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CUSTOS E PRODUTIVIDADE

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Por:   •  28/4/2013  •  2.803 Palavras (12 Páginas)  •  1.230 Visualizações

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AULA 1 A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E SUAS FUNÇÕES

Ao final da leitura desta aula, você deverá ser capaz de: • Definir finanças e suas principais áreas — serviços financeiros e administração financeira.

• Comparar os objetivos de maximização dos lucros, da riqueza dos proprietários e a preservação da riqueza dos stakeholders. • Discutir o problema de agency e o papel da ética.

• Descrever as funções da administração financeira.

• Diferenciar a administração financeira das disciplinas que estão relacionadas a ela: economia, contabilidade, estatística. • Descrever as decisões financeiras.

O campo de finanças tem se ajustado às dramáticas mudanças dos últimos anos. O conhecimento de finanças tornou-se essencial para as pessoas engajadas na prática de conduzir os negócios.

Sendo assim, de acordo com Gropelli e Nikbakht (1998), Finanças "é a aplicação de uma série de princípios econômicos para maximizar a riqueza ou valor total de um negócio".

Antes de 1970, a ênfase desse tema caía sobre as novas formas de melhoria efetiva na administração do capital de giro, incrementando métodos para a manutenção de registros financeiros e para a interpretação dos demonstrativos financeiros. Atualmente, a ênfase é sobre as formas de orçamentar os recursos escassos, efetivamente, e investir os fundos em ativos ou projetos que rendam a melhor compensação entre risco e retorno.

De acordo com Gitman (1997), Finanças pode ser definida como "a arte e a ciência de administrar fundos. Praticamente, todos os indivíduos e organizações obtêm receitas ou levantam fundos, gastam ou investem. Finanças ocupa-se do processo, instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e governos".

Assim, a análise financeira fornece os meios para tornar flexíveis e corretas as decisões de investimento, no momento apropriado e mais vantajoso.

Para Gitman (1997), as principais áreas de finanças podem ser divididas em duas amplas partes de acordo com as oportunidades de carreira: Serviços Financeiros e Administração Financeira.

Serviços Financeiros é a área das finanças voltada à concepção e à prestação de assessoria, tanto quanto à entrega de produtos financeiros a indivíduos, empresas e governo.

Administração Financeira diz respeito às responsabilidades do administrador financeiro numa empresa. Os administradores financeiros administram, ativamente, as finanças do todos os tipos de empresas, financeiras ou não, privadas ou públicas, grandes ou pequenas, com ou sem fins lucrativos. Eles desempenham uma variedade de tarefas, tais como: a) orçamentos; b)previsões financeiras; c)administração do caixa; d)administração do crédito; e)análise de investimentos; f)captação de fundos. Segundo Gropelli e Nikbakht (1998), para serem bem sucedidos, os administradores financeiros têm que se envolver com as mudanças que ocorrem, constantemente, no campo das finanças, ou seja, são responsáveis pelo reconhecimento e respostas aos fatores de mudanças em todos os ambientes, sejam eles privados, públicos ou financeiros.

Nesse ponto, vale ressaltar que a Administração Financeira é uma atividade orientada por objetivos. As ações do administrador financeiro relativas à análise e ao planejamento financeiro, às decisões de investimento e às decisões de financiamentos devem ser tomadas visando-se ao cumprimento dos objetivos dos proprietários da empresa, seus acionistas. Logo, antes de mais nada, deve-se entender qual é o objetivo da administração financeira, o qual irá gerar uma base concreta para a tomada e a avaliação de decisões financeiras:

De acordo com Gitman (1997), algumas pessoas acreditam que o objetivo dos proprietários é sempre a maximização do lucro. Para atingir o objetivo de maximização do lucro, o administrador financeiro toma, apenas, aquelas providências que, espera-se, darão maior contribuição para a lucratividade da empresa. Assim, dentre as alternativas consideradas, o administrador financeiro escolherá aquela que resultar no maior retorno monetário possível. Porém, a maximização do lucro é falha por várias razões: a data da ocorrência dos retornos, o fluxo de caixa disponível aos acionistas (as receitas da empresa não representam fluxo de caixa disponível aos acionistas) e o risco (a maximização do lucro desconsidera não apenas o fluxo de caixa, mas também o risco, ou seja, a possibilidade de que os resultados realizados possam ser diferentes daqueles esperados).

Ross; Westerfield e Jordan (1998) concordam com o exposto acima, quando afirmam que "a maximização de lucro talvez seja o objetivo empresarial mais freqüentemente citado, mas não é um objetivo muito preciso", uma vez que providências tais como o adiamento de gastos de manutenção, a não- reposição de estoques e outras medidas de curto prazo, tendentes a reduzir custos, provocarão aumento do lucro, não são, necessariamente, desejáveis. Portanto, tal objetivo não nos diz qual é o equilíbrio apropriado entre lucro corrente e lucro futuro.

• Maximização da riqueza do acionista

O administrador financeiro de uma sociedade por ações toma decisões em nome dos acionistas da empresa, atuando de acordo com os melhores interesses dos mesmos, ao tomar decisões que aumentam o valor da ação. Logo, de acordo com ROSS & Westerfield e Jordan (1998), "o objetivo da administração financeira, numa sociedade por ações, é maximizar o valor corrente de cada ação existente".

• Preservando a riqueza dos stakeholders

De acordo com Gitman (1997), embora a riqueza do acionista seja o objetivo principal, muitas empresas têm ampliado seu foco para incluir os interesses dos stakeholders1, tanto quanto os dos acionistas. Uma atenção a eles evitará, conscientemente, medidas que possam ser prejudiciais, ou seja, afetar sua riqueza, transferindo-a à empresa. Portanto, o objetivo é preservar a posição dos stakeholders. Esse relacionamento positivo pode ser considerado como parte da responsabilidade social da empresa, proporcionando benefícios máximos aos acionistas, uma vez que deverão minimizar a rotatividade, os conflitos e os litígios com os stakeholders.

• Problema de agency e controle da sociedade por ações

O controle das modernas sociedades anônimas é, geralmente,

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