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A passagem para o pensamento filosofico cientifico

Por:   •  11/12/2018  •  Resenha  •  1.648 Palavras (7 Páginas)  •  272 Visualizações

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A passagem do pensamento mítico para o filosófico cientifico

O texto nos fala que o modo mais simples e menos polemico de se caracterizar a filosofia é através da historia e tenta nos explicar por qual motivo é considerado Tales de Mileto o primeiro filosofo. O texto nos conta que durante a Antiguidade existiram diferentes povos – assírios e babilônios, chineses e indianos, egípcios, persas e hebreus -, todos eles tiveram suas próprias idéias e visões da natureza e mundo e diferentes maneiras de explicar tudo o que acontecia na natureza, ou seja, os fenômenos e processos naturais. Entretanto, os Gregos foram considerados os primeiros a ter um pensamento filosófico-científico. Existe uma diferença retratada no texto entre o pensamento mítico e o filosófico cientifico, o pensamento mítico consiste em uma forma pela qual um povo explica aspectos essenciais da realidade em que vive. Ex: A origem do mundo, o funcionamento da natureza e dos processos naturais e as origens deste povo, bem como seus valores básicos. O pensamento mítico como o próprio nome já diz, tem um discurso voltado para o ficcional e imaginário, sendo muitas vezes sinônimo de “mentira”. As narrativas míticas não são produtos de um autor ou atores, segundo o livro é parte da tradição cultural e folclórica de um povo. E sua forma de transmissão é basicamente oral. O texto nos da exemplos dessa narrativa cultural, como Homero que registrava poeticamente lendas recolhidas das tradições de diversos povos que sucessivamente ocuparam a Grécia desde o período arcaico. O mito, configura sua própria visão, não podendo assim ser questionado, criticado ou corrigido pois o mito é uma visão de mundo dos indivíduos pertencentes a uma determinada sociedade, tendo assim um caráter global excluindo outras formas de pensamento das quais ele poderia ser discutido. O pensamento mítico pressupõe a adesão, a aceitação dos indivíduos, na medida em que constitui as formas de sua experiência do real, segundo o texto. Um dos elementos centrais do pensamento  mítico e sua forma de explicar a realidade é o apelo ao sobrenatural, ao mistério, ao sagrado, à magia. No pensamento mítico as explicações para os fenômenos naturais são os Deuses, os espíritos, o destino que governam a natureza, o homem e a própria sociedade.

O pensamento filosófico cientifico pode ser considerado basicamente uma insatisfação com o tipo de explicação do real que encontramos no pensamento mítico. Nesse sentido segundo o texto, nascem os primeiros filósofos da escola jônica e seus objetivos á a busca de explicações do mundo natura, baseados essencialmente em causas naturais, o que consistira no assim chamado naturalismo da escola. Segundo o texto o mundo se abre então, ao conhecimento, a possibilidade total de explicação- em principio-, à ciência portanto. Sendo assim considerado uma grande ruptura com o pensamento mítico, enquanto em forma de explicar a realidade. Essa ruptura não se da de forma completa e imediata. Ou seja, o surgimento desse novo tipo de explicação não significa o desaparecimento por completo do mito, que ainda sobrevive em muitos elementos da sociedade contemporânea, em nossas crenças, superstições, fantasias etc., isto é no nosso imaginário. É claro que esse processo de perda de poder explicativo se teve devido as transformações da própria sociedade grega, que tornam possível o surgimento do pensamento filosófico – cientifico. Devidos a muitos processos ocorridos na Antiga Grécia como invasões, economias baseadas em atividades comerciais e mercantis e outros, a religião vem perdendo a influencia e diminuindo seu papel. Sendo assim o pensamento mítico, com seu apelo sobrenatural e aos mistérios, vai deixando de satisfazer as necessidades da nova organização social, mais preocupada com a realidade concreta, com a atividade política mais intensa e com as trocas comerciais. É nesse contexto segundo o livro que o pensamento filosófico encontrara as condições favoráveis para o seu nascimento. O pensamento filosofico segundo o texto se deu inicio em uma colônia grega do mar jônico, onde reinava um certo pluralismo cultural, com a presença de diversas línguas, tradições, cultos e mitos. É possível, assim, que a influencia de diferentes tradições míticas tenha levado a relativização dos mitos. Ao mesmo tempo, em uma sociedade dedicada as praticas comerciais e aos interesses pragmáticos, as tradições míticas e religiosas vão perdendo progressivamente sua importância. Esta, segundo o texto, é uma hipótese que parece razoável, de um ponto de vista histórico e sociológico, e mesmo geográfico e econômico, para a explicação do surgimento do tipo de pensamento inaugurado por Tales e pela chamada Escola de Mileto, naquele momento e naquele contexto.

Noções fundamentais do pensamento filosófico cientifico

A physis

Os primeiros filósofos eram conhecimentos por Aristóteles por physiólogos, ou seja, estudiosos ou teóricos da natureza. O objeto de investigação dos primeiros filósofos – cientistas é o mundo natural; sendo que suas teorias buscam dar uma explicação causal dos processos e dos fenômenos naturais a partir de causas puramente naturais, isto é, encontráveis na natureza, no mundo natural, concreto, e não fora deste, em um mundo sobrenatural, divino, como nas explicações míticas.

A causalidade

A explicação da natureza pelos primeiros filósofos é o apelo à noção de causalidade, interpretada em termos puramente naturais. O texto considera as conexões causal entre determinados fenômenos naturais a forma básica da explicação cientifica e é em grande parte que considera as primeiras tentativas de elaboração de teorias sobre o real inicio do pensamento cientifico. Explicar é relacionar um efeito a uma causa que o antecede e o determina. Explicar é, portanto reconstruir o nexo causal existente entre os fenômenos da natureza, é tomar um fenômeno como efeito de uma causa. É a existência desse nexo que torna a realidade inteligível e nos permite considera La como tal. É importante , entretanto, que o nexo causal se de entre fenomentos naturais. Isto porque podemos considerar que o pensamento mítico também estabelece explicações causais.  A explicação causal possui um caráter regressivo. Ou seja, explicamos sempre uma coisa por outra e há assim a possibilidade de se ir buscando uma causa anterior, mais básica, até o infinito. Isso, contudo, invalidaria o próprio sentido da explicação, pois, mais uma vez, a explicação levaria ao inexplicável, a um mistério, portanto, tal como no pensamento mítico. Para evitar isso o texto relata que surge a necessidade de se estabelecer uma causa primeira, um primeiro principio, ou conjunto de princípios, que sirva de ponto de partida para todo o processo racional.

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