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A ADMINISTRAÇÃO NAS FASES DO CAPITALISMO

Por:   •  3/11/2020  •  Resenha  •  989 Palavras (4 Páginas)  •  292 Visualizações

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Universidade Federal do Ceará

Faculdade de Economia Administração Atuária e Contabilidade

Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria

Mestrado Profissional em Administração e Controladoria

Disciplina: Teoria das Organizações

Professor: Augusto Cabral, Dr.

A ADMINISTRAÇÃO NAS FASES DO CAPITALISMO

José Arnoldo Fiúza Lima

            Para se reconhecer o momento contemporâneo, segundo Beaud (1987), faz-se necessário um apurado estudo das alterações promovidas em todas as sociedades dos diversos países, em decorrência da expansão do capitalismo. E isto surge em diversas dimensões: econômica, política e ideo1ógica; nacional e globalizado; libertador, opressor, destruidor e criador.

          O Capitalismo, originado ao final do século XV, passou de um modelo transitório, advindo da crise do feudalismo, para, atualmente, constitui-se num complexo modelo de economia. Estas transformações provocaram alterações no sistema de produção e na sociedade, assim como, transformações socioespaciais, que refletiram em modificações nas técnicas e nos modelos produtivos. Na visão de Chesnais (1996), a história do capitalismo pode ser organizada em três fases, elas compreendem: a comercial, a industrial e a financeira.

          Na primeira fase, a do capitalismo comercial, que se estende de 1880 a 1913, também conhecida por fase imperialista, houve uma considerável alavancagem do mercantilismo, com as nações buscando superávit na balança comercial. Outro ponto relevante consistiu na forte utilização da manufatura, um sistema produtivo com técnica de produção artesanal e divisão do trabalho. Nesta etapa, a administração era muito rudimentar.

          A segunda etapa, a do capitalismo industrial, ocorreu em conseqüência da emergência, expansão e centralidade exercida pelas fábricas graças ao processo de Revolução Industrial, iniciado em meados do século XVIII na Inglaterra. Nesta etapa, surgiu a moderna administração, tornando-se uma ciência útil no contexto social, com fundamentando na história e nas demandas da indústria capitalista (CHANLAT, 1999; VIZEU, 2009). Nesta fase, ocorre o surgimento da gerência. Braverman (1987) pondera que os primeiros peritos gerenciais foram os economistas clássicos do século XVIII, que se responsabilizam pelas questões de organização do trabalho no âmbito das relações capitalistas de produção. Outro grande marco desta fase foi o capitalismo monopolista, que consolidou a teoria da gerência, essencialmente com o movimento da gerência científica iniciado por Frederick W. Taylor (1856-1915), o precursor da Teoria da Administração Científica. Com ênfase nas tarefas, ele preconizava a prática da divisão do trabalho, com o uso de métodos e tempos no intuito de atingir, com o mínimo custo, o máximo de produção. Para Taylor, a organização se assemelha a uma máquina, com um projeto pré-definido e as seguintes características: (1) o salário é importante, mas não é fundamental para a satisfação dos funcionários; (2) a organização é vista de forma fechada, desvinculada de seu mercado;  (3) a qualificação do funcionário passa a ser supérflua em consequência da divisão de tarefas que são executadas de maneira repetitiva e monótona e; (4) a administração científica faz uso da exploração dos funcionários em prol dos interesses particulares das empresas. Nesta fase do capitalismo também se sobressaiu a teoria clássica de francês Jules Henri Fayol (1841-1925), que com ênfase na estrutura, propagava uma hierarquia organizacional e o planejamento como uma das funções principais do administrador, passando a ocupar o posto de gerente.

          A terceira, e última, fase, a do capitalismo financeiro, ou para muitos, a atual fase do capitalismo, fundamenta-se na especulação financeira e no poder das bolsas de valores. Além disso, podemos citar as concentrações e desconcentrações de empresas, ou seja as reorganizações societárias, incorporações, fusões e cisões, assim como a joint ventures e consórcios, que estabeleceram modelos ou modos de crescimento e expansão societária. Para Chesnais (1996), esta etapa pode ser denominada de fase de mundialização do capital. Nesta fase do capitalismo, o capitalismo flexível baseia-se na reinvenção descontínua das instituições, especialização flexível e concentração do poder sem centralização (SENNETT, 2006, 2007). Com as conseqüências advindas desta fase, exigi-se que a administração produza profissionais engajados com as mudanças sociais, tendo a competência de dirigir, motivar, coordenar os trabalhadores em equipe, adequando a empresa às exigências de uma sociedade em constante mutação (PIZZINATTO, 1999). A administração se adapta ao momento do capitalismo.

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