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Considerações sobre fluência no concreto

Por:   •  10/12/2015  •  Resenha  •  846 Palavras (4 Páginas)  •  379 Visualizações

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RESENHA

KUPERMAN; Selmo Chapira. Considerações sobre fluência de concretos. Revista Techné. Ed.125. São Paulo. PINI. Ago/2007

(SE QUISER PODE INVENTAR UM TÍTULO, DIFERENTE DO TEXTO, E COLOCAR AQUI)

        A evolução dos materiais e das técnicas executivas tem revolucionado o mercado da construção civil. Obras executadas em tempo recorde e estruturas mais esbeltas têm se tornado comum. Embora o avanço tecnológico seja significativo, é perceptível a ausência de pesquisas que abordam as consequências causadas pela inserção destes novos materiais e técnicas construtivas nas edificações de médias e longo prazo. Neste contexto, podemos destacar o deficit em estudos que tratam especificamente da ação da fluência sobre as estruturas de concreto armado ou protendido.

        A fluência pode ser definida como uma deformação plástica irreversível que ocorre de forma crescente e lenta, onde a carga atuante é mantida. A ação da fluência foi citada pela primeira vez há mais de um século, e desde então inúmeros estudos científicos tentam encontrar uma fórmula para a sua determinação exata. Ainda que, a ação da fluência esteja num processo evolutivo alguns métodos para a determinação das mesmas já estão inseridos em normas e parâmetros técnicos para cálculo de estruturas de concreto.

        Pesquisas recentes demonstram que a ação da fluência ocorre em maior magnitude até os seis anos de idade e pode continuar de maneira progressiva (com menor magnitude) até os 20 anos. Sendo que, a idade de carregamento do concreto poderá ser um fator determinante para a ação da fluência. Existem indícios de que concretos carregados a menor idade apresentam maior ação da fluência quando comparados a concretos carregados a idades superiores. Este comportamento pode ser verificado pelo grau de hidratação do concreto, visto que concretos de maior idade são mais compactos e possuem menos água disponível. Outro ponto importante é que em concretos carregados após 28 dias verificou-se que a ação da idade de carregamento em favor da fluência se torna praticamente nula, e m concretos que recebem esforços somente após os 28 dias de cura pode ter ação da fluência reduzida de 25 a 80%.

        Vale ressaltar que em uma umidade relativa constate, a geometria da peça de concreto determina a dimensão da ação da retração por secagem e da fluência, devido à perda de água ser controlada pelo comprimento do caminho percorrido. Estudos comprovaram que concretos em ambiente com umidade relativa a 50%, a fluência pode ser de 2 a 3 vezes maior que em ambientes com 100% de umidade relativa. Ensaios realizados em Itaipu endossaram esta teoria apresentando coeficiente de fluência de 2,5 vezes maior, considerando a comparação citada. A fluência e retração por secagem aos 20 anos ocorrem 80% no primeiro ano de idade, sendo que de 20 a 25% nas duas primeiras semanas e 50 a 60% nos primeiros três meses.

        Neste contexto, discutindo a fluência, as características do cimento também merecem destaque. A finura, a resistência a compressão e a composição química são as características cimentícias que afetam com mais intensidade a fluência no concreto, porém, ainda não é possível determinar uma relação clara entre a fluência e as características do cimento. A relação água/cimento já tem sua ação conhecida de forma mais contundente, podendo verificar que quanto maior a relação, maior será o grau de magnitude da fluência.

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