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Resenha sobre mudança organizacional

Por:   •  12/9/2017  •  Resenha  •  994 Palavras (4 Páginas)  •  1.087 Visualizações

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Resenha

BERGUE, Sandro Trescastro. Cultura e mudança organizacional  – 2. ed. reimp. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração/UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2012. 07-34 pp.

Nessa unidade, o autor Sandro Trescastro BERGUE apresenta uma introdução a disciplina Cultura e Mudança Organizacional, convidado os alunos a desvendarem as especificidades e a desenvolver novas perspectivas de análise e compreensão desse complexo fenômeno que observamos em todas as organizações,

o tempo todo. 

Ainda que possamos admitir que o ambiente em que operam os órgãos e entidades do setor público caracteriza-se por relativo grau de estabilidade, notadamente em face da natureza das atividades reservadas ao poder público, impõe-se considerarmos que as demandas da sociedade evoluem em termos quantitativos e qualitativos, o que faz incidir sobre o arranjo institucional do Estado uma tensão por mudança visando à sua

adaptação às novas contingências, pela via da inovação em diferentes níveis de intensidade.

Na primeira parte do livro-texto, intitulada “Cultura brasileira e organizacional”, o autor tem a intenção de levar os alunos a Conhecer e compreender os principais elementos da cultura brasileira que se projetam nas organizações públicas, indentificando os processos de transformação decorrentes da emergência de valores gerenciais na Administração Pública, ou seja, compreender as estratégias de interpretação da mudança: o formalismo e o jeito; e Conhecer o processo de resistência à mudança em seus pressupostos e aspectos positivos.

Nesta primeira parte, o autor nos mostra que organização pode ser percebida como resultante das interações entre dois elementos fundamentais: Indivíduo e Estrutura. Nesta relação – indivíduo e estrutura – em que o primeiro é limitado pelo segundo, temos ênfase em um dos aspectos essenciais que o conceito de organização encerra – o controle.

Além das perspectivas racional (mecanicista) e interpretacionista, as quais convergem no que diz respeito ao tratamento dispensado aos conceitos de organização e de ambiente como categorias distintas, a abordagem institucional oferece outra visão analítica do fenômeno.

Sob a perspectiva simbólico-interpretativa tem-se como pressuposto que culturas são realidades socialmente construídas, e, nesses termos, subsistem tão somente “[...] enquanto seus membros as consideram como existentes e agem de acordo.” (HATCH, 1997, p. 218).

A organização pode ser compreendida com base em distintos olhares e dimensões de análise, abordando elementos em diferentes posições no continuum entre objetividade e subjetividade, e nesse contexto compreender não somente a introdução de elementos gerenciais inovadores – programas de governo, políticas, conceitos etc. –, como a aderência desse conteúdo à lógica particular da organização.

Na parte em que o autor fala de Organização e Cultura, ele diz que As organizações não são “apenas” o resultado de um sistema de regras e de atividades racionalmente ordenadas, nem tampouco apenas o produto das relações de interdependência ambiental externa (ainda que essas características sejam de extrema relevância para a análise organizacional). Logo, é impossível falarmos de organização sem falarmos de culutra.

Já na parte em que discute a resistência à mudança, para o autor, ela precisa ser compreendida a partir de um sistema de resultados. Para tanto precisamos compreender que as pessoas, em geral, são capazes de, diante de uma mudança iminente ou potencial, efetuar uma avaliação que resulte em um quantum de perda pessoal em relação ao espaço e patrimônio pessoal que já foi conquistado. Além de uma expectativa de perda futura frente ao que uma trajetória projetada reserva em termos de ganhos previstos de qualquer ordem.

Outra dimensão de perda a ser considerada pelas pessoas como ensejadoras de ações de resistência aos processos de mudança são os riscos de afetação das condições que conferem estabilidade (segurança) às pessoas em relação aos processos e ambiente de trabalho.

A complexidade associada ao fenômeno da mudança organizacional admite, ainda, que tomemos a resistência a partir de uma perspectiva mais crítica, ou seja, que se oponha uma atitude reflexiva aos pressupostos recorrentes sobre a resistência à mudança.

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