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ATIVIDADE DE AUTODESENVOLVIMENTO O ‘’PRODUTO’’ DO MARKETING POLITICO

Por:   •  2/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  5.120 Palavras (21 Páginas)  •  255 Visualizações

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ANHANGUERA EDUCACIONAL

FACULDADE ANHANGUERA VALINHOS

ATIVIDADE DE AUTODESENVOLVIMENTO

                   O ‘’PRODUTO’’ DO MARKETING POLITICO

ATPS PROPAGANDA POLITICA

TUTORA

 MARCELA DO MONTE PINTO

Nome : Rafael Francisco Souza                         RA: 8058795413

                                                 

                                           VALINHOS

                            2016

O “Produto” do Marketing Político

RESUMO

Com a função de promover uma aproximação permanente entre candidatos/políticos e os cidadãos, auxiliando na criação de uma imagem positiva perante a opinião pública e, consequentemente, na obtenção do sucesso eleitoral, o marketing político tem ganhado uma importância cada vez maior nas sociedades democráticas. Considerando a importância dessa ferramenta para as práticas eleitorais no país, o presente artigo parte do objetivo de analisar as estratégias de marketing político utilizadas nas eleições de Fernando Collor de Mello (1989) e Luiz Inácio Lula da Silva (2002), investigando como elas auxiliaram os dois candidatos na obtenção da vitória das urnas. A metodologia adotada foi a teórico-bibliográfica, técnica que permitiu o levantamento de muitas informações relevantes. A partir de dados publicados sobre as duas eleições (e também sobre o histórico das campanhas presidenciais realizadas no país), pode-se constatar que as práticas de marketing político têm evoluído bastante no Brasil, revelando-se decisivas quando aplicadas de maneira correta.

  • Introdução

 Importante sob os pontos de vista político, econômico e social, o Marketing Político tem apresentado um destaque cada vez maior na sociedade contemporânea. Utilizado com o objetivo de auxiliar os candidatos rumo ao sucesso eleitoral, moldando-os às necessidades e anseios do eleitorado, ele converteu-se numa eficiente ferramenta política, empregada tanto para a obtenção da vitória nas urnas, quanto para a manutenção do poder. Famoso por “exercer efeitos nas intenções de votos”, ajudando a decidir eleições, o Marketing Político costuma ser objeto de muitos estudos e discussões, tornando-se um tema ainda mais relevante em períodos de disputas eleitorais. Considerando a crescente utilização do marketing político por candidatos e governantes em todo o país (que entre outras expectativas, almejam “traduzir” os desejos do eleitorado e se tornarem conhecidos e bem vistos pelo maior número de pessoas), o presente trabalho se propõe a realizar um estudo de caso sobre esta ferramenta e suas práticas. Partindo de dois episódios clássicos da utilização do marketing na política brasileira, as eleições de Fernando Collor de Mello (1989) e Luiz Inácio Lula da Silva (2002), o estudo busca avaliar o potencial desse instrumento sob o eleitorado, empreendendo uma discussão que solucione o problema “como as ferramentas do marketing político auxiliaram Collor e Lula rumo ao sucesso eleitoral nos anos de 1989 e 2002?”. Entre os aspectos que justificaram a escolha da temática abordada estão a relevância histórica das duas campanhas e o destaque crescente que o marketing político e seus profissionais têm apresentado na sociedade contemporânea (ora apontados como vilões e manipuladores, ora elogiados pelo seu caráter estratégico e sua genialidade). Vale destacar que o estudo parte da premissa de que o marketing político constitui uma corrente que tende a se desenvolver e se firmar cada vez mais, aperfeiçoando e tornando mais estruturadas as campanhas eleitorais realizadas no país. A pesquisa apresenta como objetivo geral investigar as estratégias utilizadas com êxito pelos dois presidenciáveis e parte de um breve histórico das campanhas presidenciais brasileiras (abordando desde a “política dos governadores” na República Velha, quando prevaleciam os desejos das oligarquias, ao período atual, em que a democracia está consolidada e a utilização das melhores estratégias pode ser decisiva na hora de convencer o eleitorado). Entre os objetivos específicos adotados estão o levantamento de registros históricos sobre o contexto em que foram realizadas as duas eleições; a análise de publicações que tratam da construção dos “personagens” Collor e Lula e a comparação entre as práticas dos dois candidatos com o que prescreve a literatura sobre o marketing político. Como o trabalho desenvolvido se trata de um estudo de caso sobre dois episódios conhecidos da história política brasileira, a metodologia adotada foi a teórico-bibliográfica. A partir de publicações sobre as duas campanhas (e também de registros teóricos sobre o marketing político e as suas práticas), buscou-se realizar uma análise descritiva sobre as estratégias utilizadas nas duas eleições, revelando a multiplicidade dos fatos que envolveram e determinaram as vitórias de Collor e Lula.

  • A trajetória política de Fernando Collor de Mello 

Filho de Arnon Affonso de Farias Mello e Leda Collor, Fernando Collor de Mello é proveniente de uma família com grande tradição política. O avô materno, Lindolfo Collor, exerceu vários mandatos políticos e foi ministro do Trabalho no governo Getúlio Vargas, quando elaborou e consolidou o conjunto das leis trabalhistas brasileiras – considerado, na época, um dos maiores avanços sociais da América Latina.

Seu pai, Arnon de Mello, foi senador da República e governador de Alagoas.Casado com a arquiteta Caroline Medeiros Collor de Mello, com quem tem duas filhas – as gêmeas Cecile e Celine – Fernando Collor é pai, também, de Arnon Affonso, Joaquim Pedro e Fernando James.Jornalista e bacharel em Ciências Econômicas, formado pela Universidade Federal de Alagoas, Collor foi presidente do CSA, diretor da Gazeta de Alagoas e superintendente da Organização Arnon de Mello, grupo que congrega as empresas de comunicação da família.Porém, desde pequeno, mostrava sua vocação para a vida pública. Gostava de acompanhar o pai nas atividades políticas e acabou tornando-se o mais jovem prefeito de Maceió, indicado para o cargo pelo então governador Guilherme Palmeira, em 1979, aos 29 anos de idade.

Em 1982, foi eleito deputado federal, e em 1986, elegeu-se governador de Alagoas. Com discurso incisivo e medidas de impacto, como o corte de mordomias e supersalários no serviço público, tornou-se conhecido nacionalmente.Mais que isso, projetou-se como um forte nome na disputa pela Presidência da República e, em 1989, ganhou a eleição contra adversários, como Ulysses Guimarães, Mário Covas, Leonel Brizola e Luiz Inácio Lula da Silva. Foi o mais jovem presidente da história do Brasil – assumiu o mandato com apenas 40 anos de idade – e o primeiro a ser eleito pelo voto direto do povo, após o período do Regime Militar (1964-1985).Governou o país por dois anos e meio. Isolado pela classe política e sem apoio do Congresso Nacional, foi alvo de julgamento político, culminando com a sua renúncia à Presidência da República. Mais tarde (1994 e 2014), seria inocentado nos dois processos que tramitaram no Supremo Tribunal Federal.

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