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O. Desenho Ambiental: Uma Introdução à Arquitetura da Paisagem Com o Paradigma Ecológico

Por:   •  15/8/2021  •  Resenha  •  1.089 Palavras (5 Páginas)  •  281 Visualizações

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No livro a arquiteta Maria de Assunção Ribeiro Franco discorre sobre o paradigma holístico na

Arquitetura de paisagens, trazendo à tona conceitos como sistemologia, ecologia, geobotânica e

Ecossistema. Nos primeiros capítulos a autora contextualiza os leitores sobre o surgimento do

paisagismo e apresenta a evolução dos pensamentos conforme as épocas.

Observa-se que até o século XIX existia uma dualidade no paisagismo, as pessoas acreditavam

numa separação entre a natureza e a cidade em si. Nessa mesma época surgiu um movimento

chamado park movement que propagava que o homem faz parte da natureza. A partir disto

originaram-se diversos parques, inclusive no Brasil. Deste movimento foram derivados diversos

projetos como por exemplo a Cidade-Jardim de Ebenezer Howard. Depois, no período pós

modernista perde-se essa ideia dualista e manifesta-se a unificação da cidade com a natureza, não

havendo mais a dissociação dos meios.

A partir do quarto capítulo a autora disserta sobre a capacidade dos ecossistemas de criar e

sustentar uma ordem interna, uma baixa entropia. Além disso fala sobre as consequências das ações

do homem no meio ambiente, e até mesmo sobre a agronomia, que se opõe a dinâmica natural da

natureza. As monoculturas por exemplo diminuem o número de espécies vegetais da zona e logo

diminuindo as espécies animais. Menciona que países como Índia, EUA e Japão decuplicaram o uso

de fertilizantes, pesticidas e energia em 1967 para ter sua produção duplicada. Então aborda sobre

a teoria dos ecossistemas aplicada a agronomia sugerindo uma estratégia global de resolução dessas

questões.

Além disso traz como tema no quarto capítulo a “hipótese Gaia”, o novo paradigma holístico

que descreve o ser como somente uma célula dentro do planeta (Gaia). Acreditando que gaia cria,

mantém e altera seu ambiente. Ou seja, o homem é uma parte de um todo. Por sua vez, a autora

distingue a metodologia dos cientistas do início do século XX para os cientistas atuais, método

reducionista onde procuram observar e analisar somente um elemento e o método holístico análise

sistêmica, que observa o todo.

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E ainda relata que atualmente os ecólogos são “antiprodutivistas” e condenam o vício de

crescimento econômico a qualquer preço. Defendem o modo do ser e não do ter e a aliança entre

os seres humanos e a natureza.

A arquiteta cita que inspirado na teoria dos ecossistemas surge em 1990 uma teoria

transdisciplinar conhecida como “qualidade total” que começa a ser aplicada em diversos sistemas

organizacionais de vários segmentos, em empresas de todos os tipos até multinacionais.

Explicitando que atualmente nos EUA e Japão nota-se uma tendência que chamamos de

“Arquitetura Total” tal qual busca a integralização das disciplinas, desde desenho urbano até

desenho arquitetônico e paisagístico. Sugere a leitura e a cooperatividade do todo. O que traz a

visão ecossistêmica e a hipótese Gaia para a arquitetura.

A partir do quinto capítulo ela cita que em 1980 foi criada a lei Nacional do meio ambiente.

Essa foi uma época em que se sobressaiam três questões: desperta na sociedade o pensamento

sobre os impactos ambientais; há uma abertura política e é exigida pelos outros países a variável

ambiental. Em destarte foram criadas inúmeras leis para proteger o espaço ambiental.

Logo em 1990 surgem as 19 áreas de proteção ambiental (APAs) o que difere as APAs das

demais áreas de preservação ambiental é o fato de que nas APAs seriam testadas formas de

desenvolvimento socioeconômico tendo a vista o equilíbrio com o meio ambiente. A autora

participa da coordenação da equipe que elaborou o zoneamento ambiental de uma dessas APAs,

sendo ela a APA do bairro da Usina, que foi chamada pelo grupo de APA de Atibaia. Nesse território

foram elaboradas uma série de análises detalhadas como: geologia, relevo, hipsometria, declive

para uso agrícola e pedologia que resultaram numa carta de análise integrada denominada

“Capacidade de uso da terra”. Cruzando a Análise de Capacidade de uso da terra com os dados sobre

vegetação e recursos paisagísticos é determinado o “Diagnósticos físico ambiental” e com a leitura

do sistema

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