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Saber Ver a Arquitetura

Por:   •  7/6/2016  •  Dissertação  •  2.228 Palavras (9 Páginas)  •  1.254 Visualizações

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SABER VER A ARQUITETURA Capítulo Segundo: O espaço, protagonista da arquitetura • Falta de habituación para compreender o espaço e inexistência de um método coerente para o estudo espacial dos edifícios ð ausência de uma história aceitável da arquitetura • Caráter primordial da arquitetura = criação de espaços, que só podem ser compreendidos por experiência direta, e não por projeções diédricas, meras representações das medidas que definem o espaço para poder ser executadas pelo construtor. • Nossa inadecuación para compreender o espaço radica no uso deste método. • Para iniciar no estudo da arquitetura há que compreender a beleza de uma planta, o equilíbrio das frentes, a proporção do volume e como, mesmo assim, o edifício pode ser arquitectónicamente pobre. • Saber ver o espaço é o início do entendimento dos edifícios e o elemento principal da crítica arquitetônica. • Mas, como representar o espaço? ð No século XV descobre-se a perspetiva, o que parece poder representar as dimensões da arquitetura. No final do XIX a fotografia suplanta aos desenhos, e a princípios do XX descobre-se a quarta dimensão, plasmada em toda obra cubista e consistente em representar no mesmo objeto seus diferentes pontos de vista. • No entanto, uma dimensão comum a todas as artes não é caraterística de nenhuma. Isso implica que em arquitetura a quarta dimensão se gere quando o homem se move no edifício e o estuda desde diferentes pontos de vista. • Segundo isto, podem surgir dois enganos: • A experiência espacial da arquitetura só se tem no interior dos edifícios ð não tem valor o espaço urbanístico. CORREÇÃO: A experiência espacial prolonga-se nas ruas, praças… Todo espaço urbanístico está caraterizado pelos mesmos elementos que distinguem o espaço arquitetônico • A interpretação espacial de um edifício é suficiente como elemento crítico de uma obra de arquitetura. CORREÇÃO: O espaço interno é a essência da Arquitetura, mas não basta para a definir, pois em todo edifício existe pluralidade de valores (econômicos, técnicos…) • O movimento moderno, em sua tentativa de levar a arquitetura a seu próprio campo, desterrou a decoração. Mas a ausência de decoração não pode ser um ponto do programa de nenhuma arquitetura. • CONCLUSÃO: Embora na Arquitetura podemos encontrar contribuições do resto de artes, o espaço interno é o que nos dá julgamento sobre um edifício, é o protagonista da Arquitetura e a cena na que se desenvolve nossa vida. Capítulo terceiro: A representação do espaço • Os métodos mais difundidos para a representação dos edifícios são • Plantas • Frentes e seções • Fotografias • As plantas • São uma coisa abstrata, mas o único médio para julgar o organismo inteiro de uma obra arquitetônica • De uma mesma obra, podemos realizar várias planta a fim de que a cada uma delas repare as carências das demais quanto à representação do espaço se refere • Com o estudo de todas elas poderemos chegar a compreender o espaço. • No exemplo de San Pedro de Roma vemos 9 plantas • Demasiado minuciosa para um primeiro julgamento espacial crítico onde o que importa não são as pequenas variações de contorno. • É uma simplificação interpretativa da figura 1. • Seguem-se destacando os muros, como na figura 2, o enquadramento do espaço, mas não o espaço em si. • Dá a espacialidad interna a nível do espetador, mas não distingue as diferentes alturas. Ademais, representa como espaço interior o correspondente ao pórtico, quando ambos não podem ser vividos simultaneamente. • Acontece igual que na figura 4 • Introduz a melhoria da representação das projeções da estrutura superior, mas continua com os defeitos das figuras 2 e 3. • Põe de relevância a forma em cruz da planta • Sublinha a prevalencia da cúpula central • Dá maior valor às quatro cúpulas. • As fachadas • Acha-se muito difundido o método gráfico linear, mas este é abstrato, antiarquitectónico ð representa um objeto de três dimensões com simples linhas, sem diferenciar texturas nem cheios ou vazios, sem separar o objeto arquitetônico do espaço circundante. • Apesar de representar todo isso, há ocasiões nas que o efeito volumétrico só pode ser representado por uma maqueta mas, mesmo assim, não satisfaz plenamente pela escala, a qual qualifica todo produto de arquitetura. • As fotografias • Expressam bem os efeitos da caixa de muros • Mas o caráter primordial da arquitetura é o espaço interno vivido em um percurso, a fotografia, estática por natureza, não pode fazer exaustiva a representação de um edifício • Tem vantagens sobre a maqueta (ainda mais se contém uma figura humana) porque dá o sentido da escala • Mas não pode representar nunca o organismo inteiro de uma construção. • No entanto, um percurso cinematográfico por um edifício sim pode reviver uma grande parte da experiência espacial. • CONCLUSÃO: Todos os meios para representar o espaço se complementam entre si, mas nenhuma representação é suficiente: a melhor maneira de compreender o espaço é vivê-lo, por experiência direta. Capítulo quarto: As diversas idades do espaço • Uma história válida da arquitetura compreende todo o que influi na atividade da construção: • Fatores sociais: situação econômica do país e dos indivíduos, relacionamentos de classe, costumes… • Fatores intelectuais: o que é o indivíduo, suas aspirações… • Fatores técnicos: progresso das ciências e suas aplicações • O mundo figurativo e estético: o conjunto das concepções e interpretações da arte • Assim mesmo, deve compreender uma análise: • Urbanístico: história dos espaços externos em que se levanta o monumento • Arquitetônico: história da concepção espacial • Volumétrico: estudo da camada de muros que contém o espaço • Dos elementos decorativos: escultura e pintura aplicadas à arquitetura • Da escala: relacionamentos dimensionais com respeito ao parâmetro humano • A escala humana dos gregos: é a melhor qualidade da arquitetura grega; e o maior defeito é a ignorância do espaço interno, o templo grego não estava concebido para os fiéis #lhe • O espaço estático da antiga Roma: O espaço interno está presente de maneira grandiosa. Pluriformidaddo programa edilicio. • A diretriz humana do espaço cristão: é a mistura da escala humana dos gregos com a concepção de espaço interno romana • A aceleração direcional e a dilatación bizantinas: o tema basilical paleocristiano exalta-se no períodobizantino. • A interrupção bárbara dos ritmos: presságio da arquitetura românica que se aprecia no engrosamiento das paredes, o gosto pelo material tosco (cantos rodados, sillarejo…) • A métrica românica: concatenación de todos os elementos do edifício, métrica espacial, gradual e lenta concentração de empurre e das resistências, o adelgazamiento da alvenaria, o desaparecimento do atrio. • Contraste-os dimensionais e a continuidade espacial do gótico: o sistema de esqueleto aperfeiçoa-se em grande maneira no período gótico, a técnica dos arcos ojivales reduz empurre-os laterais; arbotantes econtrafuertes chegam a ser braços capazes de opor-se por si mesmos aos empurre. Aparecem os grandes vitrales historiados e as abóbadas guarda-chuvas. • As leis e as medidas do espaço do século XV: a arquitetura de lrenacimiento é uma reflexão matemática desenvolvida sobre a métrica românica e gótica. Busca-se uma ordem, uma lei, uma disciplina. O homem possui o segredo do edifício e dita suas leis • Volumetría e plástica do século XVI : desenvolve-se a aspiração central do XV, a visão do espaço absoluto em formas de uma plasticidas que agora alcaza sua máximi esplendor nas múltiplas variaiones temáticas do espaço simétrico. A articulação da planta (espacial, volumétrica e decorativa) já não é um claro exemplo de desenvolvimento da concepção arquitetônica, senão que agora o organiza tudo. Supremacíado volume e a plástica ao desaparecer as diretrizes lineares. • O movimento e a interpenetración no espaço barroco: o barroco é a libertação espacial e do estatismo em definitiva, dos preconceitos intelectuais e formais. Não é uma simples conquista espacial, senão uma afirmação de todo o que representa espaço, volumetría e elementos decorativos em ação. • O espaço urbanístico do século XIX: Neste século não contribuiu novas concepções quanto a espaço interno. No entanto, dado o fenômeno migratório para as cidades provocado pela revolução industrial, junto do desenvolvimento de novos meios de locomoção, a arquitetura vê-se obrigada a dar soluções urbanísticas construindo as cidades-jardim. Neste século propuseram-se as primeiras soluções à cidade moderna. • A "planta livre" e o espaço orgânico da idade moderna: O espaço moderno funda-se na planta livre ð as paredes podem ser emagrecido, curvar-se, mover-se livremente graças ao emprego do aço e do concreto armado. Agora os ambientes podem ser ligado ente sim. Capítulo quinto: As interpretações da arquitetura • QUE FAZEM RELACIONAMENTO Ao CONTEÚDO • Política: dependência da arquitetura aos acontecimentos políticos (por exemplo, o esplendor da arquitetura grega corresponde à época de vitórias militares) • Filosófico-religiosa: Por exemplo, sem a Reforma não teríamos as 52 igrejas de Wren. • Cientista: Paralelismo das matemáticas e a geometria com a arquitetura. Por exemplo, quando só se conhecia a perspetiva central existe uma grande insistência no eixo médio • Econômico- social: