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CONCEITUAÇÃO E IMPORTÂNCIA DAS REDES DE EMPRESAS

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Por:   •  12/5/2014  •  4.200 Palavras (17 Páginas)  •  459 Visualizações

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CONCEITUAÇÃO E IMPORTÂNCIA DAS REDES DE EMPRESAS

Milton Luiz Wittmann

Tiago Venturini

Fernando Negrini

As empresas nunca vivenciaram um ambiente de tantos desafios e concorrência como os atuais. No início do século XIX, a inexistência de concorrência, insumos e de saturação de mercado, fizeram com que as indústrias projetassem-se em grande escala e de maneira desenfreada. Porém hoje, esse fenômeno, quase inexistente é substituído por estratégias, políticas e controle econômicos a fim de se alcançar o crescimento sustentável, a competitividade e a maximização dos lucros.

De acordo com Leon & Amato (2001), esse movimento de mudanças nas relações empresariais vem se intensificando nas últimas décadas na medida em que se acumulam e consolidam as transformações técnicas, organizacionais e econômicas. A globalização passou a influenciar as empresas de diferentes formas, desde a gestão do fluxo de caixa até o perfil de recrutamento de pessoas para suas organizações. Ao mesmo tempo em que algumas empresas acabaram produzindo produtos e serviços semelhantes, atuando nos mesmos mercados onde a cada dia que passa, fica mais acirrada a competição. Percebendo-se desta realidade, as empresas deixaram de trabalhar isoladamente e formaram, segundo Castells (2001), uma economia global com capacidade de funcionar como uma unidade em tempo real, em escala planetária; onde a troca de bens era feita em qualquer lugar do planeta ao mesmo tempo em que o dinheiro tornava-se virtual. Este contexto de mudanças não pode deixar de criar oportunidades e ameaças, no qual a competitividade veio a tornar-se moda entre as rodas de conversa dentro das empresas, assim como um sonho a ser perseguido por todos. Desta maneira, Ferraz (1999) conceitua competitividade como a capacidade da empresa formular e implementar estratégias concorrenciais, que lhe permitam ampliar ou conservar, de forma duradoura, uma posição sustentável no mercado, obrigando as empresas a buscarem novas formas de manter esta posição sustentável no mercado.

Respondendo a esta necessidade que o ambiente impôs de tornar-se competitivo, as empresas perceberam na parceria, uma maneira econômica e racional de fazer negócio. As redes de empresas tornaram-se ferramentas e objetos de estudos de organizações empresariais o que fez surgir diferentes terminologias e conceitos sobre redes, segundo Olivares (2002), devido a pouca literatura existente, que segundo Amato (2000), rede de empresas é um método organizacional de atividades econômicas através de coordenação e/ou cooperação inter-firmas.

Conforme Wildeman (1999) e Gomes (1999) o motivo para entrar em uma aliança deve estar intimamente relacionado com a estratégia empresarial, toda aliança é estratégica, mas se não fizer parte da estratégia da empresa tem poucas chances de dar certo. Para propor essa mudança na vida organizacional das empresas, de associar-se em rede, são necessário motivos e razões que devem ser levados em conta, pois o rearranjo ou a criação de novas estruturas organizacionais gera custos (Ghemawat, 2000).

Uma forma de caracterizar a imersão em uma união estratégica é examinar as posições estratégicas de cada sócio potencial. O futuro parceiro pode possuir uma posição de liderança em seu negócio fazendo a sua nova parceira incrementar as suas atividades; a nova parceira também pode ver na rede uma maneira de permanecer no mercado que ela ainda não domina, como pode se unir a um parceiro maior, tomando uma atitude defensiva contra os seus rivais. A abertura de uma nova rede pode representar uma mudança tanto empresarial como local (Lorange e Roos,1996), ressaltam sua importância em termos competitivos:

• obter um meio de distribuição e de prevenção contra concorrentes;

• ganhar acesso a novas tecnologias e diversificação em novos negócios;

• obter economia de escala e atingir integração vertical;

• superar barreiras alfandegárias/legais.

Além dessas motivações, o crescente cenário gaúcho de associações em redes faz com que várias organizações de diferentes ramos busquem motivações complementares para manter aumentar a competitividade buscando o gerenciamento da incerteza estratégica e o compartilhamento de riscos. Para empresas de médio e grande porte, Amato (2000), sugere outros motivos para e formação de redes de empresas:

• aumento da competitividade via integração tecnológica: reduzindo seus custos em função dos diferentes ramos tecnológicos;

• construção de competência de classe mundial: a união entre empresas como forma de fixação de marcas;

• aumento na velocidade de entrada e criação de um produto novo: pois a primeira empresa a introduzir um novo produto no mercado desfruta de uma posição dominante e passa a auferir lucros extraordinários, enquanto essa inovação não se difundir entre os concorrentes.

FORMAÇÃO E TIPOS DE REDES DE EMPRESAS

A formação de redes de empresas pode surgir de uma necessidade empresarial (não planejada) ou de uma necessidade estratégica (planejada), de acordo com Amato (2000). As formas que estas organizações podem assumir são várias, mas todas visando o beneficiamento do negócio da rede. Não permanecendo rígidas, estas estruturas gerariam sinergia suficiente através de sua responsabilidade perante a rede, flexibilizando a abertura de novas oportunidades para a rede e seus associados, tornando-os mais adaptativos ao negócio. Diante desses arranjos organizacionais, duas estruturas de redes chamam a atenção:

a) Redes Topdown

As redes topdown, se caracterizam por modelos onde pequenas e médias empresas se tornam fornecedoras de uma empresa mãe ou, principalmente sub-fornecedora, segundo Casarotto (1999). É uma rede na qual o fornecedor é altamente dependente das estratégias da empresa-mãe e tem pouca ou nenhuma influência nos destinos da rede. Nesta formatação de rede empresarial, é destacado o que acontece com as micro e pequenas empresas fabricantes de produtos para supermercados com rótulos e marcas definidas pelo supermercado (empresa-mãe). É neste sistema que os pequenos fabricantes estão descobrindo um novo nicho, porém muito conturbado devido ao poder de barganha das grandes redes de supermercados segundo Blecher (2002).

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