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Responsabilidade sócio ambiental nas organizações :uma vantagem competitiva

Por:   •  10/5/2015  •  Artigo  •  4.826 Palavras (20 Páginas)  •  246 Visualizações

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PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR  GRUPO

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PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR GRUPO

RESPONSABILIDADE SOCIO-AMBIENTAL NAS ORGANIZAÇÕES: UMA VANTAGEM COMPETITIVA.

RESUMO

Os problemas enfrentados pelo país, principalmente os de ordem social e ambiental, vêm chamando a atenção das empresas para esses assuntos tão atuais. A iniciativa das organizações privadas, com ou sem a parceria do Estado para a criação de projetos socioambientais que visem a melhoria da qualidade de vida da população, através da diminuição da desigualdade social e do impacto ambiental, remete ao tema de destaque deste estudo. O objetivo do presente artigo é apresentar a responsabilidade socioambiental como uma competência a ser incorporada pelas organizações, destinada à promoção da sustentabilidade organizacional, bem como ao desenvolvimento local sustentável. Os estudos demonstraram a existência de uma crescente preocupação organizacional com os aspectos que vão além dos limites das empresas, passando pelos aspectos morais e chegando ao relacionamento com as partes interessadas nos negócios da organização – os chamados stakeholders. Os resultados permitem relacionar a adoção de atitudes organizacionais socioambientalmente responsáveis com o desenvolvimento sustentável, mas principalmente possibilitam perceber o desenvolvimento de uma competência organizacional voltada ao relacionamento da empresa com o ambiente onde ela está inserida.

Palavras-chave: responsabilidade socioambiental, stakeholders, desenvolvimento sustentável.

ABSTRACT

The problems facing the country, especially the social and environmental factors, have been calling attention to these companies as current affairs. The initiative of private organizations, with or without the partnership of the state for the creation of environmental projects aimed at improving the quality of life of the population by reducing social inequality and environmental impact refers to the major subject of this study. The aim of this paper is to present environmental responsibility as a competence to be incorporated by organizations aimed at promoting organizational sustainability, and sustainable local development. The studies demonstrated the existence of a growing concern with the organizational aspects that go beyond the boundaries of firms , through the moral aspects and reaching the relationship with stakeholders in the organization's business - the so-called stakeholders . The results enable us to relate to adopt socially and environmentally responsible organizational attitudes to sustainable development , but mainly allow to realize the development of an organizational competency focused on the company's relationship with the environment where it operates.

Keywords : environmental responsibility , stakeholders , sustainable development

INTRODUÇÃO

Uma sociedade baseia-se nas organizações nela instaladas para, com elas, criar um ambiente de mútua cooperação.  As organizações não são entidades isoladas. Elas são a face dinâmica do desenvolvimento e devem satisfação dos seus atos a todos os integrantes do seu rol de partes interessadas. As ações voltadas à sustentabilidade da organização devem considerar os efeitos da sua atuação em todo o ciclo produtivo e em todos aqueles que, de alguma forma, possam ser afetados pelo desenvolvimento de novas técnicas ou novos métodos criados pela organização em suas atividades.

A evolução da vida em sociedade trouxe alterações cruciais na relação entre o homem e natureza. A lógica de acumulação de excedentes de recursos naturais como forma de estratificação social e alcance de riqueza e poder, gerou uma ruptura nesta relação. Um pensar caracterizado pela dominação e controle sobre a natureza, agravado pela ascensão do racionalismo científico e do capitalismo econômico, tem sido dominante, sobretudo a partir da Revolução Industrial (século XVIII). Nos fins do século XX, a expansão industrial e comercial suscitou questionamentos sobre os impactos nos aspectos de viver do homem. Desta forma, cresceu a preocupação pública e empresarial com respeito à Responsabilidade socioambiental. O enfoque não foi apenas para a maximização do lucro empresarial, mas para as responsabilidades e os comportamentos éticos e transparentes face às exigências da sociedade e do meio ambiente (CARROLL, 1991)

No Brasil, a gravidade dos problemas sociais e ambientais e a emergência de alternativas para o enfrentamento dessa realidade trazem à tona a discussão sobre a responsabilidade socioambiental das organizações. O tema vem obtendo um considerável destaque no meio corporativo e na mídia como um todo. Independente de sua vertente, o mais importante é que as pessoas, a sociedade e, principalmente, as organizações, estão voltando a atenção para a realidade do país e percebendo que todos devem responder, em maior ou em menor grau, pela tentativa de melhoria de sua comunidade, de seu entorno, do meio ambiente, enfim, de tudo que as cerca.

Nessa perspectiva, através de uma Revisão Bibliográfica, o presente artigo, tem por objetivo definir Responsabilidade Socioambiental; bem como demonstrar as ações e as vantagens para as organizações ao adotar tal postura como forma de gerir o seu negócio.

1.CONCEITO DE RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL

O tema Responsabilidade socioambiental tem sido muito falado e discutido. Entretanto, esse não é um tema muito recente. Desde a era da sociedade industrial já se falava em responsabilidade social apesar de, naquela época, o conceito ser bastante simples, já que se resumia à geração de lucros e empregos para a sociedade. O meio ambiente e o desenvolvimento humano não eram questões relevantes. As ações sociais deveriam ser exercidas pelo Estado enquanto as empresas deveriam perseguir a maximização dos lucros, a geração de empregos e o pagamento de impostos ao Governo. (TENORIO, 1997)

De acordo com o pensamento de Friedman, os gestores das empresas não possuíam condições de determinar as urgências dos problemas sociais e nem a quantidade de recursos que deveriam ser empregados na solução de tais questões assim, as empresas deveriam produzir com eficiência bens e serviços e deixar a solução das questões sociais para os órgãos governamentais competentes. (STONER & FREEMAN, 1999)

Nessa mesma época, acreditava-se que os recursos naturais seriam infinitos, não oferecendo restrições a produção, e de que o livre mercado seria capaz de maximizar o bem estar social. Dessa forma, a variável meio ambiente não era incorporada aos modelos econômicos da época. (TACHIZAWA, 2004)

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