento, a de maternidade/desmame para os neonatos e láparos pois esta fase se encontra um período crítico aonde há maior risco de mortalidade, medindo 10m de largura por 120m de comprimento, a área de recria aonde serão postos os láparos desmamados por cerca de 30 dias para amadurecimento evitando assim conflitos por conta do instinto territorial do animal, medindo 10m de largura por 120m de comprimento e por último a área de engorda onde se encontrarão os animais adultos que ficarão aqui até atingirem o peso e/ou a idade base de 90 dias para o abate, medindo 10m de largura por 120m de comprimento.
Deve-se ter ainda uma área especifica para deposito de rações assim permitirá um melhor controle do que está estocado, medindo 10m de largura por 20m de comprimento, e outra área somente para aplicação de vacinas e vermífugo, medindo 10m de largura por 40m de comprimento permitindo assim um manuseio mais amplo das gaiolas onde estarão os animais.
- Gaiolas: As gaiolas terão frestas de 1cm x 5cm, o suficiente para que passe as fezes, mas para que não surja eventuais feridas nas patas. Portas de 35cm x 35cm e que não haja espaço abaixo das portas para evitar acidentes com as patas dos animais. As dimensões das gaiolas vão variar conforme a necessidade. Gaiolas para reprodutores terão dimensão de 3200cm². Gaiolas de maternidade e desmame com dimensão de 5600cm² e gaiolas de engorda com 2100cm².
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Manejo Alimentar
Oferecer uma boa dieta aos coelhos é essencial para que eles apresentem um excelente desempenho produtivo. São animais herbívoros e possuem o hábito da cecotrofia, ou seja, se alimentam de fezes, o que permite que eles tenham em seu organismo a adição de proteínas, vitaminas C, K e complexo B que são produzidas no ceco; além disso precisam de ração com níveis de fibra apropriados para evitar problemas no intestino pois são animais que possuem baixo peristaltismo. Ferreira et al. 2012
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