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A Higiene do Trabalho

Por:   •  10/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.308 Palavras (10 Páginas)  •  310 Visualizações

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Lista de Exercícios

1 -  Comente sobre as etapas fundamentais da Higiene do Trabalho.

A Higiene do Trabalho possui três etapas fundamentais:

A primeira etapa é o RECONHECIMENTO dos agentes ambientais presentes no local de trabalho. Pode ser considerada a etapa de antecipação dos riscos ambientais. Essa etapa é um processo qualitativo que buscar conhecer detalhadamente os métodos, processos e operações, os produtos químicos utilizados e suas características, o número de pessoas expostas, a frequência de exposição e histórico de danos para a saúde e toxicologia dos agentes no organismo.

A segunda etapa é a AVALIAÇÃO que consiste em um processo quantitativo no qual são feitas medições com objetivo de quantificar as concentrações e intensidades dos agentes ambientais e compará-las como os valores de exposição recomendados por normas e referências adequadas. Essas medições podem ser feitas no ambiente (avaliação ambiental) ou nos fluidos do organismo (avaliação biológica).

A terceira etapa é o CONTROLE que consiste em medidas preventivas.  O controle deve buscar a eliminação da exposição ou pelo menos a redução das concentrações dos agentes ambientais a níveis legalmente ou cientificamente aceitas.

3 - Comente sobre as vias de penetração dos agentes químicos no organismo humano.

Os agentes químicos podem penetrar no organismo humano por 3 vias: Respiratória, dérmica (pele) e digestiva, descritas abaixo.

Respiratória

A penetração pela via respiratória é a mais importante, já que a maioria das intoxicações devido à atividade profissional é decorrente da inspiração de agentes dispersos no ar.  Quando se refere à via respiratória de penetração de agentes químicos, visa-se entender quando os agentes penetram pelo sistema formado pelo nariz, boca, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares.

A exposição aos agentes químicos nos ambientes de trabalho tem como consequências mais frequentes a asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), rinite alérgica, pneumoconioses e câncer nas vias respiratórias.

Os agentes químicos podem ficar retidos na proteção natural do sistema respiratório superior e nos pulmões, ou passar para a corrente sanguínea, alcançando outras partes do organismo. Uma observação importante é que até os bronquíolos, as vias são revestidas pelo sistema mucociliar, ou seja, cílios que direcionam o muco, micro-organismos e partículas na direção da boca. Alguns agentes químicos são capazes de irritar as mucosas, levando a destruição parcial do sistema mucociliar, o que tem como consequência, o aumento da permeabilidade aos agentes químicos. Outro mecanismo de proteção existente no organismo humano são os macrófagos, que são macrocélulas com a função de capturar os agentes químicos que passarem pelo sistema mucociliar.

Dérmica

É a segunda via de penetração mais importante para a penetração de agentes químicos no organismo humano. A pele é uma importante barreira, que faz com que poucos agentes penetrem em quantidades perigosas.

O agente em estado líquido é o que mais está sujeito a absorção cutânea, principalmente os que são solúveis em gordura e que apresentam baixo peso molecular. Além disso, a região (vascularização e pilosidade) na qual o agente químico entra em contato com a pele, a integridade da pele e o tempo de contato são fatores que influenciam no que diz respeito a penetração pela via dérmica.

As doenças de trabalho mais frequentes relacionadas com a penetração pela via dérmica são as dermatoses.

Digestiva

A penetração de agentes químicos por essa via é a menos frequente. Pode ocorrer na presença de agentes de elevada toxicidade como, chumbo, arsênio, cádmio e mercúrio, principalmente quando não são praticados hábitos elementares de higiene pessoal.

Como exemplos da ocorrência de penetração por essa via têm-se: Deixar alimentos expostos nos locais de trabalho, se alimentar ou fumar com as mãos sujas. Outra possibilidade é quando agentes retidos no muco das vias respiratórias são engolidos.

4 - Defina limites de exposição ou limites de tolerância e comente sobre o que representam.

Limite de exposição ou limite de tolerância é a concentração no ar que supostamente a maioria dos trabalhadores possa ficar exposta, repetidamente, dia após dia, sem efeitos adversos para a saúde. Esses limites são estabelecidos a partir de combinações de informações confiáveis obtidas entre estudos epidemiológicos, estudos clínicos de intoxicações e estudos experimentais com animais e tomam como referência à consequência mais relevante para o organismo humano. Além disso, os limites de exposição estão relacionados à homeostase, ou seja, a capacidade do corpo manter o equilíbrio estável (composição e reações físico-químicas) apesar das alterações exteriores.

O limite de exposição ou tolerância representa uma referência para o controle da exposição do trabalhador aos agentes ambientais e nunca deve ser utilizado como uma interface entre a saúde e a doença

9 - Qual a importância do Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais (PPRA)? Comente sobre a correlação PPRA e PCMSO.

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) é importante, pois é um programa que objetiva manter sob controle as exposições dos agentes ambientais, através do monitoramento sistemático e periódico dos riscos ambientais ao trabalhador. As ações para o controle das exposições tomam como referência o Nível de Ação (50% do limite de exposição), em que as concentrações de exposição dos trabalhadores devam ficar abaixo deste nível.

O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), conforme determina a NR7, tem como objetivo identificar a ocorrência de distúrbios orgânicos resultantes da atividade profissional, em uma fase inicial, possibilitando tomar as medidas necessárias para neutralizá-los ou evitar sua evolução.

Através da realização do PPRA, são fornecidas informações fundamentais para o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PCMSO, para o acompanhamento da saúde do trabalhador.

Segundo a NR 9, o PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NRs e em especial com o PCMSO, regulado pela NR 7. O PPRA deve estabelecer critérios e mecanismos de avaliação da eficácia das medidas de proteção implantadas considerando os dados obtidos nas avaliações realizadas e no PCMSO.

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