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INFLAÇÃO NO BRASIL

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Por:   •  9/11/2014  •  Relatório de pesquisa  •  3.784 Palavras (16 Páginas)  •  184 Visualizações

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INFLAÇÃO NO BRASIL

Inflação é o aumento persistente dos preços em geral, de que resulta uma contínua perda do poder aquisitivo da moeda. Normalmente, pode resultar de fatores estruturais (inflação de custos), monetários (inflação de demanda) ou de uma combinação de fatores. Entretanto, independentemente da causa inicial do processo de elevação dos preços, a inflação adquire autonomia suficiente para se auto alimentar por meio de reações em cadeia (a elevação de um preço “puxando” a elevação de vários outros). Desse modo, configura-se a chamada espiral inflacionária.

ÍNDICES DE PREÇOS

Utilizados para avaliar/medir a inflação, acompanham a evolução dos preços numa cesta de produtos serviços costumeiramente consumidos por um extrato padrão da população.

IPCA – IBGE : Índice de Preços ao Consumidor Amplo.

Calculado pelo IBGE desde 1980. É analisado um universo de pesquisa composto por famílias com rendimento entre 1 e 40 salários mínimos, das 11 maiores capitais metropolitanas 1 É o índice oficial do governo, utilizado como parâmetro para o sistema de metas inflacionárias. Em apuração mensal, do 1º ao 30º dia do mês de referência.

IGP – DI: Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna. Calculado pela Fundação Getúlio Vargas. O período de coleta dos dados é entre o 1º e 30º dia do mês, demonstrando resultado do “mês cheio”. Utilizado para reajuste de títulos do setor privado e contratos de fornecimento de bens e serviços entre empresas. É formado por 3 índices:

IPA: Índice de Preços por Atacado, que representa a variação de preços de 431 produtos no mercado atacadista e representa 60% do IGP.

IPC : Índice de Preços ao Consumidor, que apura a inflação de preços de um conjunto de 388 bens e serviços no mercado varejista de famílias que ganham de 1 a 33 salários mínimos no eixo Rio – São Paulo. Representa 30% do IGP.

INCC: Índice Nacional da Construção Civil, que apura preços do setor da construção civil (materiais de construção e mão de obra), e representa 10% do IGP

IGP – M : Índice Geral de Preços do Mercado É calculado da mesma forma que o IGP-DI, diferindo apenas no período de coleta que vai do 21º dia no mês anterior ao 20º dia do mês de referência. É parâmetro de inflação para o mercado financeiro. Atualiza títulos do governo, títulos privados como as debêntures e aluguéis comerciais e residenciais. Dá uma prévia do que será o IGP-DI.

1.2 INFLAÇÃO NO BRASIL E OS PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO ECONÔMICA: O Cenário

Econômico na Década de 1980 A economia brasileira iniciou os anos oitenta sob o impacto do primeiro e do segundo choque do petróleo (1973 e 1979), que ocasionou grande elevação do preço. Os países desenvolvidos entraram em recessão e o comércio internacional se contraiu. Com redução da demanda no mercado internacional, os preços dos produtos exportados pelo Brasil caíram muito até 1985.

Diante do cenário de instabilidades econômicas o risco de modo geral se elevou, pressionando aumento das taxas de juros internacionais. Isso afetou muito negativamente a economia brasileira que tinha dívidas que haviam sido negociadas a juros flutuantes. Os gastos públicos foram reduzidos, os impostos elevados com intuito de reduzir o déficit das contas do governo. O crédito interno foi restringido e as taxas de jutos elevadas acima das internacionais. Porém, a inflação não se reduziu e a queda do PIB acentuou-se em 1983.

PLANO CRUZADO - 1986

O cenário econômico no Brasil era de grande dívida externa; inflação de em média 20% ao mês, déficits públicos gigantescos, grande dependência de capital do exterior e insatisfação popular. A partir de 1986, a estabilização da inflação passou a ser a principal preocupação da política macroeconômica. O governo Sarney adotou o Plano Cruzado, procurando acabar com a indexação2 fazer uma reforma monetária e congelar preços e salários. O governo acreditava

que a inflação era "inercial", alimentada pela indexação. A ideia do governo era que com os preços controlados, o produto e o emprego da economia cresceriam, por causa do aumento do consumo.

2

INDEXAÇÃO é um sistema de reajuste de preços, salários e aluguéis, de acordo com índices oficiais de variação dos preços. Em conjunturas inflacionárias a indexação permite corrigir o valor real dos salários e aluguéis e demais preços da economia, reajustando-os com base na inflação passada.

Medidas Adotadas:

• Substituição da moeda de cruzeiros para cruzados;

• Congelamento de preços;

• Adoção das tablitas para controle de preços tabelados;

• Congelamento de salários: p/ este congelamento foi feita uma média dos últimos 6

meses mais um reajuste de 8%. No caso do salário mínimo o reajuste foi de 16%.

• Congelamento do câmbio e de tributos;

• Reajuste e congelamento de aluguéis pela inflação média dos últimos 6 meses;

• Correção monetária3

passou a incidir somente em contratos de prazo superior a 1 ano;

• Criação do gatilho salarial: quando a inflação alcançasse 20%, seria disparado um

gatilho para recomposição salarial.

Num primeiro momento o plano gerou grande credibilidade no Governo e em seu sucesso. A população ficou muito satisfeita com o congelamento de preços e isso aliado às outras medidas como o reajuste dos salários e o gatilho salarial gerou grande expansão da demanda, o que, para a população era bom. Houve aumento do poder de compra da população e consequente esvaziamento da poupança o que gerou explosão na produção e no consumo de bens duráveis. Contudo, com o congelamento alguns produtos apresentaram grande queda de rentabilidade inviabilizando a venda. Pelo fato de estarem congelados, os preços destes produtos não podiam ser reajustados provocando

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