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Patrimônio Histórico em Nova Petrópolis

Por:   •  13/4/2015  •  Artigo  •  420 Palavras (2 Páginas)  •  451 Visualizações

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Nova Petrópolis e seu Patrimônio Histórico

Nova Petrópolis, Município de colonização alemã, tem entre os registros de sua origem a língua alemã, ainda falada por muitas famílias, a gastronomia, diversos hábitos culturais, principalmente em datas festivas religiosas – Kerb, Páscoa, Natal. Não é à toa que o visitante se encanta com a cidade e seu interior. A mistura entre o antigo, tradicional e o novo, atual, existe na nossa cultura. A língua já não é mais puramente o dialeto da origem, assim como nossos pratos já incluíram elementos novos.

Então, por que nossa arquitetura não pode fazer também esta atualização? Temos construções históricas lindas, desde antigos armazéns e salões de baile e igrejas, até casas simples de colonos, agricultores. Sim, simples, pois quem veio ao Brasil era assim, simples. Eram os Bauer (agricultor), Schneider (alfaiate), Schumann (sapateiro), Schmitt, Schmidt, Schmied (ferreiro), Ackermann (homem do campo), Zimmermann (carpinteiro). Eram famílias de origem simples, com profissões aprendidas de mestres.

Ser simples, ter origem simples, não deve ser desmerecido de forma alguma. São profissões honradas e extremamente necessárias à formação de uma comunidade. Comunidade que somos hoje, em diversos núcleos espalhados pelo Município.

As construções são reflexo da nossa cultura. As casas antigas, mesmo que pareçam simples, às vezes pequenas, não podem ser deixadas de lado. São a nossa história. São elas que testemunham onde e como as primeiras famílias viveram. Isoladas, no meio do mato ou em núcleos, ao longo de vias. São estas casas e armazéns que contam nossa história. Ali, onde estão. Por isso devem ser preservadas.

No momento que “copiamos” esta arquitetura, estamos tentando nos remeter à nossa origem. Porém, o que vale “copiar”, se aquilo que é verdadeiro é desvalorizado, deixado de lado? O que é antigo tem seu valor por ser antigo e carregar a história nas paredes, no jardim, nos estábulos, em todo aquele entorno. O novo deve ser novo. Com cara de novo. Não de antigo. No momento que copiamos o enxaimel e o reproduzimos, estamos desvalorizando o que temos de construções verdadeiras e históricas. Portanto, devemos aceitar, também na arquitetura, a atualização – assim como aconteceu com a língua e a gastronomia. Vamos trazer elementos da nossa cultura para as construções novas, sim – telhados mais inclinados, com telhas cerâmicas e beirais, detalhes decorativos de madeira, bases de pedra. Mas não copiar o enxaimel, que não é estilo, e sim, técnica construtiva.

Copiando, corremos o risco de perder o que temos de mais original – a nossa simplicidade e a nossa história.

Karin H. Brakemeier – arquiteta e urbanista.

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