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As Correntes de pensamentos econômicos

Por:   •  2/6/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.279 Palavras (6 Páginas)  •  180 Visualizações

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Bruna Sales Dias Schazmann - Ciências Contábeis – 2015/1

Correntes de pensamentos econômicos

Fundada por François Quesnay, a fisiocracia (séc. XVIII) é uma doutrina econômica de ordem natural, isto é, de acordo com o pensamento fisiocrata as atividades econômicas não deveriam ser reguladas de modo excessivo e nem guiadas por forças “antinaturais”. Deveria- se conceder uma maior liberdade a essas atividades, afinal uma ordem imposta pela natureza governaria o mercado e tudo se acomodaria como tivesse que ser.                                                Na fisiocracia a base econômica é a produção agrícola, onde a sociedade estava dividida em três classes. A classe produtiva, que era formada pelos agricultores, garante a produção de meios de subsistência e matérias primas. Com o dinheiro obtido, ela paga suas dívidas e compra produtos da classe estéril – os industriais. No final, esse dinheiro volta à classe produtiva, pois as outras classes têm necessidade de comprar meios de subsistência – matérias primas. Dessa maneira, ao final, o dinheiro retorna ao seu ponto de partida, e o produto se dividiu entre todas as classes, de modo que assegurou o consumo de todos.                Para os fisiocratas, a classe dos lavradores era a classe produtiva, porque o trabalho agrícola era o único que produzia um excedente, isto é, produzia além das suas necessidades. Este excedente era comercializado, o que garantia uma renda para toda a sociedade. A indústria não garantia uma renda para a sociedade, visto que o valor produzido por ela era gasto pelos operários e industriais, não criando, portanto, um excedente e, consequentemente, não criando uma renda para a sociedade.                                                        O papel do Estado se limitava a ser o guardião da propriedade e garantidor de liberdade econômica, não deveria intervir no mercado, pois existia uma “ordem natural” que regia as atividades econômicas.                                         No final do século XIX, houve o surgimento da Teoria Neoclássica que buscou a racionalização e otimização dos recursos escassos. Segundo essa teoria, o homem saberia racionalizar e, portanto, equilibraria seus ganhos e seus gastos. É nela que se dá a consolidação do pensamento liberal. Doutrinava um sistema econômico competitivo tendendo automaticamente para o equilíbrio, a um nível pleno de emprego dos fatores de produção.                                        Essa doutrina neoclássica subdivide-se em quatro teorias. A Teoria do valor, baseada na utilidade (teoria subjetiva do valor), ou seja, o valor do bem é determinado pela quantidade e utilidade do mesmo. Também, há a Teoria do Equilíbrio Geral, que enfatizava a interdependência de todos os preços do sistema econômico para manter o equilíbrio. A Teoria do Equilíbrio Parcial considerava que a economia era o estudo da atividade humana nos negócios econômicos, portanto, a economia seria uma ciência do comportamento humano e não da riqueza. Por fim, a Escola Neoclássica Sueca foi a responsável pela tentativa de integrar a análise monetária à análise real, o que mais tarde foi feito por Keynes.                                                                                        A principal preocupação dos neoclássicos era o funcionamento de mercado e como se chegar ao pleno emprego dos fatores de produção, baseada no pensamento liberal.                                                                                A doutrina Keynesiana surgiu no século XX, por John Maynard Keynes. Essa corrente defende que, ao contrário do pensamento econômico clássico, a economia não tende automaticamente à um equilíbrio.                                 Assim como a doutrina clássica, a doutrina keynesiana acreditava que a economia tendia ao equilíbrio através da dinâmica da oferta e da procura, ou seja, que sempre existiria demanda para uma determinada oferta, variando somente o preço. De acordo com Keynes, uma superprodução de bens poderia causar uma carência de demanda, levando a menos lucro por parte dos produtores e a demissão de trabalhadores, o que por sua vez reduziria ainda mais a demanda, já que aumentaria o desemprego. A grande solução para este problema, defendida por Keynes, era a intervenção governamental na economia, tanto na forma de obras públicas de infraestrutura, como na forma da redução drástica da taxa de juros.                                                                         Um ponto em comum entre neoclássicos e Keynes seria a busca do equilíbrio na economia, o que Keynes chamava de pleno emprego, ou seja, a eficácia dos meios de produção, bem como o bem comum, ter o salário suficiente para se apropriar dos bens de consumo.                                                Keynes acreditava que o governo tinha poder fundamental na economia, para proporcionar bens coletivos à sociedade, como produtor de bens e serviços, como regulador da moeda, intervindo no mercado financeiro para controlar o fluxo da moeda, como comprador, consumidor e agente econômico. Defendia a teoria do pleno emprego, que seria o uso eficaz de todos os fatores de produção (equilíbrio de mercado dos neoclássicos). Dessa maneira, o pensamento proposto por Keynes transformava radicalmente o papel do Estado frente à economia, opondo-se as perspectivas existentes da não intervenção estatal.

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