A arquitetura vai unida ao sistema econômico (a arquitetura medieval corresponde-se com uma economia agrícola camponesa. • Materialistas: A morfologia arquitetônica explica-se pela geografia e geologia do local da obra (não existe espaço interno no templo grego porque o clima permitia que as cerimônias se realizassem no exterior). • Utilitaria: todo edifício deve responder a seu objeto. • Técnica: As formas arquitetônicas estão determinadas pela técnica construtiva. Embora mais bem o processo é frequentemente o inverso: as formas repetem uma técnica já superada nos fatos • FISIO-PSICOLÓGICAS • Relacionamento estado de ânimo - estilo arquitetônico • Sensações que acordam as formas arquitetônicas: • A linha horizontal: o racional, o intelectual • A linha vertical: o infinito • A linha reta: decisão, rigidez, força • A linha curva: flexibilidade, valores decorativos. • A helicoidal: símbolo do ascender • O cubo: representa a integridade • O círculo: sentido do equilíbrio, do domínio • A esfera: representa a perfeição, a lei final. • A elipse: ao desenvolver-se em torno de dois centros não permite descansar ao olho. • A interpretação das formas geométricas: símbolo de dinamismo e movimento contínuo. • A interpretação antropomórfica: justifica as ordens por sua consonancia com o corpo humano • A INTERPRETAÇÃO FORMALISTA • Princípios aos que deve responder a composição arquitetônica: • A unidade: toda composição deve ter tanto em planta como em alçado um caráter de ligazón entre todas suas partes • A simetria: é o equilíbrio nos edifícios de caráter axial • Equilíbrio ou balanço: simetria na arquitetura sem eixos • Ênfase: centro de interesse visual • Contraste: a unidade é a síntese de elementos contrários e não a igualdade de todos os elementos • Proporção: relacionamentos das partes entre si e com o conjunto do edifício • Escala: relacionamento entre as dimensões de um edifício e as do ser humano • Expressão ou caráter: personalidade própria da cada faz de arquitetura • Verdade: adaptação aspeto-função mas sem exageros (um exagero seria dizer que uma igreja deve ser gótica porque esse é o estilo religioso) • Urbanidad: os edifícios devem integrar o âmbito urbano em harmonia mútua • Estilo: é a linguística do desenho • Faltam, mesmo assim, algumas palavras capazes de expressar a habitabilidad em seu sentido exaustivo (material, psicológico e espiritual) e o desenho como o relacionamento harmônico entre as partes que formam uma mesma coisa. • INTERPRETAÇÃO ESPACIAL • O valor original da arquitetura é o espaço interno, e todos os restantes elementos volumétricos, plásticos e decorativos têm valor no julgamento do edifício segundo a influência que exerçam no valor espacial, o qual está estreitamente unido aos vazios. • CONCLUSÕES: • A interpretação espacial não fecha o caminho às demais, pois nela influem todas as restantes • No espaço de arquitetura materializam-se o conteúdo social, psicológico e os valores formais Capítulo sexto: Para uma história moderna da arquitetura • Uma história moderna da arquitetura deve: • Ler nas obras do passado com os olhos dos artistas vivos • Abrir o caminho à arquitetura moderna e à dos séculos passados • Desterrar os preconceitos de base cultural ou arqueológica, pois provocam dê-educação do gosto estético. • Preparar o desfrute estético das obras históricas e dos espaços arquitetônicos e urbanísticos de todos os dias • Uma história moderna da arquitetura tumbará os preconceitos que confinan à cultura arquitetônica ð adquiriremos sentido do espaço, vivo em um sentido humano como realidade para ser vivida. Capítulo primeiro: A ignorância da arquitetura • O público não se interessa pela arquitetura, também não os diários, e nem sequer existe boa propaganda para impedir que se realizem fealdades no campo da construção, como escândalos urbanísticos e arquitetônicos. • Existe também uma incapacidade por parte dos arquitetos, historiadores e críticos de arte para difundir o amor à arquitetura, pois isso requereria ver toda a arquitetura, o qual implica a visitar dada a impossibilidade de transporte • Uma cultura orgânica não pode empregar diferentes metros de julgamento para a arquitetura moderna e a tradicional ð um julgamento sobre arquitetura precisa critérios claros e idênticos a qualquer obra • Outro defeito típico do modo de tratar a arquitetura é julgá-la como se de pintura ou escultura se tratasse, como um puro fenômeno plástico ð se esquece de considerar o que é específico da arquitetura e que a define como tal: os vazios, o espaço. • Se queremos ensinar a Saber ver a arquitetura prescindimos de uma clareza de método com uma condição: que fique clara a essência da arquitetura. 

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