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RELATÓRIO VIAGEM DE SOLOS

Por:   •  4/11/2017  •  Resenha  •  2.423 Palavras (10 Páginas)  •  469 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CAMPUS FREDERICO WESTPHALEN

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS

Evandro Holz

RELATÓRIO VIAGEM DE SOLOS

Frederico Westphalen, RS

2016

INTRODUÇÃO

O sistema brasileiro de classificação de solos vigente consiste numa evolução do antigo sistema americano, com modificações de critérios, alterações de conceitos, criação de novas classes e reconhecimento de subclasses, de acordo com as peculiaridades de cada solo presentes no território nacional. Isso não seria possível sem o intenso trabalho de instituições de pesquisas, que durante anos, não mediram esforços para fazer o levantamento de solos em todas as regiões do país (SIBCS, 2006).

        Esse trabalho teve uma importância muito grande, se considerar as amplas aplicações práticas que as informações sobre os solos proporcionam. Todas atividades agrícolas só são possíveis com planejamento prévio e com o conhecimento das propriedades dos solos para definir quais suas aptidões e limitações. O mesmo vale para obras de engenharia.

        Os cursos de agronomia têm na grade curricular uma disciplina obrigatória chamada classificação de solos, com objetivo de prover ao aluno base técnica para identificar e diferenciar os diferentes tipos de solo quanto suas características, usos e aptidões. Todavia, a apresentação demasiadamente teórica do conteúdo, com os solos sendo mostrados apenas por fotos, nem sempre fornece recursos suficientes para o aprendizado.

        Diante disso, o objetivo desta viagem foi aprofundar o conhecimento dos alunos sobre os diferentes solos presentes no Rio Grande do Sul, as atividades agrícolas que são realizados sobre eles, suas aptidões, limitações, ou seja, buscou-se mostrar na prática o que foi visto nas disciplinas de graduação em sala de aula.

MATERIAL E MÉTODOS

        No dia 27 de outubro de 2016, a Universidade Federal de Santa Maria, Campus Frederico Westphalen, realizou uma viagem com os alunos do quarto semestre do curso de agronomia por diversos municípios do Rio Grande do Sul, visando observar os diversos tipos de solos presentes no estado e suas características. Os municípios de interesse foram xxxxx e os os solos analisados foram xxxx. Todas atividades foram realizadas com a tutoria do Prof. Dr. Rodrigo Ferreira da Silva e do Prof. Dr. Vanderlei Rodrigues da Silva.

        Os alunos da turma foram subdivididos em grupos, e cada grupo ficou responsável por apresentar um solo específico e caracterizar seu perfil, identificando os aspectos mais importantes, principalmente os físicos, que podiam ser observados visualmente. A caracterização dos solos foi feita com auxílio de um trado holandês, pá de corte e uma faca.

        O primeiro município visitado foi Caçapava do Sul, RS, maior explorador de calcário do estado. O foco foi justamente uma empresa exploradora de calcário, a FIDA, onde nos foi apresentado as instalações da empresa e a mina em que é extraída a rocha que irá gerar o calcário.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Caçapava do Sul, RS – Exploração de calcário

No município de Caçapava do Sul, RS, encontram-se as maiores minas de exploração de calcário do país. A empresa FIDA, visitada na viagem, é uma empresa referência na região, com mais de 60 anos de história em exploração de calcário. Além de calcário, a empresa tem produção de argamassa, cal (CaO) e fertilizantes.

        Segundo a geóloga e o engenheiro químico da empresa, que nos conduziram instalações e pela mina, o calcário extraído é de origem marinha, formado pela deposição e precipitação de resíduos orgânicos, esqueletos de animais marinhos, conchas e com posterior substituição de parte do Cálcio por Mg. Por milhares de anos, altas temperaturas e pressão deram origem a uma rocha metamórfica conhecida como mármore. Pela presença de concentração de Mg na rocha maior que 5%, o calcário extraído é classificado como dolomítico.

        Conforme observado nas minas, além do mármore, há rochas que não podem ser aproveitadas para a produção de calcário. Essas rochas, chamadas de xistos, tem coloração mais escura, podendo ser facilmente identificadas.

        Após a extração das rochas (Figura 1), estas são moídas (Figura 2) e posteriormente passam por uma série de peneiras (2, 0,84 e 0,30 mm), para obter um tamanho de partícula, que somado aos teores de calcário da rocha, proporcione um PRNT do calcário de pelo menos 75%, que é a garantia dada pela empresa.

        Para produção da cal virgem (CaO), é realizada a queima do calcário. A reação desse produto com água gera a cal hidratada ou Hidróxido de Cálcio Ca(OH)2). Estes produtos também são utilizados na agricultura para correção de pH.

        Segundo a empresa, no momento da viagem, a produção de calcário estava na “entressafra”. Isso por que era o período de início dos cultivos agrícolas de verão, e as aplicações de calcário costumas ser realizadas meses antes do plantio, para que o produto reage e já ofereça condição de pH mais adequada já no primeiro cultivo.

Figura1: Local de Extração da rocha calcária pela empresa FIDA.

Figura 2: Local de moagem das rochas.

Planossolo Háplico Eutrófico Espessoarênico, Unidade de Mapeamento Vacacaí

Este solo foi observado no município de São Gabriel. É um solo de várzea, plano, profundo e muito mal drenado.

Por meio de um trado holandês, foi feita a caracterização do perfil do solo (Figura 3). Pressionando o solo com as mãos, foi possível perceber o incremento de argila ao longo do perfil, característico desses solos, que apresentam B plânico como horizonte diagnóstico. Outro aspecto é a estrutura prismática, que o torna muito mal drenado. Mosqueados com coloração avermelhada e cor escura, resultantes de processos de oxirredução do ferro em ambientes de redução também puderam ser visualizados. Só conseguimos identificar os Horizontes A e B, pois ele é bastante profundo e com o trado só pôde-se cavar aproximadamente 1 metro.

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