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A Carne, Osso - Resenha

Por:   •  26/4/2020  •  Resenha  •  467 Palavras (2 Páginas)  •  324 Visualizações

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Carne, Osso – Resenha Crítica

        Com o passar dos anos, acompanhamos a evolução da forma como os organizações visualizam o seu capital mais importante, o humano. Mas nem sempre foi assim, visto que, com as inovações trazidas pela inserção da tecnologia de informação nas linhas de produção alinhadas ao processo de globalização em meados da década de 90,  tornou o mercado de trabalho um lugar cada vez mais competitivo o que refletiu diretamente nas condições de trabalho dos funcionários dessas empresas abrindo um grande embate entre humanização x competitivade. O documentário “Carne, Osso”, produzido pela Repórter Brasil, retrata a dura rotina de trabalho dos frigoríficos brasileiros, trazendo histórias de vida que ilustram esse paralelo entre produção e qualidade de vida dentro do ambiente de trabalho.

        O mercado de trabalho atual é extremamente competitivo, e ter profissionais capacitados e valorizados requer uma postura mais humana de uma organização em relação aos seus funcionários entendendo seus potenciais e suas limitações. Totalmente indiferente a essas ações que visam manter a qualidade de vida de trabalho, os frigoríficos mantém condições precárias que trazem riscos e danos à saude tanto física quanto psíquica. Aliados a condição insalubre de trabalho, encontram-se também a falta de políticas organizacionas que prezam qualidade de vida, linhas de produção agressivas, abuso de poder, a insegurança dentro do trabalho e a ineficiência por parte da esfera pública na avaliação e fiscalização das condições de trabalho levando os funcionários aos seus limites.

        "A gente desossando 3 coxas e meia. Depois quando eu sai de lá, nesses 11 anos que passaram, cada vez mais eles exigiam mais, quanto mais você dava conta, mais eles queria que você produzisse. Eu já desossava 7 coxas por minuto."

Valdirene, ex-funcionária do frigorífico, Rio Grande do Sul

        Assim como o que aconteceu com Valdirene, não foi muito difícil encontrar casos que ilustram danos físicos e psicológicos devido um ritmo frenético e desumano sustentando por grandes empresas alimentadas por uma competitividade monstruosa afim de se obter uma máximo de produção por trabalhador, são tendinites, transtornos mentais, transtornos neurológicos, doenças a perder de vista.

        Com o intuito de promover a segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e derivados instarou-se em 2013 a NR-36, que avalia máquinas, equipamentos, condições ambientais de trabalho e a organização de atividades. Funcionários amparados e protegidos diminuem gastos pois há menos rotatitvidade, menos absenteísmo, menos contigenciação e todas as situações provenientes desses problemas. Para muitos casos foi tarde demais, mas espera-se que, com uma fiscalização adequada e com a conscientização das organizações, os trabalhadores possam trabalhar de forma digna.

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