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História da Riqueza do Homem. Resenha

Por:   •  2/3/2022  •  Resenha  •  1.597 Palavras (7 Páginas)  •  181 Visualizações

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HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem. Rio de janeiro: Zahar,1981. Pg.11-155.

Resenha

O objetivo de Leo Huberman ao escrever esse livro é apresentar um estudo da teoria econômica, e explicar a economia através da história. Discorre de temas tão complexos como o surgimento e o fim do feudalismo, conseguindo fazer uma abordagem excelente, com transparência e clareza. Huberman foi chefe do departamento de Ciências sociais do New College da Universidade de Columbia nos Estados Unidos. Jornalista militante, escreveu diversos artigos, quase todos aparecidos na Monthly Review, publicação de prestígio internacional que, junto com Paulo Sweezy, fundou e dirigiu até sua morte, em novembro de 1968.

O período feudal foi marcado por uma grande divisão de terras, oschamados “feudos”, esteseram dominados por umsenhor feudal, que morava em seus castelos ou casas e possuía uma parte de área cultivada, a outra era dos arrendatários, estes, trabalhavam em suas terras e na terra do senhor. Os camponeses eram os que trabalhavam na terra e estavam ligados a ela até sua morte. A igreja possuía também muitas terras, graças a doações feitas pelos senhores feudais para conquistar um lugar no céu.Essas três classes formavam a pirâmide social da época, o clero (igreja) no topo, os nobres e guerreiros no meio, e os camponeses na base, sustentando as outras duas classes.

O comercio era reduzido pela autossuficiência dos feudos, mudando a partir do surgimento das Cruzadas. Estas expedições religiosasreuniam milhares de pessoas que atravessavam o continente, quando retornavam traziam novos gostos, desta forma o comercio se intensifica, os mercadores reúnem-se e formam feiras, surgem os banqueiros (emprestavam ou trocavam as moedas)e as cidades, em lugares estratégicos como encontro de duas estradas. Estas para conquistar liberdade do feudo reuniram-se em associações para lutar por seus direitos e comandam toda a entrada e saída de mercadorias da cidade. Com o acumulo de capitalo pecado da usura foi desaparecendo e a prática comercial tornou-se diária.

O crescimento da cidade possibilitou uma grande divisão da produção: campo (agrícola para abastecer a cidade) e cidades (industrial e comercial). Muitos camponeses passaram a desbravar terras para obter uma produção maior e libertar-se do trabalho servil, sendo a igreja totalmente contra. A Peste Negra surgiu, matando milhares de pessoas, em consequência houve um aumento do valor da mão de obra, disseminação do trabalho assalariado e muitos camponeses obtiveram a liberdade com relação ao senhor feudal com os lucros, degradando aos poucos o sistema feudal

O progresso das cidades e o uso do dinheiro deram aos artesãos uma oportunidade de abandonar agricultura e viver do seu ofício, então estes foram para a cidade e abriram seus comércios, não para satisfazer as suas necessidades, mas sim para atender á procura por estes produtos. Não era necessária muito capital, apenas uma sala na casa onde estes moravam servia de oficina ao artesão para poder executar o seu trabalho. Os artesões seguidos pelos exemplos dados pelos comerciantes formaram as suas próprias corporações. Aonde todos os trabalhadores dedicados ao mesmo oficiam nua determinada cidade formava associações chamadas corporações artesanal. O sistema de corporações teve duas características principais: a igualdade entre os senhores, e a características com que os trabalhadores podiam virar mestres.

        A evolução do estado nacional ocorreu por razões políticas econômicas, religiosas e sociais. A segurança a partir de agora deveria ser garantida pelo rei, já que os senhores feudais enfraqueceram por perder parte de seus bens, terras e servos. Agora financia por comerciantes o rei formou o seu próprio exercito que agora exclusivamente deveria se preocupar em garantir a segurança de todos. A igreja era muito rica, possuía um terço de toda e a terra, e recusava-se a pagar impostos. Os reis necessitavam de dinheiro para pagar as despesas da administração, então acharam necessário criar taxas que a igreja deveria pagar. Os abusos da igreja não podiam passar despercebidos. A diferença entre os seus ensinamentos e os seus atos era bem diferente, os seus abusos e muitos escândalos deram inicio a reformas, muito tempo antes da Reforma Protestante de Martinho Lutero (que aconteceria no ano de 1517).

        A desvalorização da moeda é um recurso que tem séculos de idade. Na Idade Média a desvalorização da moeda significava menor quantidade de ouro ou prata na moeda, O rei determinava que a prata empregada antes em uma moeda agora deveria ser dividida em duas moedas, acrescentando um metal de base ou sem valor. A principio o valor era mo mesmo, porém na pratica esta passava a ter apenas metade do seu valor.  

        Apesar de a Europa estar passando por um momento aonde muitos enriqueciam, foi também neste momento que o número de mendigos aumenta drasticamente, devindo principalmente as guerras devastadoras, que causaram intensa miséria e sofrimento ao povo da Europa na época.

Diferente das antigas corporações locais, esse novo ramo pretende um comércio sem limites de religião, onde quem deseje possa comprar, não importando onde esteja. Na consolidação da indústria ganha destaque o chamado “atravessador”, que recebia o produto terminado e tinha a tarefa de vendê-lo no mercado. Eram eles quem tinham um maior contado com o mercado, normalmente percebiam as necessidades desse mercado, e procuravam modificar o produto para atender as exigências dos clientes. Entretanto, tal ação não era aprovada pelas corporações justamente por configura-se como quebra de monopólio.Com o constante aumento do mercado, esses homens cresceram o suficiente para, ao invés de seus empregados trabalharem em seus próprios “lares”, os intermediários produtores agora construíam imensos locais onde iam abrigar seus empregados.  Nessa nova ordem produtiva, tudo é permitido desde que aumente o lucro do dono do negocio. Como comenta o autor, homens, mulheres e crianças eram postos a trabalhar arduamente nessas fábricas e, claro, sem as mínimas condições vitais de trabalho. Apesar dessa situação, as pessoas que ali trabalhavam, deveriam agradecer, pois agora tinham um meio pelo qual podiam ganhar seu alimento diário.

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