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Reflexões de Thompson Expressos na Obra “Costumes em comum”

Por:   •  14/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.527 Palavras (7 Páginas)  •  179 Visualizações

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  1. Com base na reflexões de Thompson expressos na obra “Costumes em comum” identifique  e correlacione tempo, revolução industrial e cultura.

A ideia de correlacionar tempo, revolução industrial e cultura,  são relações expressas em costumes do comum de forma conflituosa, passada dentro do contexto da emergencia das mudanças sociais, Thompson analisa a perspetiva da revolução industrial a partir do operario e suas mudanças  sofridas ao longo do processo, além da mudança de artesão para operario, todo a forma como o individuo vivia, trabalhava e socializava foi alterada. Com a alteração do processo da venda do trabalho e novas vivências, thompson entende que tais mudanças do homem definem sua classe enquanto vivem sua história, e esta é, portanto, uma formação tanto cultural como econômica, que surge por processos e transformações históricas e espaciais distintas, sendo a classe a percursora do seu próprio fazer-se, sendo os limites e condições processo também pertencente a ela, seja em atos de resistência ou interesse por direitos, porém sempre se formando como classe ativa e não passiva da história, para Thompson não se deve colocar a história do operário como fruto de algo externo a eles, como se fosse realizada hierarquicamente e o operário ser fruto final desta cadeia, para ele contradizendo toda essa corrente, a história do operário vem antes mesmo das primeiras industrias, fruto de luta e organização que sempre permeou as classes do trabalho, seja artesã ou operaria, tal perspectiva dá papel ativo ao trabalhador, sendo antagônico a lógica de ofuscamento produzida a favor dos vencedores.

Por este ponto citado anteriormente, nota-se que a classe operaria é ativa e consciente e por isso mesmo, transformadora de seu meio por si, como sujeito social ativo e por isso de forma não linear e homogênea, criando a consciência por sua experiência de chão de fábrica.

A cultura é fruto dessa ebulição não homogênea, pois quando os papeis ativos estão por si gerindo a sensibilidade do saber operário, a característica da classe sobrepõe estas relações e temos uma nova formação. Advinda do campo tal cultura foi de certa forma reformulada para a cidade, alterando valores e percepções, não foi apagada, apenas realinhada dentro das dialéticas de classe e consciência fabril. Thompson irá abordar de início apercepção e medição de tempo, colocando o galo como relógio natural e fruto do primitivo para o campo, que seria baseado no trabalho braçal entre a luz do dia demarcando a hora de atividades, com o advento do relógio o controle do tempo foi alterado e com ele seu objeto de valor e produção, sendo depreciado os tempos ociosos e obtendo assim maior controle e disciplina sobre o trabalhador e seu sistema fugindo do artesão do campo, que não tinha vigilância e com tempo distinto, além de diferente dias para trabalho e o trabalho em domicilio, algo também alterado para os costumes fabris.Com a implantação do sistema de fábricas, no qual o trabalhador passa a ter que ir para o trabalho e não mais fazê-lo em casa, as mudanças surgem, na fábrica todo o trabalho é supervisionado por um superior que impõe a disciplina para uma maior produção, mas segundo Thompson, trazendo alguns exemplos ele afirma que em lugares onde esse costume estava muito arraigado as próprias fábricas se rendiam a ele dispensando os funcionários da segunda-feira é interessante notarmos aí uma possível resistência dos trabalhadores em abandonar esse costume, esta tradição, assim como os camponeses lutaram por seus costumes também os trabalhadores urbanos o fizeram, inclusive com a luta pela diminuição das jornadas de trabalho.

Ao realizar essa analise cultural, é necessário se adentrar em costumes e cotidianos dos operários, como forma de entender os valores, patriarcais e folclóricos em tais analises se encontra o senso de identidade e autonomia pertencente, fruto da disputa e conflito entre os segmentos sociais.

  1. Caracterize e correlacione secularização e racionalismo no contexto do iluminismo. Qual o papel da educação no contexto da difusão das “luzes”?

O termo secularização é uma referência a quebra e abandono dos princípios culturais anteriormente baseado na religiosidade, é diretamente tratado ao novo modo de vida surgido, no qual os hábitos ligados a religião não estão mais estruturados de forma tão arraigada no cotidiano, sendo essa a separação dos âmbitos culturais entre a crença e a estrutura social, como política, direito e monetização. Esse processo se passa no cerne em que o sujeito moderno rompe com costumes e crenças baseadas em tradições herdadas ou aprendidas que se apoiam nos pilares fixos das religiões, esse processo de secularização acaba sendo a construção do moderno, com a queda dos estados fundamentados na igreja e sendo a construção das novas instituições sociais modernas. Foi com os movimentos de ruptura que a educação começou a direcionar-se para o desenvolvimento da razão e em oposição ao pensamento religioso, principalmente com base no conceito de racionalidade científica. Desta forma a secularização alicerceou a razão iluminista, sendo esta construção entre a ruptura com a religião e o fomento da reflexão do natural e cientifico o início do pensamento racionalista. A razão e o pensamento racionalista guiavam todos os desejos e as vontades iluministas. Os pensadores pautavam suas reflexões nas temáticas relacionadas à sociedade e ao mundo natural em que vivemos. A partir de então, começaram a pensar sobre as desigualdades sociais e a composição de elementos naturais, essa mudança é aplicada também na base política  como base para que vençam as suas ignorâncias e medos enraizados ao longo de uma formação educacional de outrora, essa nova proposta iluminista, visa a formação do indivíduo regida pelo contrato social, regras e leis, postas pelas relações entre pessoas e os estados Nacionais, como forma de quebra da educação apenas para a classe dominante, dentre as propostas do iluminismo, estava a democratização do conhecimento rudimentar a sociedade em si, com a consolidação do capitalismo essa reivindicação reformista se tornou importantíssima para o estado como base do amplo movimento cultural e filosófico que ocorreu na Europa moderna, instaurando como proposta pedagógica essa retomada da natureza humana e a autonomia racional do indivíduo. Deste modo, surgiram as propostas de reformas do ensino destinadas ao indivíduo e seus talentos em interesse ao bem comum, e como desenvolvimento da sociedade, dentro da difusão do iluminismo.

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