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As Finanças Corporativas Aplicações

Por:   •  22/9/2021  •  Monografia  •  1.713 Palavras (7 Páginas)  •  86 Visualizações

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  1. DF’s (Demonstrações financeiras) consolidadas (com notas explicativas, é claro!) de duas empresas de capital aberto, em 31 de dezembro de 2018, que atuam no mesmo segmento (ex: Vivo e Tim, CSN e Gerdau, Cyrela e Gafisa, Lojas Marisa e Renner, Copel e Cemig, Suzano e Klabin, Estacio e Kroton etc)
  2. Empresas deverão ter capital aberto no Brasil

As empresas selecionadas foram a JBS S.A. (JBSS3) e Minerva Foods (BEEF3), ambas listadas na B3 e atuantes no segmento agropecuário, indústria de alimentos (segmentação oficial na B3: Consumo não Cíclico / Alimentos Processados / Carnes e Derivados)

  1. Análise do relatório de administração:

  1. EBITDA: houve ajuste ao EBITDA “puro”? Se sim, houve explicação ou conciliação entre o EBITDA ajustado e o EBITDA “puro” como determina a CVM?

Em ambas demonstrações verificamos o ajuste do EBITDA “puro”, devidamente apresentados nos relatórios financeiros e com a devida conciliação entre o EBITDA ajustado e o puro, conforme demonstramos nas figuras abaixo:

[pic 1]

EBITDA Ajustado – JBSS3

[pic 2]

EBITDA Ajustado – BEEF3

  1. Quais os indicadores mais divulgados pela administração? Quais indicadores não financeiros  ou não derivados das DF’s (market share, por exemplo) divulgados pela administração?

Tanto na JBS quanto na Minerva, os indicadores mais divulgados pela administração são referentes ao “grupo” de lucratividade e margem, como margem bruta, margem líquida, % do CMV (custo das mercadorias vendidas), margem EBITDA e lucro por ação. Este último, em especial, merecendo grande destaque em decorrência da relevância para os atuais e potenciais acionistas. No que tange aos indicadores não financeiros, merecem destaque aqueles relacionados à performance e evolução das vendas como por exemplo a participação de mercado, participação de cada um dos segmentos de negócios e das unidades no total da receita líquida, proporção das vendas segmentadas por mercado interno e externo, entre outros. Em especial, a segregação da apresentação dos resultados em mercado interno e externo é de extrema importância para o segmento da JBS e Minerva, pois se trata de empresas com perfil exportador. Ainda nesse sentido, dados do faturamento representados em moeda estrangeira, bem como os efeitos do câmbio na performance do exercício são devidamente divulgados.

Por fim, são relevantes a divulgação dos indicadores econômico-financeiro doméstico e internacional, principalmente aqueles que afetam os mercados consumidores da carne brasileira, como o mercado Chinês, Norte-Americano e Europeu.

  1. Análise de notas explicativas:
  1. Nota de contas a receber: foi divulgado o aging list? Situação de inadimplência dos clientes: como está? PDD parece suficiente no seu ponto de vista?

Em ambas as companhias verificamos a divulgação do aging list do contas a receber, conforme apresentado nos quadros abaixo:

[pic 3]

Aging do Contas a Receber – JBSS3

[pic 4]

Aging do Contas a Receber – BEEF3

No que se refere à inadimplência dos clientes, ao compilarmos as informações dos relatórios financeiros, verificamos uma performance bem diferente entre as duas empresas. A carteira de clientes vencidas na JBS representa cerca de 17% do total de contas a receber nos dois exercícios analisados ao passo que na Minerva esse percentual é de aproximadamente 30%.

[pic 5]

% de vencidas sobre o total dos recebíveis, JBSS3 e BEEF3

Contudo, ao analisarmos o percentual da provisão para créditos de liquidação duvidosa constituída para cada uma das empresas verificamos uma posição mais conservadora para a JBSS3 (pouco mais de 3% da carteira provisionada) em relação à Minerva (menos de 2% da carteira provisionada), apesar desta última contar com uma taxa de inadimplência real maior. Podemos sugerir, dessa forma, que no caso da Minerva a PCLD poderia ser maior.

[pic 6]

% da PCLD sobre o total dos recebíveis, JBSS3 e BEEF3

  1. Nota de estoques: provisão para perdas foi feita? Qual a natureza da provisão para perdas que foi efetuada?

Apesar de ambas as empresas divulgarem a nota de estoques, somente a JBS divulgou a provisão para perdas por obsolescência. Muito provavelmente a Minerva constitui a provisão para perdas, contudo a natureza e o montante não foram apresentados nos relatórios financeiros.

[pic 7]

Nota de estoques – JBSS3

[pic 8] 

Nota de estoques – BEEF3

  1. Houve divulgação de análise de sensibilidade para câmbio e juros?

Sim. Em ambas as empresas as exportações são parte relevante dos resultados. Não obstante, instrumentos derivativos e de hedge (proteção) são comuns em segmentos e, que as empresas atuam. Dessa forma, a companhia apresenta as análises de sensibilidade tanto da variação cambial quanto de juros das operações expostas, em linha com as deliberações da CVM e melhores práticas do mercado. Evidenciamos abaixo os quadros que demonstração as análises da variação cambial:

[pic 9]

Variação cambial – análise de sensibilidade – JBSS3

[pic 10]

Variação cambial – análise de sensibilidade – BEEF3

  1. Busque nas notas explicativas como e quando as empresas registram as vendas.

A Receita Líquida é demonstrada na nota 25 no caso da JBS. Na referida nota, “A receita é reconhecida quando os riscos e benefícios do produto são transferidos para o cliente, no local de expedição ou na entrega dos produtos”, não restando dúvidas quanto aos critérios de reconhecimento das vendas. No caso da Minerva, apesar da nota que versa especificamente sobre a receita de vendas não discorrer sobre os critérios de reconhecimento das receitas, a carta dos auditores traz algumas informações sobre os critérios e os riscos transferidos no critério de reconhecimento das vendas.

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