Inflação

INFLAÇÃO - DEFINIÇÕES E SEUS EFEITOS

2015

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2. CONCEITO DE INFLAÇÃO

         Inflação é um conceito que abrange e persiste no aumento do nível geral dos preços de um país ou região com conceitos negativos para a economia. Inflação se caracteriza com a desvalorização da moeda, deste modo será necessário uma quantidade maior de recursos para manter o mesmo padrão de despesas.
        Segundo PASSOS, Carlos Roberto Martins; NOGAMI, Otto  Princípios de Economia- 5ª Edição Revista, 4ª Reimpressão, “A inflação é considerada um fenômeno generalizado, pois os aumentos dos preços não ocorrem apenas sobre um pequeno conjunto de preços ou sobre um setor especifico da economia. Por essa razão, altas esporádicas de preços devido, por exemplo, a flutuações sazonais não podem ser confundida com inflação. A inflação significa aumento simultâneo de um grande numero de preços. O problema inflacionário não ocorre apenas em economias de desenvolvimento, como a brasileira. Nos dias de hoje inflação é um fenômeno universal, que traz grandes consequências políticas, econômicas e sociais.”

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3. TIPOS DE INFLAÇÃO

3.1 INFLAÇÃO DE DEMANDA 

Se caracteriza com o excesso de demanda (procura) de determinados produtos de bens e serviços disponíveis. Neste caso,a inflação aparece  quando ocorre aumento da demanda não acompanhado pela oferta.  Segundo o livro: Introdução à Economia  12ª Edição,  por  VICECONTI, Paulo;  NEVES, Silverio, “A demanda agregada se eleva, em funções de:

• Aumento da oferta da moeda;
• Redução tributária;
• Aumento nos investimentos;
• Aumento dos gastos do governo;
• Aumento das exportações;
• Redução das importações.”

3.2 INFLAÇÃO DE CUSTOS

 Inflação de custos tem como sua principal causa a diminuição da produção de determinadas matérias primas. Com isso o nível da demanda continua estabilizado . A inflação e custos surge por ações dos agentes autônomos da economia, sem a intervenção do mecanismo de marcado, como ocorre na inflação com características monetárias.  Temos como exemplo de inflação de custos:

• O aumento de valores de matérias primas (provocando aumento  nos custos de produção)
• Alterações de condições climáticas (período continuo de sol/chuva)
• Elevação das taxas de juros.

3.3 INFLAÇÃO INERCIAL

Quando a inflação tende a se manter  permanentemente no mesmo patamar, sem aceleração inflacionaria, e quando a inflação estagnada decorre de mecanismo de indexação, diz-se que há uma Inflação Inercial. Uma vez incorporada ao comportamento dos agentes econômicos, ela passa a ser integrada nos contratos e acordos informais e pode persistir por muito tempo. De acordo com, PASSOS, Carlos Roberto Martins;NOGAMI,  Otto,  no livro Princípios da Economia: "Assim se os preços vêm aumentando a uma taxa de 10% durante algum tempo, os agentes econômicos formam suas expectativas em torno dessa taxa, passando ela a ser incorporada por diferentes instituições no desenvolver de suas atividades."

3.4 INFLAÇÃO ESTRUTURAL

 Esta relacionada com a inutilidade de serviços disponibilizados pela infra-estrutura de uma determinada economia . Esta inutilidade aumenta os custos dos serviços prestados pelo governo elevando os preços de uma determinada produção.

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4. CONSEQUÊNCIAS DA INFLAÇÃO

Varias são as consequências de taxas de inflação elevada. O primeiro efeito é provocar distorções na alocação de recursos da economia, uma vez que os preços relativos deixam de ser sinalizadores da escassez e dos custos relativos de produção. Algumas das principais consequências da elevação da inflação são:

• Desvalorização da moeda do país
• Alta do dólar e aumento dos preços dos produtos importados
• Diminuição dos investimentos do setor produtivo
• Clima econômico desfavorável
• Elevação na taxa de juros
• Aumento do desemprego.

Com base nos escritores, GREMAUD, Amaury Patrick ; VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval; JUNIOR, Rudinei Toneto, Economia Brasileira Contemporânea - Sexta Edição "O processo inflacionário também pode gerar efeitos negativos obre o Balanço de Pagamentos por obscurecer o valor da moeda nacional e da taxa de câmbio. Pode, inclusive, levar a uma busca da moeda estrangeira como reserva de valor e provocar fuga de capitais."

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5. FORMAS DE COMBATE A INFLAÇÃO

Segundo o site do jornal, Diário Comercio Industria & Serviços (DCI), com a nota publicada em 06 de Maio de 2015 , " A taxa anual de inflação do grupo das 20 maiores economias do mundo, conhecido como G-20, subiu para 2,7% em março, de 2,6% em fevereiro, segundo pesquisa divulgada hoje pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas permaneceu bem abaixo da máxima de 3,2% registrada em maio de 2014. O G-20 é responsável por 85% da produção econômica mundial.
Entre os emergentes, a alta de preços também se acelerou no Brasil, de 7,7% para 8,1% na mesma comparação mensal, e ganharam tração na Rússia e Indonésia, mas houve desaceleração na Arábia Saudita e estabilidade na China e Índia.
A OCDE informou ainda que a taxa de inflação anual média de seus 34 países-membros ficou estável em março ante o mês anterior, em 0,6%, muito abaixo do nível de 2% que a maioria dos bancos centrais de países desenvolvidos considera ser consistente com um ritmo de crescimento econômico saudável. Fonte: Dow Jones Newswires."
Respectivamente a inflação é um problema macroeconômico e que afeta o bem-estar da sociedade com o um todo, o controle da inflação torna-se preocupação primeira do próprio governo. Teoricamente, duas são as soluções para o problema: contratação da demanda e controle de preços e salários.
"A contratação de demanda pode ser obtida por meio de políticas monetárias e fiscal, reduzindo assim o nível de produção e de emprego na economia.
O controle de preços e salários pode trazer resultados favoráveis no curto prazo, mas no longo prazo a tendência é que crie uma inflação reprimida." Conforme o livro Princípios de Economia.