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Resumo Capítulo Desenvolvimento Como Liberdade

Por:   •  21/11/2019  •  Relatório de pesquisa  •  656 Palavras (3 Páginas)  •  327 Visualizações

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Quando se fala de pobreza, geralmente associamos a falta de recursos financeiros. Um indivíduo que não possui renda ou possui uma renda inferior à média do lugar onde habita é, por muitas vezes, classificado como se estivesse em um estado de pobreza, ou seja, observando apenas um aspecto: a falta ou escarces de rendimentos. Na obra intitulada “Desenvolvimento como liberdade” Amarty Sen nos ajuda a ter uma visão quando se diz respeito a conceitos como pobreza, miséria ou bem-estar, fazendo-nos refletir um pouco mais sobre esses assuntos.

No quarto capítulo de sua obra, intitulada de “Pobreza como Privação de Capacidades”, Sen mostra uma visão mais minuciosa desse conceito, mostrando que a pobreza não é causada pela falta de recursos, mas também pela ausência de potencialidades: “[...] a pobreza deve ser vista como privação das capacidades básicas em vez de meramente como baixo nível de renda [...]” Ao afirmar isso, o autor não está negando a falta de recursos como causadora da pobreza, mas está nos mostrando que ela -a falta de recursos- não é a única fonte desse problema -pobreza-.

Com a leitura de sua obra, percebemos que essas privações de capacidades se manifestam de várias formas, desde privações intrinsecamente importantes e outras influências sobre a privação de capacidade até a relação pendular entre baixa renda e baixa capacidade entre indivíduos da mesma comunidade e até mesmo da mesma família. Com tudo isso em mente, é impossível não falar sobre o conceito de justiça social e como essa justiça pode colaborar com a diminuição das capacidades, o que afeta diretamente a questão da pobreza.

O conceito de justiça social surgiu por volta do século XIX e se referia as situações de desigualdades sociais, buscando um certo equilíbrio entre ambas as partes por meio de ações de proteção ao grupo de minoria oprimida. Em sua obra, Sen aborda a possibilidade de “acoplamento” de desvantagens entre privações de renda e adversidade na transformação de renda em funcionamentos, como por exemplo pessoas de idade avançada ou doentes que possuem menos chances de adquirir renda, o que torna mais difícil converter renda em capacidade. Observamos uma relação direta entre a privação da capacidade e a de geração de renda do mesmo. Nesse caso, a justiça social viria com o objetivo de amenizar a desigualdade favorecendo os menos favorecidos.

Mais adiante, é falado sobre o desemprego e sua relação com a privação das capacidades. O autor cita um fato bastante interessante sobre o desemprego na Europa e nos Estados Unidos. Ele diz que na Europa a taxa de desemprego é elevada em comparação a dos Estados Unidos mas, mesmo possuindo a taxa de desemprego elevada, a Europa compensa com auxílios-renda, priorização dos serviços de saúde pública dentre outros projetos que melhoram a vida dos indivíduos mesmo desempregados. Já nos Estados Unidos percebe-se que, mesmo com uma taxa de desemprego baixa, a saúde dos indivíduos da comunidade é de sua própria responsabilidade pois não há sistema de saúde público.

Um pouco mais a diante, chegamos numa discussão bastante interessante que trata das privações na Índia e na África, onde se compara os níveis de morte prematura, analfabetismo e subnutrição enfrentadas pelos moradores dessas áreas, principalmente os menos favorecidos financeiramente. Fato bastante controverso quando se comparado com a riqueza do país. Atualmente, a Índia possui um PIB de cerca de 2,090,706 milhões de dólares, mostrando uma falta de políticas públicas por parte de seus governantes para melhor distribuição de renda entre seus indivíduos.

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