Balneário de Águas da Prata
Por: Camilla Mendes Ruffo • 22/10/2015 • Relatório de pesquisa • 423 Palavras (2 Páginas) • 178 Visualizações
O balneário de Águas da Prata (SP), que foi um dos principais pontos turísticos da cidade durante 23 anos, está abandonado. Documentação e questionamentos sobre uso inadequado de verbas estaduais são alguns dos problemas que impedem novos investimentos no lugar. O Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias informou que o projeto de recuperação não foi aprovado, porque a Prefeitura não entregou toda documentação exigida por lei.
As lembranças da pensionista Marilu Pinheiro são bem diferentes da realidade atual do espaço. Quando morava em São Paulo sempre que vinha para a região fazia questão de passar o dia no Balneário Teotônio Vilela. “Era muito, um balneário lindo, tinha sauna seco sauna molhada, sala para descansar, massagistas boas, tinha tudo”, comentou.
O local, que foi atração entre os de 1975 e 1998, está fechado ao público. A estrutura física resistiu ao tempo, mas as instalações elétricas, hidráulicas, os locais onde eram feitos os banhos, saunas e salas para descanso estão em péssimo estado. As duas piscinas também estão abandonadas.
Obras
De acordo com o secretário de Gabinete, Luiz Augusto Dezena da Silva, entre os anos de 2000 e 2008 algumas obras foram feitas com R$ 1 milhão recebidos do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias, mas houve problemas com a Justiça.
“Um começou pela piscina. Com o balneário fechado, ela não teve funcionalidade, porque não tinha como receber ninguém para banho, já que os vestiários estavam todos quebrados. Então resolveram impermeabilizar todo o local porque tinha muita goteira, mas também não foi bem aceito. Com isso, o estado pediu a devolução do dinheiro todo ao município”, explicou Silva.
Segundo a Prefeitura, outro problema que também impede a reforma do balneário ocorreu quando o governo do estado repassou o prédio para o município em 1997 e não transferiu a escritura. Por isso, nenhum investimento pode ser feito enquanto faltar documentação e as pendências com a Justiça não forem resolvidas. “Sem a escritura a gente não consegue fazer nada. Não consegue fazer parcerias com uma entidade privada, sem fins lucrativos ou qualquer coisa do tipo. Precisamos da escritura para dar andamento no balneário”, comentou o secretário.
Revitalização
Assim que tudo estiver resolvido, a ideia é fazer parcerias para revitalizar o espaço. A Prefeitura estima que sejam necessários quase R$ 10 milhões. A reabertura poderia transformar o turismo na cidade. “A gente poderia usar a sauna e outras atividades que ajudariam a gente que mora em uma cidade pequena e não tem dinheiro para sair para fora. Como estamos aqui para nós seria muito bom”, contou o auxiliar de serviços gerais Hamilton da Silva.
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