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A TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS

Por:   •  10/12/2020  •  Dissertação  •  1.833 Palavras (8 Páginas)  •  278 Visualizações

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NEXO DE CAUSALIDADE

1.        CONCEITO

Trata-se  da  ligação        (relação        de  causa  e  feito)        entre  a  conduta  e  o        resultado

naturalístico.

=> Existe em todo tipo de crime?

Apenas nos materiais.

  1. TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS (CONDITIO SINE QUA NON: SEM ANTECEDENTE, NÃO HÁ RESULTADO)

=> O que é?

  • Adotada pelo CP (Art. 13).

  • Causa é a ação ou a omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.

Todas as condutas anteriores sem as quais o resultado não teria ocorrido são equivalentes.

[pic 1]

PROCESSO HIPOTÉTICO DE ELIMINAÇÃO DE THYRÉN

Causa é todo antecedente que não pode ser suprimido in mente, sem afetar o resultado.

2.1. Limites ao regresso ad infinitum ou complemento à teoria conditio sine qua non

  1. Análise do dolo ou da culpa

  • Sem elemento subjetivo não há que se falar em responsabilidade.

=> O nexo causal é puramente naturalístico? 1° - Sim

  • O nexo causal é limitado a dados físicos;

  • O elemento subjetivo será analisado na tipicidade.

2° - Não

  • Não há nexo causal, pois deve haver relação subjetiva além da relação causal.

B) Teoria da Imputação Objetiva

2.2. Crítica à teoria da conditio sine qua non

  • A principal crítica feita diz respeito ao regresso ad infinitum.

2.3. Espécies de causas

2.3.1. Causas absolutamente independentes (rompem o nexo causal)

=> O que são?

São aquelas causas (independentes) que causariam o resultado naturalístico independentemente da conduta praticada pelo agente.

  • Segundo Masson, constituem a chamada “causalidade antecipadora”, pois rompem o nexo causal.

=> ESPÉCIES - ABSOLUTAMENTE

  1. Causa preexistente absolutamente independente

  • A causa que produz o resultado existia antes da conduta do agente.

Ex.: Encontro meu desafeto na rua; dou-lhe um tiro. Laudo pericial constata que a morte ocorreu em razão de veneno outrora ingerido.

  1. Causa concomitante absolutamente independente

  • É aquela que ocorre numa relação de simultaneidade com a conduta do agente.

[pic 2]

Ex.: Encontro meu desafeto na rua; dou-lhe uma facada; Vitor chega, sem me perceber, e lhe dá um tiro na cabeça.

  1. Causa superveniente absolutamente independente

  • É posterior à conduta praticada pelo agente.

Ex.: Dou ao meu desafeto dose letal de veneno sem ele perceber; Vitor chega e lhe dá um tiro fatal.

[pic 3]

CONSEQUÊNCIA

[pic 4]

Respondo        pelos        atos        praticados,        observando-se        o        dolo        para        evitar        uma

responsabilidade penal objetiva.

Ex.: Vou para matar; o nexo causal é rompido. Responderei por tentativa de

homicídio.

2.3.1. Causas relativamente independentes

=> O que são?

Duas causas interligadas que produzem o resultado.

=> ESPÉCIES - RELATIVAMENTE

A) Causa preexistente relativamente independente

Há a conjugação de uma causa preexistente à conduta do agente com uma conduta, causando o resultado.

Ex.: Hemofilia.

[pic 5]

HEMOFILIA

  • Dolo de matar + consciência da hemofilia: homicídio doloso.

  • Dolo de lesionar + consciência da hemofilia: lesão corporal seguida de morte (se assumiu o risco de produzir o resultado, é dolo eventual de homicídio).
  • Dolo de lesionar + desconhece a hemofilia: lesão corporal simples (caso não tenha entrado na esfera de previsibilidade).
  • Dolo de matar + desconhece a hemofilia: tentativa de homicídio (evitar a resp. objetiva)
  1. Causa concomitante relativamente independente

Duas causas ocasionam o resultado ao mesmo tempo.

Ex.: Joaquim desfecha um tiro em Magno no exato instante em que este está sofrendo um colapso cardíaco, provando-se que a lesão contribuiu para a eclosão do êxito letal.

=> Qual a responsabilidade?

Responde pela consumação (resultado naturalístico), pois não rompeu o nexo causal.

  1. Causa superveniente que NÃO causa, POR SI SÓ, o resultado

CAUSA 1 + CAUSA SUPERVENIENTE: RESULTADO

Ex.: Tício atira em Barney para matar; Barney é alvejado, momento em que alguém impede A de prosseguir. Barney é levado a um hospital, lá contraindo infecção hospitalar, vindo a morrer.

[pic 6]

RESPONSABILIDADE

O agente responderá pela consumação, pois, entende parcela considerável da doutrina, que não há rompimento do nexo causal nesse caso.

...

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