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OS PROCESSOS ORGANIZACIONAIS QUE AGITARAM O SÉC. XX

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Por:   •  7/10/2013  •  Artigo  •  5.268 Palavras (22 Páginas)  •  474 Visualizações

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OS PROCESSOS ORGANIZACIONAIS QUE AGITARAM O SÉC. XX

Marcos Antônio Santos

Resumo: o artigo aborda os processos organizacionais, relacionando-os com as novas tecnologias e suas conseqüências. Analisa a visão holística, administração japonesa e estratégica, benchmarking, downsizing, administração empreendedora, reengenharia e learning organizations. Verifica, ainda, como esses processos se comportam no contexto da globalização da economia e as transformações que estão ocorrendo devido a revolução digital, provocadas pela era da informação. Por fim, examina a relação de causas e efeitos que a aplicação desses processos nas organizações, aliado às novas tecnologias, possui com o nível de desemprego atual.

Palavras-chave: processos organizacionais, globalização, revolução digital, era da informação, novas tecnologias e desemprego.

1 INTRODUÇÃO

Este artigo aborda os processos organizacionais que agitaram o século XX, relacionando-os com as novas tecnologias e suas conseqüências – impacto no sentido amplo, ou seja, a ênfase na idéia da eficiência preconizada por esses processos nas organizações. Dentro deste contexto serão analisados os seguintes processos: visão holística, administração japonesa e estratégica, benchmarking, downsizing, administração empreendedora, reengenharia e learning organizations.

Pretende-se verificar, ainda, como tais processos se comportam no contexto da globalização da economia na aldeia global e as transformações que estão ocorrendo devido a revolução digital - tecnotrônica, provocadas pela era da informação. Por fim, examina a relação de causas e efeitos que a aplicação desses processos nas organizações, aliado às novas tecnologias, possui com o nível de desemprego atual.

Para atingir estes objetivos abordarei, isoladamente, cada processo organizacional, enfatizando seus pontos principais que, acredito, permitirão concluir a tendência atual das organizações neste cenário globalizado que é o mundo moderno.

2 VISÃO HOLÍSTICA

Tem sua origem em 1926, quando o general sul-africano Ian Christian Smuts utilizou este termo para denominar o fator operativo fundamental referente à criação de conjuntos no universo, princípio responsável pelo progresso. Costuma ser vista como sinônimo de holismo, que é um movimento de idéias e não um corpo de doutrina. A teoria defende que o homem é um ser indivisível, que não pode ser entendido através de uma análise separada de suas diferentes partes. Busca uma sabedoria sistêmica - visão holística, que é uma forma de perceber a realidade. A abordagem sistêmica é o primeiro nível de operacionalização desta visão.

A característica da administração holística é a empresa não ser mais vista como um conjunto de departamentos, que executam atividades isoladas, mas como um corpo uno, um sistema aberto em contínua interação com o ambiente. A síntese da administração holística é que os dois lados do cérebro devem ser interligados (visão global) à não-matéria e o tempo real (tudo deve ser feito ao mesmo tempo) e o fim da estrutura de cargos (noção de autoridade extirpada).

O seu processo de implantação requer um diagnóstico da empresa, análise do meio externo, identificação do núcleo da empresa, estabelecimento da missão, reconhecimento dos valores da empresa e definição das políticas da empresa. Propõe a integração de conceitos por outros modelos de administração que repousam sobre a teoria sistêmica, que remonta aos anos 50.

Apresenta como risco o fato da visão holística está mais para uma forma de pensar, de perceber a realidade, do que para um modelo de administração. Pode-se dizer que a missão holística e o enfoque sistêmico se complementam, e que o pensamento holístico caminha lado a lado com a globalização.

3 ADMINISTRAÇÃO JAPONESA

A origem da administração japonesa remonta a 1615/1868 – era tokugawa, donde surgiu os valores da sociedade japonesa – ocasião em que a sociedade feudal era dividida em classes pela ordem de importância: samurais, lavradores, artesãos e mercadores.

O surgimento da administração japonesa pode ser creditado à busca de transferência de tecnologias das nações ocidentais mais avançadas, tais como os Estados Unidos da América – EUA e Alemanha. No oriente ela surge nos anos 50, depois da 2ª guerra mundial, na Toyota Motor Co., idealizada pelo engenheiro Thichi Ohuo. A administração japonesa nasceu no chão da fábrica, nos setores operacionais da manufatura, com a filosofia de evitar qualquer tipo de desperdício - muda e de promover o melhoramento contínuo – kaisen.

A administração japonesa pode ser classificada como um modelo de gestão fortemente embasado na participação direta dos funcionários: produtividade e experiência voltada para a tarefa. Tem como objetivo a harmonia e como filosofia oficial o confucionismo, que prega a benevolência, adequação, sabedoria e obediência. A família é a sua unidade básica mais importante, donde o coletivo prevalece sobre o individual.

Os pontos frágeis da administração japonesa podem ser creditados à dependência da cooperação irrestrita das pessoas, busca de consenso, exigência de paciência das atividades de apoio ao processo de produção, diminuição do seu ciclo de vida, concorrência predatória ao emprego vitalício, crescimento excessivo do número de produtos e consumismo ambiental indispensável.

Em contrapartida, seus pontos fortes são a noção de conjunto, preconização do processo acima da funcionalidade e a consciência da unidade da inter-relação de todas as coisas e eventos. Para implementação da filosofia da administração japonesa, no ocidente, alguns obstáculos devem ser eliminados: implantar o planejamento e as transformações a longo prazo, investir no ensino nas escolas de administração e parar de culpar os empregados pelos problemas.

A crítica mais freqüente lhe dirigida é sua adoção por empresas que se encontram em um outro contexto cultural, onde prevalece o coletivo sobre o individual.

Suas características básicas são: just-in-time, kanban, muda e kaizen. E as individuais podem ser descritas como: administração participativa, prevalência do planejamento estratégico, visão sistêmica, supremacia do coletivo, busca da qualidade total, produtividade, flexibilidade, recursos humanos, tecnologia e padronização,

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