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A Tecnologia social e seus desafios

Por:   •  6/12/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.194 Palavras (5 Páginas)  •  403 Visualizações

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RESUMO, ANÁLISE E EXEMPLIFICAÇÃO

 “A tecnologia social e seus desafios”

RIO DE JANEIRO

2017


O texto do Renato Dagnino trata sobre a tecnologia. O autor nos traz uma discussão sobre a Inclusão Social, os Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia, Tecnologia Social e Convencional. Ele aborda o questionamento do uso da tecnologia convencional para inclusão social. Tem como objetivo central a elaboração de políticas e a interdisciplinaridade.

A Tecnologia Convencional é considerada existente para a obtenção de lucro privado, esse é o ponto principal dela. Sendo, portanto, inadequada para a inclusão social. Outro ponto é a incapacidade de adequação para o desenvolvimento de uma tecnologia que seja capacitada para a sustentabilidade dos empreendimentos autogestionários do qual se espera um alavancamento. De acordo com o autor, a Tecnologia convencional é maior poupadora de mão de obra já que para o lucro está dependente da sua redução. Podemos inferir que quanto menor for a folha de pagamento, maior será a produtividade. Quanto menor a mão de obra, maior a produção. Logo, constatamos uma falha no indicador de produtividade. O “conceito” de empresa produtiva é meio deturpado. Há uma hierarquia, onde há uma demanda de um chefe. Ela é Alienante por não usar o potencial do produtor direto. Segmentada, por não permitir o controle e restringe o processo a um único profissional. Não é levada em conta a deterioração do meio ambiente, as condições de trabalho não são as ideais já que uma pessoa faz o trabalho de várias outras.

A partir disso, chegamos a Tecnologia HiTec. A que atende aos desejos das classes mais abastadas, dos países ricos e a mais moderna. O texto aponta que essa tecnologia é monopolizada já que as vinte empresas que mais gastam no mundo do que Bangladesh e Paraguai, são a Grã-Bretanha e França. A produção de ciência e tecnologia está monopolizada.

A tecnologia social é aquela que liberta o potencial e a criatividade do produtor direto. Ela é orientada para um mercado interno de massa e é capaz de viabilizar economicamente os empreendimentos autogestionários e as pequenas empresas. Ela deve ser livre de diferenciação (patrão x empregado).

Outro ponto abordado é a diferenciação dessas tecnologias. O que faz a Social ser diferente da Convencional? O texto aponta que a tecnologia convencional é funcional para a empresa privada, que é responsável por produzir bens e serviços no sistema capitalista. É observado que existe um esforço dos governos dos países mais avançados para destacar essa tecnologia não somente como a melhor, mas também como a única existente. Logo, fica claro o apoio que os países centrais fornecem ao seu desenvolvimento. As organizações que compreendem a tecnologia convencional estão compenetradas no ambiente político que a reconhecem como legítima e a demandam. Elas tem como inato os valores, trazendo assim uma reprodução deles.

Sobre as condições que a universidade possui para a geração de Tecnologia Social a partir da Tecnologia convencional, nós temos três questionamentos. O primeiro é a respeito do desenvolvimento da Ciência e Tecnologia, o segundo sobre a percepção do desenvolvimento, e o terceiro sobre a organização para o desenvolvimento do conhecimento.

A Ciência e Tecnologia e o seu desenvolvimento trazem consigo uma reflexão dos padrões sociais, políticos, econômicos e ecológicos no qual o desenvolvimento tem lugar na sociedade. Não é aceita nas universidades a ideia da ciência como objeto construído. Ela é enxergada como livre de valores e neutra, intrinsicamente positiva. A causa disso está atrelada ao marxismo, a partir da fundação da ideia de determinismo tecnológico. Há um enviesamento aparente da história da Ciência e da Tecnologia. Um exemplo citado é a tecnologia militar e da sua expansão na União Soviética, realizada por interesses do governo. O autor critica a ideia “natural”, a ideia comum que existe sobre a ciência pura e ingênua. Inclusive as ideias de que ela não possui fronteiras. Para ele a única variável que poderia explicar o avanço da ciência, seria o tempo. Ele diz que “Nossa visão é a de que a ciência reforça “sua” sociedade e tende a inibir a mudança social”.

O autor aponta que para um crescimento mais eficaz da Ciência, ela deveria crescer separadamente da sociedade, para assim “desenvolver um modo verdadeiro e eficaz”. A tecnologia busca a eficiência. A universidade compreende o desenvolvimento como não influenciável pelo contexto social. Usando uma metáfora para explicar, o autor compara a ciência com uma vassoura de bruxa, na qual somente a bruxa pode usá-la para voar. Isso demonstra que ela não pode ser transformada de qualquer maneira. Quanto a percepção da comunidade de pesquisa, ela é linear, em busca da verdade. Concentra-se no lado da oferta e é controlada pela comunidade científica, por suas percepções e interesses.

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